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A Polícia Civil encontrou na noite dessa sexta-feira (10) o corpo da menina Ilda Beatriz, de apenas três anos, que tinha sido sequestrada em Pau Amarelo, no município de Paulista, por Washington Gusmão Ferraz Júnior, de 33 anos. A criança foi levada da casa de sua tia durante a manhã desta sexta e achada morta dentro de um saco plástico, enterrada no quintal de uma casa no bairro de Nossa Senhora do Ó, em Paulista. Segundo o delegado do 6° DHPP, Francisco Océlio, o acusado, já detido, matou ainda uma mulher no ato do sequestro e poderá pegar mais de 100 anos de prisão.

Océlio contou que a ocorrência e a localização do corpo da criança foram feitas por volta das 22h40 e o suspeito deverá ser enquadrado em cinco crimes. “Em tese ele vai responder por dois homicídios qualificados: um tentado e outro consumado. Vai responder pelo sequestre da criança, vai responder também pelo homicídio hediondo dela, e pela ocultação de cadáver. Ao todo, são cerca de cinco crimes”, contabilizou. 

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O delegado afirmou que os indícios já levavam a polícia acreditar na morte da menina, mas o suspeito não ajudou nas buscas, nem na localização do corpo. “Todas as evidências apontavam que a criança estaria morta, mas o corpo estava sendo ocultado por ele”, contou, explicando os trâmites judiciais. “Ele não colaborou e a lei diz que em até 24h tenho que terminar o procedimento e mandar para o cárcere e enviar as informações para os juízes de plantão e o promotor de plantão. Como as buscas passaram das 22h e a criança foi achada num quintal de uma casa, outro colega de plantão acompanhou”, explicou. 

De acordo com Francisco Océlio, a cobertura do local foi feita pelo Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) que juntará, posteriormente, as informações da prisão. “Esse procedimento vai se juntar ao que fiz em fragrante e as investigações seguirão”, disse.  

A partir de agora, as investigações serão prosseguidas pelo delegado da 7ª DHP de Paulista, Jader Brasileirense. “Já tem uma série de pessoas que serão ouvidas, inclusive, os proprietários da casa onde o corpo foi encontrado. Ontem mesmo eles foram conduzidos e pelo que consta, eles não sabiam que o corpo estava enterrado no seu quintal. Muito provável o sujeito adentrou e promoveu a ocultação do cadáver”, acredita o delegado.

Washington Gusmão Ferraz foi encaminhado ao Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, Grande Recife e segundo o delegado ele pode pegar mais de 100 anos de prisão. “Em cada crime que praticou ele pode pegar de 12 a 30 anos de prisão, mas se junta a isso os agravantes como a morte da criança. Deve ultrapassar 100 anos”, concluiu.

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