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O torcedor corintiano Helder Alves Martins, que assumiu o disparo do sinalizador que matou o boliviano Kevin Espada, na partida entre Corinthians e San Jose, pela Copa Libertadores de 2013, está de volta à torcida. Ele ganhou um cargo no Departamento de Bandeiras na sede da torcida, no bairro Bom Retiro, em São Paulo. A informação foi confirmada por integrantes da organizada.

Depois de trabalhar por um ano na área de atendimento ao cliente de uma grande rede de salas de cinemas e se manter no anonimato, o torcedor (agora maior de idade) voltou a frequentar a sede da Gaviões da Fiel, no Bom Retiro, no ano passado e parece ter sido aceito novamente. Ele havia sido considerado culpado pelos torcedores por manchar a imagem da torcida.

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No dia 20 de fevereiro, o jovem boliviano Kevin Spada, de 14 anos, foi assassinado com um tiro de sinalizador, disparado por um integrante da torcida do Corinthians, no jogo contra o San Jose, da Bolívia. Doze torcedores ficaram detidos na Bolívia, o que iniciou uma longa negociação que envolveu políticos e membros da embaixada brasileira no país.

Sete torcedores foram soltos em junho de 2013, enquanto os cinco restantes aguardaram mais dois meses até serem libertados. Hélder, então com 17 anos, assumiu a autoria do disparo do rojão que matou Kevin assim que desembarcou em São Paulo. Outros dois torcedores foram identificados pela polícia boliviana como autores do disparo. Helder não sofreu nenhuma punição judicial. O processo foi arquivado em agosto de 2013 pela Justiça brasileira.

Os cinco corintianos acusados de envolvimento na morte do torcedor Kevin Espada foram libertados no começo da noite desta sexta-feira da penitenciária San Pedro, em Oruro, na Bolívia. Cleuter Barreto Barros, Leandro Silva de Oliveira, José Carlos da Silva Júnior, Marco Aurélio Nefreire e Regínaldo Coelho foram transferidos para a capital La Paz e devem chegar ao Brasil no final de semana. A informação foi confirmada pelo Ministério da Justiça e a Embaixada do Brasil na Bolívia, que prestavam assessoria à defesa dos réus. No próximo dia 20 de agosto, o grupo completaria seis meses na prisão.

Os cinco corintianos integram um grupo de 12 acusados de envolvimento no disparo do sinalizador que matou Kevin no jogo entre San Jose e Corinthians, no dia 20 de fevereiro, pela Taça Libertadores. Sete deles foram soltos em junho. No dia 24 de julho, o Ministério da Justiça anunciou um acordo em que o Corinthians vai pagar US$ 50 mil (R$ 110 mil) em indenização à família de Kevin. A negociação, feita entre a justiça boliviana e os advogados de defesa do clube, foi intermediada pela Defensoria Publicada União e pelo Ministério Público do Distrito de Oruro. Esse pagamento permitiu a que a justiça boliviana aceitasse libertar os cinco torcedores.

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A liberação dos corintianos significa que o processo pode ser encerrado sem que o autor do disparo seja efetivamente punido. De acordo com a Vara da Infância e da Juventude de São Paulo, a libertação dos 12 corintianos indica que a justiça boliviana acatou a confissão do torcedor corintiano de 17 anos que assumiu a autoria do disparo.

A partir da confissão, o menor será julgado de acordo com as leis bolivianas, mas não deve cumprir a pena (se for condenado). Como é menor de idade, ele é inimputável pelas leis brasileiras. Além disso, a lei proíbe a extradição de brasileiro nato. "Mesmo que seja condenado, ele não vai cumprir a pena. Ele só iria para a prisão caso se apresentasse espontaneamente na Bolívia", explica Thales Cézar de Oliveira, promotor responsável pelo caso no Brasil. Como o mesmo crime não pode ser julgado em dois países diferentes, o Ministério Público de São Paulo deve encerrar o processo brasileiro.

Os cinco torcedores corintianos que ainda estão presos em Oruro, na Bolívia, devem ser libertados, de fato, "nas próximas horas", depois de a Justiça boliviana ter autorizado a soltura dos mesmos. O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, confirmou a negociação intermediada pelo governo brasileiro para que uma indenização fosse paga à família do adolescente Kevin Spada, morto por um sinalizador usado por torcedores do Corinthians durante um jogo em Oruro, pela primeira fase da Copa Libertadores de 2013.

"Há expectativa de desenlace e libertação nas próximas horas. As providências logísticas para que esses cidadãos possam retornar ao Brasil estão sendo tomadas", informou o ministro. Patriota não quis dizer, no entanto, se os torcedores poderão voltar imediatamente ao Brasil.

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Mais cedo, o Ministério da Justiça anunciou que um acordo havia sido feito para que o Corinthians pague US$ 50 mil em indenização à família do jovem morto. A negociação, feita entre a Justiça boliviana e os advogados de defesa do clube, foi intermediada pela Defensoria Pública da União e pelo Ministério Público do Distrito de Oruro. Esse pagamento permitiu a libertação dos torcedores.

No início de junho, outros sete corintianos que estavam também presos desde fevereiro foram libertados pela Justiça boliviana e retornaram em seguida ao Brasil. Nesse caso, o juiz da ação criminal concluiu que eles não estavam envolvidos no caso.

Kevin Spada, então com 14 anos, foi atingido por um sinalizador usado pela torcida corintiana durante o jogo entre Corinthians e San Jose, pela Copa Libertadores. O artefato é proibido em estádios de futebol. Algumas semanas depois do caso, um adolescente de 17 anos, que já estava no Brasil, assumiu a culpa pelo disparo, mas não está sendo processado.

Os torcedores corintianos Tadeu Macedo Andrade, Rafael Machado Castilho Araujo, Thiago Aurelio dos Santos Ferreira, Cleber de Souza, Danilo Silva de Oliveira, Hugo Nonato e Fabio Neves Domingos, que foram soltos da prisão de Oruro, retornaram ao Brasil neste domingo e desembarcam no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos (SP), por volta das 15 horas.

No aeroporto, cerca de 200 pessoas, entre familiares, amigos e membros das torcidas Gaviões da Fiel e Pavilhão 9, das quais os sete fazem parte, se concentraram para aguardar o voo vindo de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. A aglomeração começou por volta das 13 horas.

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Todos se diziam felizes pelo retorno para casa. Ao abraçar o filho Thiago Aurélio, Roseli de Freitas não conseguiu conter sua emoção. "Com certeza esse foi um dos momentos mais difíceis da minha vida". Fabio Neves, presidente da Pavilhão 9, ficou surpreso com a quantidade de pessoas que se concentraram no aeroporto. "Parecia o embarque para o Mundial", brincou. Ele também lembrou dos cinco torcedores que permaneceram na prisão. "Vamos correr atrás pela liberdade dos outros cinco corintianos com a ajuda do governo brasileiro. Ficaram cinco, mas tá no prazo".

A Justiça deu seis meses de prazo para concluir as investigações do caso, e os brasileiros estavam detidos desde de 20 de fevereiro, após o incidente com um sinalizador que matou o jovem Kevin Spada durante a partida entre San José e Corinthians, pela Copa Libertadores. Segundo os advogados Davi Gebara Neto e Ricardo Cabral, os casos estão sendo analisados individualmente. Há uma expectativa de que os cinco possam ser liberados na próxima semana, mas ainda não há nenhuma informação concreta a respeito.

A reconstituição dos acontecimentos anteriores à morte do torcedor Kevin Beltran Espada a partir da visão dos 12 torcedores foi adiada para o dia 17 de abril. Embora os torcedores tenham se deslocado da penitenciária San Pedro para o Estádio Jesús Bermúdez, juntamente com representantes do Ministério Público, na tarde desta segunda-feira, os peritos bolivianos, que sairiam de La Paz, não compareceram à reconstituição em Oruro. Também contribuiu para o adiamento o fato de os familiares de Kevin não estarem presentes.

Essa etapa da investigação, chamada de inspeção pelas autoridades bolivianas, é importante para definir o rumo das investigações sobre a morte do adolescente atingido por um disparo de sinalizador da torcida corintiana, no dia 20 de fevereiro, na partida entre San Jose e Corinthians, pela Copa Libertadores. A reconstituição do crime propriamente dita será realizada apenas no final das investigações, que devem ser encerradas em cinco meses.

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Para os corintianos, a etapa desta segunda é uma grande oportunidade para comprovarem a alegação de que não tiveram participação direta no disparo do sinalizador e aguardarem a conclusão do processo em prisão do domiciliar - a torcida Gaviões da Fiel já alugou um imóvel em Cochabamba para os torcedores. Os indiciados querem provar que o autor do disparo foi o menor de idade que confessou o crime, apresentou-se à justiça brasileira, e que aguarda definição da investigação feita no Brasil.

O presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou a deputados brasileiros que visitam o país que está "sensível" à situação dos 12 torcedores corintianos presos em Oruro. O encontro do líder do país com os parlamentares ocorreu de forma casual durante o jogo entre The Strongest e São Paulo, na noite da última quinta-feira, no Estádio Hernando Siles, em La Paz.

Os 12 corintianos estão presos acusados da morte do boliviano Kevin Beltrán Espada, de 14 anos, atingido por um sinalizador durante jogo do Corinthians contra o San José, no dia 20 de fevereiro, em Oruro. Um outro torcedor, menor de idade e que está no Brasil, assumiu a culpa pelo disparo, que teria sido acidental.

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O deputado Vicente Cândido (PT-SP), que é conselheiro do Corinthians, contou que os parlamentares se reuniram com outras autoridades do governo ao longo da última quinta-feira e ouviu a promessa de que haverá uma tentativa de dar celeridade ao caso. Ele explicou que alguns dos deputados decidiram acompanhar o jogo do São Paulo em La Paz e acabaram recebidos pelo presidente.

"O presidente Evo recebeu a gente e falei com ele sobre o caso. Ele estava bem informado e nos disse que está sensível ao que está acontecendo. Ele se mostrou preocupado, acolhedor e disse que o governo boliviano vai ajudar no que for de sua competência", afirmou o deputado petista.

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