Tópicos | Oscar Niemeyer

No dia em que o arquiteto Oscar Niemeyer completa 104 anos, mais uma obra que recebeu sua assinatura arquitetônica foi inaugurada em Brasília: a nova sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O prédio de 115,5 mil metros quadrados custou R$ 327 milhões, cerca de R$ 2,8 mil por metro quadrado. Ela fica a poucos metros do Superior Tribunal de Justiça e do Tribunal Superior do Trabalho, e a poucos minutos do Supremo Tribunal Federal.

De acordo com o TSE, o prédio foi concebido e construído observando o conceito de sustentabilidade ambiental, com um sistema de esgoto à vácuo e armazenamento de água das torneiras para irrigação. Na cerimônia de inauguração, o presidente do tribunal, Ricardo Lewandowski, lembrou que quando o TSE começou a ocupar a antiga sede, em 1971, o eleitorado nacional era de 30 milhões de pessoas - hoje são 136 milhões. O número de servidores, que não passava de 70, foi multiplicado por 10.

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Nesses 40 anos, a demanda por novos serviços levou o TSE a ocupar três anexos além do edifício-sede, localizados em pontos distintos da cidade, o que causava problemas funcionais, como o atraso na tramitação de processos entre os diversos setores do tribunal. A mudança para o novo prédio será concluída em janeiro, durante o recesso do Judiciário.

O arquiteto Oscar Niemeyer comemorou seus 104 anos, completados hoje, em seu escritório na Avenida Atlântica, em Copacabana, no Rio de Janeiro. De terno preto e em cadeira de rodas, acompanhado pela mulher, Vera, ele consumiu uma taça de champanhe e lançou o número 11 da "Revista Nosso Caminho", dedicada à arquitetura, literatura e arte. A revista traz na capa a foto da mesquita de Argel, em fase de construção, e um texto de Niemeyer em homenagem ao amigo e poeta Vinicius de Moraes.

"Ah, como era bom e afetuoso este velho companheiro, a nos contar, animado, sua vida cheia de alegrias e flores! Lembro-o a cantar no teatro de Paris, ele a entrar no palco com o seu violão, simpático como sempre.. Nosso amigo se exibia com especial desembaraço como se estivesse tranquilo na branca areia das praias da Bahia, onde se deixava ficar feliz por tantas vezes. Ou no restaurante Plataforma do Leblon, o local preferido de encontro com Tom Jobim, a cantarem, de uísque na mão, para os amigos que os rodeavam. E era um prazer vê-lo naquelas noites tão inesquecíveis para todos nós."

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