O setor de serviços conseguiu se recuperar da crise econômica mundial, iniciada no segundo semestre de 2008. É o que indica a Pesquisa Anual de Serviços (PAS) 2010, divulgada pelo Instituto Brasileiros de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quarta-feira (26).

“O ano de 2010 realmente foi de recuperação em relação ao ano anterior, a gente pode dizer que o setor de serviços ajudou a impulsionar a recuperação da economia como um todo”, destaca a pesquisadora do IBGE Ana Carla Magni. Os segmentos que mais se destacaram no período foram os serviços de manutenção e reparação, as atividades imobiliárias, os serviços prestados principalmente às famílias e os serviços profissionais, administrativos e complementares.

De acordo com o IBGE, os serviços que fazem parte dessa pesquisa responderam, em 2009, por 13% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que é a soma de todas as riquezas produzidas no país. Se forem levados em conta os serviços como um todo, o setor compõe 67% do PIB.

A receita operacional líquida cresceu 11% no período, patamar próximo ao obtido em 2008 (11,4%). Em 2009, a alta foi de apenas 6,4%. O acumulado de 2007 a 2010 chega a 31,6% de crescimento real. O estudo mostra também que, em 2010, as 992.808 empresas investigadas obtiveram R$ 869,3 bilhões de receita operacional líquida e geraram R$ 510,4 bilhões de valor adicionado, ocuparam 10.622 mil pessoas e despenderam R$ 172,5 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações.

O Nordeste obteve a maior variação acumulada da receita bruta de serviços , registrando 36,1%. A média no Brasil foi de 31,8%. O Piauí teve o maior crescimento da receita (50,2%). O Nordeste também foi a região em que houve o maior aumento de contratações. A elevação foi de 34,8%. Já a média do Brasil foi de 27,3%, Sobre as maiores médias salariais, o Sudeste apresenta os maiores índices.

Com informações da Agência Brasil.