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No último sábado (30), durante a homologação da candidatura do candidato à Prefeitura do Recife Carlos Augusto (PV), o candidato à presidência do Brasil nas eleições de 2014, Eduardo Jorge, destacou a necessidade de atender as demandas mais urgentes da cidade atreladas às questões ambientais. Em entrevista ao Portal LeiaJá, o ex-presidenciável alertou sobre as graves consequências da falta de controle ambiental.“A ONU já acordou e vem alertando os países, mas, infelizmente, os governos não estão a altura da responsabilidade desse desafio. O Brasil tem uma responsabilidade muito grande, além de ser uma democracia, é um gigante na área ambiental, nos recursos naturais, portanto, ele não exerce a liderança que deveria exercer no mundo”, lamentou o médico sanitarista.

Nesse contexto, Eduardo Jorge disse que os partidos têm uma responsabilidade muito grande sobre as questões ambientais. “É preciso que se tenha responsabilidade política para que as futuras gerações possam ter um planeta para viver. Muitas vezes, nos encontros da ONU, quando o mundo precisa avançar na questão ambiental, o Brasil soma com países que querem a regressão, que não querem fazer o trabalho ambiental. É muito triste o papel que o Brasil vem desempenhando nos últimos anos porque não corresponde a sua potencialidade de liderança ambiental e, infelizmente, também porque os partidos que têm governado o Brasil continuam muito no século XX”, declarou.

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Para ele, o capitalismo e o socialismo não levaram em conta os limites da natureza. “Não há dúvidas de que houve muitos avanços na área da medicina, tecnologia, e outras, porém o problema é que capitalismo achou que os recursos atrás eram infinitos, o que levou a essa crise ambiental”, disse o defensor de políticas de sustentabilidade.

Limites ambientais

Eduardo Jorge também alertou para cinco limites ambientais, entre outros, que estão sendo ultrapassados ou perto de ultrapassar que coloca em risco a vida da humanidade. “O primeiro e o mais grave de todos é a questão climática, que já ultrapassou e que vai se agravar cada vez mais. O segundo limite é o Ciclo do Nitrogênio; o nitrogênio é essencial para o desenvolvimento dos alimentos. Os homens colocam fertilizantes que multiplicam o desenvolvimento das plantas, mas não devolve o nitrogênio para a atmosfera na quantidade necessária”, explicou.

“O terceiro é a extinção das espécies. Estamos extinguindo as espécies mil vezes mais do que extinção natural delas. É uma catástrofe total essa perda da biodiversidade. O quarto é a quantidade e disponibilidade de água doce. É uma crise terrível, pois, só dois e meio por cento da água do mundo disponível na forma de água doce dos quais a maior parte esta em geleiras. Usamos a água doce de uma forma completamente irresponsável”, acrescentou.

O quinto ponto destacado por Jorge é a quantidade de poluentes que a humanidade despeja no solo e no ar. “Essa questão da poluição no ar além de afetar o clima, a saúde do planeta, afeta a saúde das pessoas. Você mora em Recife, por exemplo, e você é envenenado diariamente pela poluição do ar, da gasolina e do diesel que sai das motos, dos carros e dos ônibus. Você perde a expectativa de vida de um a dois anos pelo envenenamento da população do ar da sua cidade, por isso, a pregação do Partido Verde é tão importante. Alguns partidos já começaram a ouvi-la e ficamos felizes que as ideias sejam ouvidas e incorporadas por outros partidos, mas ainda é coisa muito tênue para a gravidade do tema”, finalizou.

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