A tarde deste domingo (6) foi marcada pela realização do segundo dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Desde sua criação, o segundo dia sempre foi marcado pela presença da redação que traz geralmente uma surpresa como tema. Este ano não foi diferente e “Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil” foi o assunto da vez.
Diante desse panorama, religiosos apontam suas visões acerca da abordagem trazida pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão realizador da prova. “O Enem acertou bastante em colocar para os feras um assunto tão em voga, ainda mais diante da situação crescente da intolerância religiosa em várias partes do mundo”, comemorou o pesquisador e seguidor da Jurema, religião indígena, Alexandre L'Omi L'Odò. Apesar do espaço para reflexão, o pesquisador lembrou que a redação pede textos, e que “essa é uma oportunidade para vermos como está funcionando a cabeça dos nossos jovens”.
##RECOMENDA##Além disso, ele apontou que o tema é necessário, sobretudo, e também educativo. L'Omi L'Odò acredita que isso pode fazer com que os jovens pensem em alternativas para combater a intolerância religiosa, uma vez que o fera teve que apresentar à banca medidas para sanar o problema no País.
O entusiasmo também é apresentado pelo Padre Jurandir Dias. Ele explica que estes tipos de ataques não têm como alvo apenas os seguidores de religiões africanas, mas os cristãos, asiáticos, entre outras crenças. “Isso nos alegra porque a religião não deve ser o instrumento, nem o ponto motivador para que as pessoas briguem entre si”, explicou o religioso.
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