Tópicos | Paraíso do Tuiuti

Os moradores de São José do Belmonte, município localizado no Sertão de Pernambuco, querem representar a cultura local em uma das festas mais importantes do país, o Carnaval do Rio de Janeiro. Um grupo de belmontenses está se organizando para compor uma ala no desfile da escola carioca Paraíso do Tuiuti, que em 2020 defende o samba enredo O Santo e o Rei: Encantarias de Sebastião. 

Sendo Belmonte um dos locais ao redor do mundo a preservar a cultura dos seguidores de Dom Sebastião, através da Cavalgada à Pedra do Reino, que acontece na cidade anualmente, um grupo de moradores resolveu unir esforços para estar presente no desfile da agremiação carioca. Segundo Débora Cavalcante de Moura, escritora nascida no município com três livros sobre a história da Pedra do Reino, ao descobrirem o tema da escola diversos belmontenses se interessaram em participar da festa e já estão, inclusive, prestando assessoria aos carnavalescos: "Numa atitude cidadã, Renato Magalhães (ator belmontense) e eu estamos em contato com a diretoria da Escola, a fim de colaborar com o que for possível. Esclarecemos, por exemplo, aspectos da presença de D. Sebastião em Pedra Bonita ou Pedra do Reino", disse em entrevista exclusiva ao LeiaJá.

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A escritora conta, também, que está sendo feita uma convocatória aos moradores da cidade pernambucana para que possam representar sua parte nessa tradição no desfile carnavalesco, na ala Cavalgada à Pedra do Reino. "A população belmontense foi conclamada a participar desse momento único. O convite se deu por meio de uma carta convite aberta à comunidade, publicada nos principais blogs da cidade, assim como através de grupos de whatsapp e outros mídias sociais. Até o momento, umas 10 pessoas demonstraram interesse".

Para participar do evento, é preciso pagar pela fantasia da ala o valor de R$ 650, além das despesas da viagem. Os custos são altos e não há, por enquanto, qualquer tipo de apoio ou patrocínio, seja ele público ou privado. Débora afirma que, unida ao ator Renato Magalhães, está tentando juntar esforços para possibilitar a ida de 40 pessoas para o grande desfile. "Renato e eu pretendemos encampar um apadrinhamento à participação dos cavaleiros da Cavalgada Zeca Miron. São verdadeiros artistas/atletas anônimos, a maioria da zona rural da cidade de São José do Belmonte-PE, e oriundos de famílias sem muitas posses", afirma. A Paraíso do Tuiuti desfila na marquês de Sapucaí no dia 23 de fevereiro. 

 

A radialista Elizabeth Ferreira Joffe, conhecida como Liza Carioca, morreu na manhã deste sábado (29). Ela foi uma das vítimas do acidente com o carro alegórico da escola de samba Paraíso do Tuiuti no carnaval deste ano, que deixou 20 feridos.

Em nota, a escola de samba declarou estar "profundamente consternada com o falecimento. A diretoria lamenta o ocorrido e presta as mais sinceras condolências aos familiares e amigos". A agremiação diz ainda que "desde o fatídico episódio, não se furtou em arcar com os custos do tratamento médico e oferecer apoio irrestrito às vítimas com sequelas e ferimentos graves".

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O marido de Liza, Paulo Guterres, publicou no Facebook uma mensagem na última quinta-feira (27) pedindo orações. "Amigos, por favor, peço uma grande corrente de orações pela minha Liza Carioca. O quadro dela se agravou mais e estamos muito preocupados", disse.

Em março, quatro pessoas foram indiciadas por crime culposo (sem intenção) pelo acidente. A delegada responsável pelo caso, Maria Aparecida Mallet, disse à época que uma sucessão de erros, como a falta de visão do motorista e a ausência de guias para orientá-lo na pista, ocasionou o acidente.

Foram indiciados o motorista do carro alegórico, Francisco de Assis Lopes, o engenheiro que o projetou, Edson Marcos Gaspar de Andrade, e os diretores de alegoria e carnaval da escola, Jaime Benevides de Araújo Filho e Leandro Azevedo Machado.

O motorista Francisco de Assis Lopes, de 53 anos, que dirigia o carro da escola Paraíso do Tuiuti envolvido no acidente da Sapucaí, disse que não teve culpa pelo acidente, em depoimento prestado à 6ª DP (Cidade Nova) no fim da tarde desta segunda-feira (27). "Eu não tive culpa. Quem ficou machucado, me desculpe mesmo. Quero pedir desculpas às famílias. Só isso que eu queria dizer", disse o motorista na saída da delegacia.

Já os filhos do profissional, Liverton dos Santos Lopes e Lidiane dos Santos Lopes, que acompanharam o depoimento de Francisco, disseram que o acidente teria sido causado por uma imprudência da escola de samba. "Meu pai não sabia que tinha uma roda do carro quebrada, assim como também não sabia que seria acoplado outro carro no dele, que tampou (sic) toda a sua visão na hora de dirigir. Não tinha como ele enxergar, não foi combinado isso, e o guia (que deveria orientar o motorista sem visão do percurso) não apareceu ", disse Lidiane.

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Liverton disse que uma roda do carro, chamada roda maluca (móvel), também causou problemas. "Quem entende disso sabe que a roda maluca, quando chove, ela perde o controle", disse.

Quando lhe perguntaram por que seu pai não se recusou a dirigir nessas condições, Liverton disse que Francisco dirigia o último carro "e não tinha como recusar". "Ele cumpriu o papel dele como profissional que é. Ele é caminhoneiro. Diziam que ia ter um guia para ele, o acidente não aconteceu porque ele perdeu o controle", afirmou.

Lidiane também contou que Francisco só percebeu que houve o acidente quando ouviu os gritos. Ela acusou funcionários da escola de agredirem seu pai quando ele saiu do veículo.

O assessor de imprensa da Paraíso do Tuiuti, Rodrigo Coutinho, afirmou ao Estado poder garantir "que não procede (a acusação dos filhos do motorista, de que o pai não sabia que dirigiria um carro acoplado)". "Todos os motoristas sabem exatamente como são os carros". Ele declarou que a agremiação esclarecerá as demais afirmações da família de Lopes em depoimento. "Sobre ter sido agredido ou não, não tenho como afirmar o contrário. Não estava presente no momento do fato, e as pessoas que foram consultadas, negaram", afirmou.

Chico Anysio ganhará um enredo em sua homenagem, no carnaval carioca, em 2013. A escola de samba Paraíso do Tuiuti vai contar a história deste homem, que morreu em abril e é considerado por muitos o maior humorista brasileiro de todos os tempos.

Chico Anysio já foi tema de outros desfiles. Em 1984, foi a Caprichosos de Pilares; a mesma escola homenageou Chico em 2012, vestindo máscaras do Professor Raimundo, personagem mais famoso do mestre. Em 1997 foi a vez da Arranco do Engenho de Dentro e da Unidos do Anil, em 2009.

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