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Em 2022, os atletas brasileiros iniciaram muito bem o ciclo para os Jogos de 2024, com importantes conquistas em mundiais. Foram 16 competições, quando se considera apenas as modalidades que estão no programa em Paris, com 87 medalhas (sendo 26 de ouro). 

Um dos destaques da temporada foi a histórica campanha no Mundial de natação paralímpica, disputado no Complexo de Piscinas Olímpicas de Funchal, na Ilha da Madeira (Portugal), em junho. A delegação brasileira ficou na terceira posição geral com 53 medalhas (19 ouros, 10 pratas e 24 bronzes), o melhor desempenho do Brasil na história da competição.

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Este foi o primeiro grande evento da modalidade desde a aposentadoria do multicampeão Daniel Dias, após a Paralimpíada de Tóquio (Japão). E o desempenho brasileiro na Ilha da Madeira confirmou o cenário observado na capital japonesa: uma dependência, cada vez menor, dos resultados de um ou dois nadadores para a classificação no quadro de medalhas.

Na competição, o Brasil teve 15 campeões entre os 29 integrantes da delegação que viajou a Portugal, sendo sete em provas individuais: Carol Santiago, Cecília Araújo, Gabriel Araújo, Gabriel Bandeira, Gabriel Cristiano, Mariana Gesteira e Samuel Oliveira. Apenas três dos nadadores retornaram ao Brasil sem medalhas. Ou seja: quase 90% dos brasileiros estiveram no pódio em Funchal. 

Outro episódio marcante da temporada foi a conquista do Mundial de vôlei sentado pela seleção feminina. O feito foi alcançado em novembro após a vitória de 3 sets a 2 sobre o Canadá em Sarajevo (Bósnia e Herzegovina). De quebra, as brasileiras garantiram vaga na Paralimpíada de Paris.

No goalball o Brasil também garantiu vaga nos Jogos de 2024 após a conquista do Mundial, mas com a equipe masculina. Em uma decisão emocionante com a China, que terminou com vitória de virada de 6 a 5, a seleção garantiu o tricampeonato da modalidade em dezembro em Matosinhos (Portugal).

Em novembro, Bruna Alexandre e Paulo Salmin conquistaram em Granada (Espanha) a medalha de ouro do Campeonato Mundial Paralímpico de tênis de mesa, na Classe XD17, ao derrotarem os dinamarqueses Peter Rosenmeier e Thea Nielsen por 3 sets a 0 (parciais de 12/10, 11/5 e 11/6).

Nas modalidades individuais, Alana Maldonado e Wilians Araújo triunfaram em suas respectivas categorias no Mundial de Judô Paralímpico, que foi disputado em Baku (Azerbaijão) em novembro. 

A paulista de 27 anos garantiu o bicampeonato (ela já havia garantido um ouro na edição de 2018 disputada em Portugal) na categoria até 70 kg para atletas J2 (baixa visão) após derrotar na final a turca Raziye Ulucam. Já o paraibano de 31 anos venceu na decisão dos pesados (acima de 90 kg) da classe J1 (cegos totais), com um ippon inapelável, o azerbaijano Ilham Zakiyev, que é dono de quatro medalhas paralímpicas (dois ouros e dois bronzes).

Também é importante destacar o ouro da pernambucana Andreza Vitória no Campeonato Mundial de bocha paralímpica, disputado em novembro no Parque Olímpico da Barra da Tijuca. Na decisão, da classe BC1 (para pessoas que podem jogar com as mãos ou com os pés e que contam com a opção de um auxiliar), a brasileira superou a croata Dora Basic por 3 a 1.

No Mundial de Paracanoagem disputado em agosto em Halifax (Canadá) o ponto alto foi o ouro de Igor Tofalini na prova do VL 200 metros. Na mesma disputa, Fernando Rufino terminou na segunda posição.

No próximo domingo (5), a partir das 14h (horário de Brasília), acontece a estreia de “Programa Paralímpico”, na Rádio Imprensa FM de São Paulo (102,5). O programa vai abordar os principais acontecimentos da semana no cenário do esporte paralímpico, além de entrevistas e bate-papos exclusivos.

Além da programação acontecer no rádio, todo o conteúdo pode ser acessado pelas plataformas digitais, como no YouTube, Facebook e Twitch, através da busca “Paralímpicos Brasil”. Além disso, o programa também estará disponível em formato de podcast no Spotify. Vale lembrar que nas mídias sociais, haverá um intérprete de libras.

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À frente do programa estará o apresentador Weber Lima, que tem  20 anos de carreira no jornalismo esportivo, com passagens em diversos veículos de comunicação, como Rádio Jovem Pan AM de São Paulo, Rádio Estadão, Rádio Record, Rádio Capital e Rádio Top FM.

De acordo com Lima, os esportes voltados a pessoas com algum tipo de deficiência estão ganhando mais espaço no Brasil e no mundo. “Com uma linguagem leve e descontraída, o programa terá duração de 60 minutos com informações para a pessoa com deficiência que pretende praticar o esporte, histórias inspiradoras com paratletas de alto rendimento e cobertura dos eventos", conta. 

Estão abertas as inscrições para os Jogos Paralímpicos do Recife. Entre os dias 9 e 11 de junho, homens e mulheres com deficiência física, visual e/ou intelectual, com idade mínima de 12 anos irão participar de disputas de Atletismo, Bocha, Natação, Tênis de Mesa, Badminton, Vôlei Sentado e Basquete de Cadeira de Rodas. Os esportes estarão divididos em faixas etárias.

A abertura do evento será no Compaz Ariano Suassuna, que fica no Cordeiro. Lá também acontecerão todas as competições, com exceção do atletismo, que será no Centro Esportivo Santos Dumont, em Boa Viagem. Especificamente para a categoria Estudantil, é necessário que o paratleta esteja matriculado em uma escola municipal, estadual ou privada, ou ainda ser participante de programas esportivos para pessoas com deficiência desenvolvidos pela Prefeitura do Recife.

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Os interessados devem procurar a Secretaria Executiva de Esportes, que fica no térreo da Prefeitura do Recife até o dia 31 de maio, quando encerram as inscrições. Mais informações podem ser com a Gerência de Esportes de Rendimento do Recife, pelo telefone 99488-6310 ou enviando um email para gustavo.arruda@recife.pe.gov.br. Confira o cronograma:

Abertura dos Jogos Paralímpicos: 9 de junho - Compaz Cordeiro

Competição atletismo: 10 e 11 junho - Santos Dumont

Basquete em Cadeira de Rodas: 10 de junho - Compaz Cordeiro

Demais modalidades: 10 e 11 de junho - Compaz Cordeiro

Nesta quarta-feira (7), às 15h, será encerrada a votação para eleger os melhores atletas paralímpicos de 2016. Entre os homens, concorrem o nadador Daniel Dias, o velocista Petrúcio Ferreira e o jogador de futebol de 5 Jeferson Gonçalves. Entre as mulheres, as candidatas são a saltadora Silvânia Costa, a lançadora Shirlene Coelho e a jogadora de bocha pernambucana, Evani Calado. À noite, serão conhecidos os vencedores no Prêmio Paralímpicos 2016, no Vivo Rio, no Rio de Janeiro.

Além de premiar os melhores por voto popular, será eleito um representante em cada uma das 22 modalidades que fizeram parte dos Jogos Paralímpicos Rio 2016. Além dos melhores técnicos de esporte individual e coletivo e o atleta revelação do ano. Na cerimônia, também será homenageada a personalidade que mais contribuiu com o paradesporto, com o Troféu Aldo Miccolis. Na última edição, Luís Carlos Cardoso, da canoagem e Silvânia Costa, que volta a concorrer pelo atletismo, foram os grandes vencedores, masculino e feminino, respectivamente.

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Confira um breve perfil de cada um dos concorrentes: 

Silvânia Costa (atletismo) 

Data e local de nascimento: 23/05/1987, Três Lagoas/MS 

Classe: T11

Principal conquista em 2016: ouro no salto em distância nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 

 

Shirlene Coelho (atletismo)

Data e local de nascimento: 19/2/1981, Corumbá/GO 

Classe: F37 

Principais conquistas em 2016: ouro no lançamento de dardo e prata no lançamento de disco nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 

 

Evani Calado (bocha)

Data e local de nascimento: 29/11/1989, Garanhuns/PE 

Classe: BC3

Principal conquista em 2016: ouro por equipe nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 

 

Petrúcio Ferreira (atletismo) 

Data e local de nascimento: 07/10/1997, São José do Brejo do Cruz/PB

Classe: T47

Principais conquistas em 2016: ouro nos 100m, prata nos 400m e no revezamento 4x100m nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 

 

Jeferson Gonçalves (futebol de 5)

Data e local de nascimento: 05/10/1989, Candeias/BA 

Posição: Ala direita

Principal conquista em 2016: ouro nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 

 

Daniel Dias (natação) 

Data e local de nascimento: 24/05/1988, Campinas/SP 

Classe: S5

Principais conquistas em 2016: quatro ouros, três pratas e dois bronzes nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. 

Para votar, é preciso acessar o site do Comitê Paralímpico Brasileiro, clicando aqui.

Um dos maiores nomes do esporte paralímpico pernambucano se prepara para encarar um novo desafio, mas dessa vez como gestora pública. A bicampeã paralímpica Suely Guimarães foi nomeada para chefiar o setor de Paradesporto da Secretaria de Esportes e Copa do Mundo do Recife.

E como primeira meta, a atleta vai conscientizar o setor hoteleiro para se adaptar às necessidades da pessoa com deficiência. Segundo Suely, isso possibilitará que a cidade receba campeonatos paradesportivos de nível sulamericano e mundial.

“Perdemos muitos eventos importantes devido à falta de hotéis acessíveis no Recife, principalmente em relação aos banheiros. Existem poucos quartos também. Fortaleza e Natal são exemplos de acessibilidade. O transporte aqui também é muito ruim”, critica. “Se conseguirmos superar esse problema, teremos condições de atrair competições internacionais, pois a pista do Santos Dumont já está adaptada e o Geraldão também ficará adaptado após a reforma”, afirma.

A gestora conta que também pretende estimular a descoberta de talentos paradesportivos nas escolas públicas e comunidades carentes do Recife, mas de maneira comprometida. “Não revelamos mais nenhum novo talento há muito tempo, pois não adianta só achar o atleta, tem que dar estrutura e corpo técnico para que ele se desenvolva”, revela.

Suely também conta que sua gestão será de contatos com as associações de deficientes e empresas. “Vamos ter um diálogo para fazer um trabalho conjunto. Mas eles também não podem esperar apenas pelo poder público. Vamos conversar com empresários para conscientizá-los da importância de se investir no paradesporto”, afirma, adiantando que, futuramente, pode vir a ser criada uma bolsa municipal para os atletas.

Currículo

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Suely é bicampeã paralímpica no arremesso de disco (Barcelona-1992 e Atenas-2004) e conquistou o bronze em Atlanta-1996. Ela estabeleceu o recorde mundial da categoria em 1992 e bateu a marca, até hoje não superada, em 1996 e 2004. No total, disputou seis paralimpíadas, seis mundiais e sete parapanamericanos.

Ela conta que irá conciliar as carreiras de paratleta e administradora pública sem problemas. “Vou abraçar as duas com muita seriedade. Estou me preparando para encerrar minha carreira nas Paralimpíadas do Rio de Janeiro em 2016, mas sem esquecer das outras obrigações”, garante.

 

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