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A 23ª edição do Festival de Inverno de Garanhus inicia nesta quinta (18) com o show do cantor Ney Matogrosso e segue até o dia 27 de julho. Situada a 230 km da capital pernambucana, a suíça nordestina, como é chamada Garanhuns, a programação do evento vai reunir cinema, artes cênicas, literatura, design, moda, fotografia, artesanato, além de música popular e erudita durante os 10 dias de festa. 

Com 11 polos de atrações locais, nacionais e internacionais, o FIG estreia com o concerto de Ney Matogrosso no palco Guadalajara com sucessos de compositores como Paulinho da Viola, Lobão, Caetano Veloso, Itamar Assumpção, Criolo e Vitor Ramil no repertório. Além do performático Ney, a noite de abertura será sediada também com o show do percussionista Naná Vasconcelos apresentando músicas do seu novo trabalho musical intitulado 4 Elementos. 

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Dentre as novidades desta edição estão os artistas Yusa (Cuba), Afrika Bambaataa (EUA), Silver Apples (EUA) e Deolinda (Portugal). Já na área da literatura, uma das atrações deste ano, no polo Praça da Palavra, é o I Encontro Internacional de Literatura Cartoneira, que irá reunir cartoneiros (que fabricam livros em sistema colaborativo com catadores de papelão) do Brasil, da França, da Argentina, da Bolívia e de Portugal.

A programação do FIG segue até o dia 27 de julho, com destque ainda para os shows de Caetano Veloso, Daniela Mercury, Zeca Balero, Mart’nália e Arlindo Cruz.

Confira aqui a programação completa do festival. 

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Após dez dias intensos de shows, oficinas, exposições, intervenções artísticas, mesas redondas, debates, feiras e diversas outras atividades, o 22º Festival de Inverno de Garanhuns chegou ao fim. A Praça Guadalajara ficou lotada para se despedir do FIG e abrigou apresentações de Andrea Amorim, Edgard Scandurra, Jorge Ben Jor, Lulu Santos e Buguinha Dub, em parceria com a banda N'Zambi.

Após Andrea Amorim, que é de Garanhuns e já se apresentou outras vezes no FIG, o guitarrista Edgard Scandurra fez um show enérgico, com músicas de várias fases da sua carreira. De sucessos da banda Ira!, da qual fez parte muitos anos, a músicas do seu projeto de música eletrônica, Scandurra comemora o fato de poder trazer pela primeira vez seu projeto solo ao Festival de Inverno de Garanhuns, depois de ter se apresentado na cidade várias vezes com outros projetos. "O FIG já faz parte do calendário cultural do Brasil", afirmou o músico, que terminou o show com a canção Mudança de comportamento, do famoso refrão "Eu morreria por você". Contagiando o público, que pediu biz no fim da apresentação, Scandurra resumiu: "A música cumpriu sua missão de aquecer os corações e os corpos".

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A próxima atração da noite foi Jorge Ben Jor. Referência obrigatória da música brasileira, o cantor e compositor fez dezenas de milhares de pessoas presentes no Guadalajara balançar ao som de sua batida característica e músicas já definitivamente inseridas no imáginário popular do brasileiro, como A banda do Zé Pretinho, Santa Clara, Mas que Nada e Ive Brussel e País Tropical. 

Apesar do palco da Guadalajara ser bem grande, Ben Jor optou por tocar com os integrantes de sua banda bem próximos. O entrosamento e a comunicação entre os músicos ficou evidente e tornou o show mais redondo. Talvez por ter que fazer um show mais curto que o habitual por se tratar de um festival, o Jorge Ben Jor fez um show corrido, emendando várias músicas e se comunicando pouco com o público. Mesmo assim agitou as pessoas que tomavam completamente a Esplanada Guadalajara.

Continuando a programação, foi a vez de Lulu Santos fazer uma apresentação recheada de hits. O cantor começou seu show emendando as canções Toda Forma de Amor, Um Certo alguém e Último Romântico, que foram cantadas com vontade pela multidão presente na Esplanada Guadalajara. Um dos momentos marcantes da apresentação de Lulu foi quando ele solou na guitarra a melodia de Asa Branca, uma das músicas mais definitivas de Luiz Gonzaga. O solo serviu de introdução para Tudo azul, que faz referência a Gonzagão nos versos: "Eu nunca fui o Rei do Baião / não sei fazer chover no sertão". Lulu ainda cantou Como é grande meu amor por você, de Roberto Carlos, e deixou o público cantar sozinho. E o público participou intensamente de todo o show cantando e gritando animadamente.

O último show do Palco Guadalajara do 22º Festival de Inverno de Garanhuns foi a parceria da banda de reggae N'Zambi com Buguinha. "Estou produzindo o disco novo na N'Zambi e surgiu isso de fazermos shows juntos", explica Buguinha. A apresentação contou com efeitos feitos na hora pelo produtor e com uma explicação sobre o que é o Dub, estilo musical cheio de efeitos parente do reggae. O produtor ainda avisa que o Brasil é uma referência mundial neste tipo de música. Assim foi encerrada a série de shows do 22º Festival de Inverno de Garanhuns, deixando a vontade de mais. Que venha o próximo ano.

A penúltima noite da 22ª edição do Festival de Inverno de Garanhuns levou milhares de pessoas ao palco da Esplanada Guadalajara. A festa começou com um show da Lux Time, mas até a madrugada se apresentaram ainda o paulista Marcelo Jeneci, Lenine, Milton Nascimento e Antúlio Madureira.

Jeneci subiu ao palco às 22h30 com a sanfona em mãos e falou da expectativa em participar do festival. “Sempre ouvi que a Guadalajara recebia 60 mil pessoas, mas não imaginava que ia ver tanta gente”, disse, surpreso. Depois de cantar um de seus maiores sucessos, Felicidade, Jeneci falou sobre a experiência de gravar o clipe em Sairé, cidade do interior pernambucano, onde nasceu seu pai. “Não sei se vocês sabem que eu gosto muito daqui”.

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Jeneci aproveitou a apresentação e agradeceu ao músico Dominguinhos. “Quando eu comecei a tocar, ele me deu uma sanfona”, contou.  Em conversa com o LeiaJá, o paulista contou da satisfação em ver o público realmente conectado com o que estava acontecendo no palco e sobre novos projetos. “Pretendo gravar um projeto novo no começo de 2013, a ideia é que seja lançado ainda no primeiro semestre do ano”,  revela.

Depois de Jeneci, foi a vez de Lenine animar a noite “Eu já perdi as contas de quantas vezes estive aqui e é sempre muito caloroso, apesar do frio, aliás, nem estou com frio”, brincou o músico enquanto tirava o casaco no palco, sob aplausos e gritos dos fãs. No repertório, muitas canções do seu último trabalho, Chão, e sucessos de sua carreira - A ponte, Na rede, Relampeando, Jack soul brasileiro, Paciência e Leão do Norte levaram ao delírio um público que acompanhou cada canção letra por letra. Lenine deixou o palco e ficou a sensação de que todo o tempo seria pouco para a ótima interação com os fãs.

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A atração mais esperada da noite, Milton Nascimento, subiu ao palco por volta da 1h25 da madrugada e proporcionou à platéia um espetáculo digno da expectativa coletiva: sucessos, músicos entrosados e arranjos emocionantes. Bola de meia, bola de gude, Coração de estudante, Caçador de mim, Faca amolada, Chegadas e partidas, O sol e Para Lennon e McCartney foram alguns dos sucessos interpretados por Milton que não poderiam ter ficado de fora. 

O público ainda acompanhou a banda em Canção da América, a pedido de Milton: “Hoje é o dia do amigo e eu gostaria que vocês cantassem essa”, pediu. O músico acompanhou, emocionado, seu público cantando uma das maiores composições de sua carreira. Num show de pouca conversa e muitos acordes, o artista emocionou muitas pessoas na platéia com suas clássicas interpretações.

Antúlio Madureira encerrou a penúltima noite do Festival subindo ao palco às 3h20 da madrugada. Mesmo com problemas técnicos no início do show, ele mostrou ao público - que resistiu à chuva e prestigiou seu show - porque é considerado um dos maiores instrumentistas de Pernambuco, utilizando instrumentos de corda, sopro e até um serrote na execução das músicas.

Conhecido por construir muitos de seus próprios instrumentos, Antúlio apresentou canções suas, que já fazem parte do pensamento coletivo, como Paço da ema e Cavaleiro do sol, música tema do filme de Guel Arraes, Auto da Compadecida, além de canções populares, como Maracatu Imperial. O músico ainda prestou uma homenagem a Luiz Gonzaga, o homenageado desta edição do FIG, interpretando Assum Preto, Sabiá, Pagode Russo e Xote das meninas.

A 22ª edição do FIG chega ao fim neste sábado, após dez dias de festival.

O 22º Festival de Inverno de Garanhuns encerra sua programação neste sábado (21) com atividades em todos os segmentos artísticos. Na grade de shows, não poderia faltar artistas dos mais diversos gêneros para agradar todas as tribos.

Na Guadalajara, o samba rock de Jorge Ben Jor e o pop rock de Lulu Santos prometem tirar o público do chão. Às 21h30, o reggae é representado por N'Zambi, Buguinha Dub e convidados.

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Em seguida, sobe ao palco o ex-titã, compositor e guitarrista, Edgar Scandurra. O Palco Pop fica por conta dos pernambucanos Tibério Azul e Cascabulho. Os forrozeiros podem conferir Genaro, Waldonys e Danilo Pernambucano no Palco Forró. Destaque para Roger Canal, que sobe ao Palco Instrumental às 20h.

Programação sábado (21):

Palco Guadalajara
20h30 Andréa Amorim
21h30 N'Zambi, Buguinha Dub e convidados
22h30 Edgard Scandurra
23h30 Jorge Ben Jor
00h30 Lulu Santos

Palco Pop
18h Daniel Peixoto
19h Rimocrata
20h Tibério Azul
21h Cascabulho

Palco Forró
0h Genaro
00h40 Flávio Leandro
01h40 Waldonys
02h40 Danilo Pernambucano

Palco Instrumental
17h Claudio Lins
18h Camerata Brasileira
19h Luiz Brasil e Banda
20h Roger Canal

A programação de shows do Palco Guadalajara desta quinta (19) e sexta (20) sofreram algumas modificações na ordem das apresentações. Erasmo Carlos, que estava previsto para fechar a noite desta quinta, se apresenta mais cedo, à meia-noite. Quem encerra a programação, 1h30, é Reginaldo Rossi.

Os shows da sexta também tiveram a ordem modificada: Antúlio Madureira - previsto para tocar às 22h - agora fechará a noite. Com essa mudança, todos os outros shows foram adiantados. Com o novos horários a programaçao da sexta do Palco Guadalajara fica assim:

21h Lux Time
22h Marcelo Jeneci
23h Lenine
00h30 Milton Nascimento da manhã.
2h Antúlio Madureira













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O samba foi soberano na Esplanada Guadalajara na noite desta quarta (18), em mais um dia de shows do 22º Festival de Inverno de Garanhuns. A praça esteve tomada pelo público, que foi conferir os shows de Fundo de Quintal e Péricles, além das pernambucanas Karynna Spinelli e Gerlane Lops.

Gerlane Lops foi a primeira a trazer o samba ao palco, com seu projeto Da Branca, que já rendeu um disco e um DVD. Gerlane já iniciou uma turnê de divulgação do DVD, que continua com todo vapor no segundo semestre. Ela conta ao LeiaJá que o seu projeto, focado no samba, originalmente estava previsto para durar apenas um ano, mas já se passaram oito desde que mergulhou na interpretação do ritmo. "A contribuição do povo é fundamental para o sucesso de qualquer projeto, e o povo abraçou este", avalia Gerlane, que no palco afirmou: "Este é o melhor Festival de cultura do país".  

Outra sambista pernambucana, Karynna Spinelli, fez seu show em seguida. Também representante legítima do samba pernambucano, a cantora realiza o Clube do Samba de Pernambuco há três anos no Morro da Conceição, no Recife, "maior evento de samba de rua do Brasil", como ela mesmo descreve. Karynna trouxe ao palco do FIG seu samba impregnado de referências religiosas, e fez durante o show um apelo pelo respeito e tolerância com as diferentes religiões. "Sou do candomblé, sou da jurema, mas acima de tudo sou filha de Deus e o importante é fazer o bem", disse Karynna. Um momento especial foi quando a cantora pediu a todos levantarem os braços para homenagear Luiz Gonzaga, e cantou Assum Preto. O final do show contou com a participação do percussionista Lucas do Prazres, que comandou uma grande batucada, que contagiou o público.

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Em seguida, o cantor e compositor Péricles foi recebido com muito barulho para seu show, calcado no pagode romântico. Contando com um coral gigantesco durante toda a apresentação e muitos gritinhos, Péricles desfilou vários sucessos do estilo em que é uma das maiores referências nacionais. O Ex-Exaltasamba também cantou músicas da banda, em que era o principal compositor e líder. "Cadê os pagodeiros de plantão?", perguntou Péricles em determinado momento, para ouvir toda a Esplanada Guadalajara se manifestar com vigor. "Eu sei que é o Festival de Inverno, mas eu precisava muito desse calor humano de vocês", disse o cantor durante o show, conquistando o público.

A noite terminou com o show do grupo carioca Fundo de Quintal, maior referência do pagode brasileiro. Fundada em 1978, a Fundo de Quintal já teve como integrantes sambistas dos mais atuantes e importantes, como Almir Guineto, Jorge Aragão e Arlindo Cruz, e continua levando sua sonoridade brasileira aos palcos do país. No Festival de Inverno de Garanhuns, a Fundo de Quintal homenageou seus ex-integrantes cantando suas composições e colocou o público da Guadalajara para dançar e cantar. Os integrantes Bira Presidente, Ubirany, Sereno, Ademir Batera, Décio Luiz e Ronaldinho avisam que estão com um disco novo quase pronto, que deve ser lançado em setembro. Ubirany, que toca repique e canta, diz qual o segredo para a banda esquentar a Guadalajara: "Diante de todo esse frio, nós contamos com o calor do público".

Herbert Lucena é compositor, cantor e produtor musical de Caruaru, interior de Pernambuco, tem um trabalho consistente e lançou o primeiro disco em 2004, Na pisada desse coco. Em 2012, como seu segundo disco, venceu três categorias do Prêmio da Música Brasileira, dominando a premiação. Herbert se apresenta no Palco Guadalajara do Festival de Inverno de Garanhuns, nesta terça (17), às 23h.

Você bombou no Prêmio da Música Brasileira, teve quatro indicações e levou três prêmios. Até que ponto isso foi uma surpresa?

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Foi cem por cento surpresa pra mim. Lógico que quando a gente manda um disco para um prêmio a gente espera ser contemplado, mas foi surpresa pra mim ter quatro indicações. Nunca passou pela minha cabeça entrar como melhor cantor, melhor disco, nem revelação. Eu tinha que esperar entrar como design porque a gente investiu muito nesta parte no disco, mas os outros três foram uma surpresa.

E você gravou Não me peçam jamais que eu dê de graça tudo aquilo que eu tenho pra vender todo em Pernambuco...

Eu fiz tudo em Caruaru, só teve alguns instrumentos gravados no Recife, em Campina Grande e São Paulo, mas noventa e nove por cento deste disco foi feito em Caruaru.

E o que significa para você um disco feito em Caruaru ter tantas honrarias em uma premiação nacional?

Foi uma surpresa maravilhosa e está abrindo muito espaço. Eu, por exemplo, nunca tive a oportunidade de me apresentar no Guadalajara com o meu trabalho, eu sempre tocava no Festival de Inverno de Garanhuns no palco forró. É massa tocar no Palco Forró, mas não tem tanta visibilidade e divulgação quanto tem a Guadalajara. Isso é fruto destes prêmios que eu recebi. Fui convidado para fazer o circuito do Sesc de São Paulo, eu fiz todos os jornais do eixo Rio-São Paulo e ficou todo mundo querendo saber quem é esse tal de Herbert Lucena, um cara desconhecido, do interior de Pernambuco, que fez um disco e teve quatro indicações no Prêmio da Música Brasileira e levou três prêmios.

E você se sente um pouco representando Pernambuco?

Acho que não estou representando Pernambuco ou Caruaru, aho que meu trabalho soma. É mais um que está mostrando o trabalho de Pernambuco lá fora. Eu não posso dizer que estou representando uma região, Pernambuco é imenso, a quantidade de artistas que nós temos aqui, se você for contar, perde a conta. Eu sou mais um artista contribuindo para divulgar a nossa música. Desde o Movimento Mangue que o Sudeste começou a prestar mais atenção na música do Nordeste e, principalmente, na de Pernambucano. O meu trabalho vem a somar com isso, eu trabalho com coco, ciranda, frevo, tem influência de maracatu, e toda essa fusão de músicas que a gente tem aqui. Estou especificamente levando o conhecimento do coco para o Sudeste.

E qual repertório você traz para o FIG no show que faz nesta terça (17)?

Trago músicas do meu primeiro disco, Na Pisada desse coco, que lancei em 2004, mas, basicamente, o disco novo, Não me peçam jamais que eu dê de graça tudo aquilo que eu tenho pra vender. E toco alguns covers, coisas que me influenciaram, como a obra de Jacinto Silva, Jackson do Pandeiro e Ari Lobo, mas basicamente são músicas dos meus dois discos.

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Uma noite de muito forró abriu a temporada de shows do 22º Festival de Inverno de Garanhuns no Palco Guadalajara. Com a programação toda voltada a prestar uma homenagem a Luiz Gonzaga no centenário do seu nascimento, o FIG colocou muita gente para dançar em sua primeira noite, com shows de Mourinha do Forró, Família Gonzaga, Elba Ramalho, Dominguinhos e o Projeto Viva Gonzagão.

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Quem abriu a série de apresentações foi o cantor e zabumbeiro Mourinha do Forró, às 21h. Em seguida, a Família Gonzaga - projeto capitaneado por Joquinha Gonzaga, sobrinho de Gonzagão, com a participação de Sérgio Gonzaga, Maria Lafaiete e Daniel Gonzaga, filho de Gonzaguinha e neto de Luiz Gonzaga - trouxe o legado musical e genético do Rei do Baião para o palco, cantando grandes sucessos do autêntico forró. "Estamos tentando resgatar tudo aquilo que aprendemos com Luiz Gonzaga, a gente se reuniu para isso", afirmou Joquinha, que também falou do grupo "Os Novos Gonzagas", formado na década de 1970, como um precedente ao grupo atual.

A próxima a se apresentar foi a cantora Elba Ramalho. Com sua energia e carisma habituais, ela conquistou o público que já lotava a Praça Guadalajara. Elba conversou com o LeiaJá antes de subir ao palco, e falou da importância não só da figura de Gonzagão, mas da força do ritmo que ele disseminou pelo Brasil: "O forró venceu. Eu sempre digo (olhando para o céu):'Seu Luiz, o senhor venceu'. A semente foi muito fértil. Quando eu cheguei no Rio ninguém sabia o que era o Nordeste, mas hoje eu canto no Sao João de Brasília, de Minas Gerais e vejo a galera inteira cantando as músicas de Luiz Gonzaga, de Dominguinhos. E o público jovem", pontuou a cantora. 

Em seguida, o mestre Dominguinhos trouxe sua sanfona e sua sonoridade a Guadalajara. Considerado o maior herdeiro musical do Rei do Baião e responsável por trazer uma sonoridade mais refinada ao forró, Dominguinhos foi humilde ao falar do assunto. "Tive a oportunidade de desfrutar da bondade de Gonzaga de me fazer o herdeiro musical dele, mas os herdeiros de Gonzaga são muitos e eu sou dos mais velhos, talvez por isso tenha alguma primazia. Mas todos estão no mesmo patamar", afirmou o músico. No palco, o músico, que é de Garanhuns, agradeceu emocionado: "É muito bom poder tocar na sua terra e ter esse carinho maravilhoso".

Para finalizar a grande homenagem, um projeto especial, o Viva Gonzagão, reuniu diversos artistas para revisitar o repertório de Luiz Gonzaga com arranjos atualizados. Um a um, artistas como Herbert Lucena, Terezinha do Acordeon, Cristina Amaral, Gennaro, Nadia Maia e Petrúcio Amorim, entre outros, entoaram canções de diversas fases da vida musical do Rei do Baião. Debaixo da tradicional e incessante garoa, muitos casais ainda dançavam forró às 2h30 da manhã. É o caso de José Pedro e Claudete Conceição, que vieram da praia de Suape, no Cabo, município do litoral sul de Pernambuco, para conferir a abertura do FIG. Afirmando não se cansar de ouvir algumas músicas serem repetidas por praticamente todos os artistas que passaram pelo Palco Guadalajara nesta quinta, Claudete diz que "Luiz Gonzaga é a tradição. Sua músicas são como hinos", afirmou.

Nesta sexta (13), começam os shows em todos os outros palcos do FIG 2012: Pop, Forró e Instrumental.

Governo do Estado não cumpre prazo, previsto para 30 de abril, de divulgação da grade da programação do Festival de Inverno de Garanhuns (FIG 2012), restando à Prefeitura de Garanhuns anunciar, ao menos, as atrações locais.

A Secretaria de Cultura e Turismo do município divulgou entre os artistas já agendados os nomes de Lucas Notaro e Os Corajosos, Rogério e Os "Cabra", Karla Rafaela, Hercinho, Mourinha do Forró e La Pietá .

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O evento acontece no período de 12 a 21 de julho.

Confira na íntegra os nomes da Prefeitura de Garanhuns:

Palco Guadalajara: Lucas Notaro e Os Corajosos, Rogério e Os “Cabra”, Hercinho, Escravo, La Pietá, Karla Rafaela, Banda Flash, Lux Time e Mourinha do Forró.

Palco Cultura Popular: Orquestra Gigantes do Frevo, Reisado da Boa Vista, Sandoval Ferreira, Negra Atitude, Reisado Independente Gonzaga de Garanhuns, Som Tambores, Projeto Batuque e Reisado Mestre João Tibúrcio.

Palco do Forró: Zezinho de Garanhuns, Gena de Altinho, Fogo de Menina, Djair e Banda, Carlos Magano, Ronaldo César e a Tropicana, Forró Pesado, Dema do Forró e Michele dos Anjos.

Palco Pop: PE-5, Terreiro Cibernético, No Clear, Still Living, Instinct Noise, Archë, Cravar, Muendas e A Nata.

Palco Instrumental: Roberto Lima, Marcos Cabral, Fahrenheit, Orlito Blues Jazz Band, Kleber Blues Band, Duo Bass, Gaiamálgama, O Sam3a e Cláudio Lins.

Teatro para Infância e Juventude: Cinderela Atrapalhada e Aruá, O Boi Encantado

Teatro Adulto: Prisão da Minha Vida e Quatro Em Um.

Teatro de Rua: Brincantes da Idade Média

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