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Os países árabes aliados de Washington acolheram calorosamente o plano de paz para o Oriente Médio de Donald Trump, em um delicado equilíbrio entre a pressão dos palestinos - contrários a ele - e o risco de se afastarem dos Estados Unidos.

O plano foi apresentado na terça-feira em Washington na presença de vários embaixadores das monarquias árabes do Golfo e do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, que recebeu-o com entusiasmo, enquanto os palestinos rejeitaram a iniciativa.

Os árabes aliados de Washington mediram cada palavra. Em um exercício de equilíbrio, Riade afirmou "apreciar os esforços" dos Estados Unidos e, ao mesmo tempo, renovar seu "apoio inabalável" aos palestinos.

Para Abu Dabi, este plano representa um "importante ponto de partida" e merece uma "análise profunda".

Doha deu boas-vindas ao plano e destacou que "o Estado palestino é a capital de Jerusalém Oriental". A Jordânia lembrou que "o único caminho para a paz" é o nascimento de um Estado palestino nas fronteiras de 1967.

O plano traz diversas concessões a Israel. Dá o direito a anexar assentamentos na Cirsjordânia, especialmente no Vale do Jordão.

Plano de paz árabe enterrado

Mesmo prevendo um Estado, estabelece um traçado muito inferior ao que os palestinos aspiram - todos os territórios ocupados por Israel em 1967.

"Essas reações eram esperadas", disse Abdalah Al Chayeji, professor de ciência política da Universidade do Kuwait, que lembra o contexto regional caracterizado, em sua opinião, por uma disposição quase geral de se aliar a Washington contra o Irã.

"Esse plano dinamiza a iniciativa de paz árabe apresentada em 2002 por Riade, que prevê a retirada de Israel dos territórios árabes ocupados em 1967 contra a paz e a normalização dos países árabes com Israel", acrescenta.

"As reações da Arábia Saudita e do Egito são muito cautelosas. Ambos os países não querem incomodar Trump, que é seu aliado", diz Ahmed Abed Rabou, da Universidade Internacional de Estudos de Denver.

Na opinião dele, esses dois países também não querem provocar a opinião pública e "é por isso que saudaram o plano e pediram às partes interessadas que negociassem de acordo com o direito internacional, o que significa que não concordam com muitas das disposições do plano".

A Liga Árabe reagiu na quarta-feira classificando como "uma grande violação dos direitos legítimos dos palestinos". No sábado, está agendada uma reunião extraordinária de ministros das Relações Exteriores árabes no Cairo, na presença do presidente palestino Mahmoud Abbas.

"Não espero uma revolta real nos territórios palestinos em resposta a esse plano. Quero dizer que não prevejo uma espécie de terceira intifada explodindo, porque, mais uma vez, é um plano unilateral que não muda nada no terreno", avaliou Abed Rabou.

Uma breve pesquisa nas ruas do Cairo mostra opiniões divergentes. Alguns denunciam o plano e pedem aos palestinos que não o aceitem, enquanto outros os aconselham do contrário.

"Os palestinos não devem aceitar o plano (...). Se eles partirem agora, isso significa que décadas de luta foram perdidas", disse Toqa Ismael, estudante de direito da Universidade do Cairo.

Mas para Heba Mokhtar, professora de 48 anos, é melhor para os palestinos aceitar "menos território do que eles inicialmente queriam (...) porque alguma coisa é melhor que nada".

A comunidade internacional oscilou entre o repúdio e a cautela ao anúncio do plano do presidente americano, Donald Trump, para o Oriente Médio, nesta terça-feira (28), em Washington, ao lado do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

O presidente americano revelou nesta terça seu plano de paz para o Oriente Médio com base em uma solução de "dois Estados", no qual ele atribui a Israel uma série de garantias, entre elas a soberania sobre o vale do Jordão.

As propostas foram rejeitadas em bloco pelos palestinos.

Em uma rara convergência, o movimento islamita palestino Hamas, no poder na Faixa de Gaza, e a Autoridade Palestina, do presidente Mahmud Abbas, que controla a Cisjordânia, alinharam-se no repúdio ao plano de paz.

"Hoje dizemos que rejeitamos esse plano. Não aceitaremos um substituto para Jerusalém como capital do Estado da Palestina", disse à AFP Khalil al-Hayya, alto funcionário do movimento, em referência às declarações de Trump, cujo plano faz de Jerusalém a capital "indivisível" de Israel, enquanto abre caminho para um Estado palestino com Jerusalém Oriental como sua capital.

Este plano de paz "está condenado ao fracasso" e poderia levar os palestinos a uma "nova fase" de sua luta, advertiu o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, antes do anúncio do presidente Trump.

Segundo autoridades em Ramallah (Cisjordânia ocupada) e Gaza, o líder do Hamas falou por telefone na noite de terça-feira com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, sobre uma reação conjunta ao projeto americano.

O Hamas, hostil à Autoridade Palestina, participou incomumente de um encontro na noite desta terça-feira com o líder palestino em Gaza, embora Haniyeh, que se encontra no exterior, tenha se ausentado.

Para Mahmud Abbas, o plano de Trump "não passará" e nenhum palestino pode aceitar um Estado independente sem ter Jerusalém como capital.

"É impossível a um árabe ou palestino aceitar não ter Jerusalém" como capital de um Estado palestino, declarou Abbas, destacando a recusa palestina a ver Jerusalém como a capital indivisível de Israel, como propõe o plano do presidente americano.

O movimento Hezbollah libanês avaliou que o plano de Trump é uma "tentativa de eliminar os direitos históricos e legítimos do povo palestino".

Esta "escalada da vergonha", como a denominou o Hezbollah, "não poderá ocorrer sem a cumplicidade e a traição de um certo número de regimes árabes, parceiros em sigilo ou às claras deste complô", ressaltou o poderoso movimento pró-iraniano em um comunicado.

Para Teerã, o plano norte-americano de paz para o Oriente Médio é "a traição do século" e está fadado ao fracasso.

A Turquia também demonstrou incredulidade sobre o futuro do plano, classificando-o como "natimorto" e denominando-o de "plano de anexação" com vistas a destruir as esperanças de uma solução de dois Estados.

- Cautela -

A ONU, o Egito e a Jordânia adotaram uma posição de cautela diante do anúncio do plano.

Tanto as Nações Unidas quanto a Jordânia defenderam as fronteiras de 1967. Para a Jordânia, respeitar estas fronteiras é "a única via para uma paz global e duradoura".

Em nota, Egito pediu para israelenses e palestinos "uma análise atenta e profunda da visão americana para alcançar a paz e abrir canais de diálogo".

A União Europeia, por sua vez, reafirmou sua posição firme a favor de "uma solução negociada e viável aos dois Estados".

Bruxelas "vai estudar e avaliar as propostas avançadas", afirmou o chefe da diplomacia do bloco, Josep Borrell, em uma declaração feita em nome dos 28 países-membros, na qual pediu para "relançar os esforços dos quais temos necessidade urgente" em vista desta solução negociada.

Para a Alemanha, apenas uma solução "aceitável pelas duas partes" pode "conduzir a uma paz duradoura entre israelenses e palestinos", reagiu o ministro alemão das Relações Exteriores, Heiko Maas.

"Vamos estudar a proposta de forma intensiva e partiremos do princípio de que todos os parceiros vão fazer o mesmo", disse Maas em um comunicado.

Entre os aliados dos Estados Unidos, Londres era o mais positivo, classificando como uma "proposta séria" que "pode representar um avanço positivo".

Mais cedo, o premiê britânico, Boris Johnson, conversou com Trump sobre o plano.

Downing Street informou que poderia ser "um avanço positivo".

Já a Rússia defendeu "negociações diretas" entre Israel e palestinos para chegar a um "compromisso mútuo aceitável".

Em meio a grande ceticismo, a administração Trump começou a discutir nesta terça-feira, 25, seu plano econômico de US$ 50 bilhões que prevê até incentivo ao turismo para tentar alcançar a paz entre israelenses e palestinos. Mas ele não esclarece os detalhes políticos para torná-lo real.

O plano foi apresentado pelo genro e conselheiro do presidente Donald Trump, Jared Kushner, a um grupo reunido em Manama, capital do Bahrein, em uma conferência marcada pela ausência de líderes israelenses e palestinos.

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Em linhas gerais, o plano prevê o investimento de doadores nacionais e investidores de cerca de US$ 50 bilhões. Mais da metade desse montante seria colocado nos territórios palestinos nos próximos dez anos. O restante seria dividido entre Líbano, Egito e Jordânia - país que mais tem absorvido palestinos e teme que eles se estabeleçam em seu território para sempre.

O dinheiro seria investido em áreas palestinas ligadas à infraestrutura, comércio e turismo, mas é vago sobre como solucionar os entraves políticos a eles. Há uma seção dedicada ao turismo no plano de Kushner. "Para o desenvolvimento total da indústria do turismo palestina, novos investimentos são necessários para a criação de acomodações e atrações próximas dos locais turísticos mais populares", afirma o texto.

Um dos empecilhos que não responde o plano trata-se do bloqueio israelense e egípcio à Faixa de Gaza há mais de uma década, controlando a entrada de vários produtos e, principalmente, proibindo o acesso a materiais de construção, que Israel teme que o Hamas, grupo que controla o território, utilize para fins militares.

O plano também não cita a ocupação israelense da Cisjordânia, o que impõe um enorme obstáculo a qualquer projeto de desenvolvimento econômico palestino.

Entre os 179 projetos de infraestrutura e negócio para os palestinos, o plano de Kushner prevê um corredor de transporte de US$ 5 bilhões para conectar a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, distantes 115 km um do outro. A proposta não é exatamente uma novidade e já foi apresentada no passado, mas emperrou na falta de acordos políticos e de segurança para viabilizá-la.

De acordo com o analista de Oriente Médio do jornal Jerusalém Post, algumas partes do plano "mostram que Israel ou não foi consultado, ou não tinha nada a dizer ou os autores do texto não são familiarizados com o papel desempenhado pelo país nas fronteiras e nas telecomunicações palestinas".

O plano fala, por exemplo, em viabilizar serviços de dados de alta velocidade. O analista lembra que o veto de Israel à tecnologia wireless 3G para serviços móveis aos palestinos somente foi derrubado em 2018.

A Autoridade Palestina, que alega que não há saída sem uma solução política, boicotou o evento de dois dias. O governo israelense não foi convidado. Diante da ausência dos palestinos, várias nações árabes concordaram em ir, mas sem enviar representantes de alto escalão.

"Não sei dizer quantas vezes eu li propostas de 'planos Marshall' para o Oriente Médio em um período de 20 anos. Mas a realidade é que, na sequência, é muito problemático usar incentivos econômicos - desenvolvimento, comércio, assistência e até a construção de instituições - sem primeiro alcançar as necessidades e exigências políticas das pessoas no conflito", afirmou Aaron David Miller, ex-negociador para o Oriente Médio de administrações republicanas e democráticas.

Centenas de palestinos protestaram na segunda-feira na Cisjordânia ocupada contra a conferência. Perto de Hebron, alguns deles sentaram-se em torno de um caixão com a inscrição "Não ao acordo do século", uma expressão pejorativa que faz referência às propostas de paz de Trump.

Os palestinos cortaram os laços com a Casa Branca após Trump reconhecer em 2017 Jerusalém como capital de Israel e transferir a embaixada americana de Tel-Aviv. Para eles, a proposta de paz da administração republicana é pró-Israel. A equipe de Oriente Médio de Trump assinalou recentemente que aceitará a anexação por Israel de partes da Cisjordânia, coração do Estado Palestino, aprofundando ainda mais as suspeitas palestinas. (Com agências internacionais)

Líderes palestinos rejeitaram um plano de paz formulado pelos EUA. A primeira parte do acordo, divulgada na segunda-feira (20), prometia investimentos de bilhões de dólares em infraestrutura nos territórios ocupados em troca de concessões em disputas históricas com Israel.

O presidente dos EUA, Donald Trump, e seu genro, Jared Kushner, anunciaram no domingo (19) que os detalhes serão divulgados numa conferência econômica internacional no Bahrein, no final de junho.

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O fórum econômico, que se chamará "Paz para a Prosperidade", será na capital, Manama, nos dias 25 e 26 de junho, segundo comunicado conjunto dos governos de Bahrein e dos EUA, divulgado pela agência oficial BNA.

Segundo o jornal The New York Times, este seria o primeiro passo do plano de Trump e de Kushner, que o presidente americano chama de "acordo do século". A ideia seria garantir compromissos financeiros de países ricos do Golfo Pérsico, principalmente Arábia Saudita e Emirados Árabes, assim como doadores de Europa e Ásia, para induzir os palestinos e seus aliados a fazer concessões políticas para resolver o conflito de décadas com Israel.

A Casa Branca indicou que está buscando dezenas de bilhões de dólares, mas não informou um número preciso. Segundo o NYT, a meta seria chegar a US$ 68 bilhões em ajuda para a região, incluindo também Egito, Líbano e Jordânia.

Trump e Kushner decidiram revelar seu tão esperado plano de paz em estágios, começando com o componente econômico. Somente após "ter um plano de investimentos", o governo americano passaria para os elementos políticos.

Diplomatas e veteranos de negociações anteriores entre israelenses e palestinos expressaram ceticismo com a iniciativa de Trump. As conversações de paz estão estancadas desde 2014. Segundo eles, o principal problema do plano é ignorar as questões mais espinhosas das negociações: a criação de um Estado palestino, as fronteiras e os territórios ocupados na Cisjordânia, Jerusalém como capital e o direito de retorno dos refugiados palestinos.

Aaron David Miller, um ex-negociador de paz no Oriente Médio, em governos republicanos e democratas, disse que a medida é "necessária, mas insuficiente". "Estão colocando o carro na frente dos bois. O que torna um plano atraente é o pacote completo. Como fica a situação de Jerusalém?", questionou Miller. "Eles podem até adiar a discussão sobre questões importantes, mas vão perder poder de barganha, e não ganhar."

O chanceler da Autoridade Palestina, Riyad al-Maliki, afirmou que a proposta dos EUA "não é um plano de paz, e sim condições para uma rendição" da parte palestina. "Não fomos informados por nenhuma parte da reunião anunciada para o Bahrein", disse Saeb Erekat, secretário-geral da Organização para Libertação da Palestina (OLP).

O presidente palestino, Mahmoud Abbas, recusou voltar à mesa de negociação enquanto Israel não cumprir várias condições, entre elas o fim da expansão dos assentamentos nos territórios palestinos ocupados - medida improvável diante das promessas do primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, durante a campanha eleitoral nos últimos meses.

Recentemente, Trump cortou a ajuda dos EUA aos palestinos na Cisjordânia e em Gaza. O plano não pretende mudar este cenário: a maior parte dos fundos viria de outras nações, principalmente de países do Golfo Pérsico.

Até agora, porém, nenhuma nação confirmou participação no encontro nem se comprometeu com investimentos. O plano também não explica quais entidades palestinas receberiam esse dinheiro.

"Os palestinos e muitos países árabes não aceitariam um plano como esse, que não prevê soluções para os problemas fundamentais da crise entre palestinos e israelenses", diz ao jornal O Estado de S. Paulo o cientista político Tamir Sheafer, da Universidade de Jerusalém. "Um plano econômico sem uma solução política de longo prazo seria visto pelos palestinos como uma tentativa de comprar seu silêncio, o que vai inviabilizar qualquer negociação. Não dá para comprar pessoas assim. Nenhuma quantidade de desenvolvimento vai substituir o direito de um povo de ser livre em uma terra própria."

Esta não é a primeira vez que Kushner tenta angariar bilhões de dólares para o desenvolvimento econômico no Oriente Médio. No ano passado, ele e o enviado da Casa Branca para a região, Jason Greenblatt, reuniram ministros das Relações Exteriores e organizações de fomento para uma conferência na Casa Branca sobre a reconstrução de Gaza. No entanto, uma nova crise entre Israel e o Hamas, grupo radical islâmico que controla Gaza, frustrou o projeto. (Colaborou Rodrigo Turrer)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A administração do presidente americano, Donald Trump, está com o objetivo de lançar o seu plano de paz no Oriente Médio no próximo mês.

Cinco autoridades dos EUA e um assessor do Congresso disseram que o governo pretende liberar o plano de paz entre meados e o fim de junho, logo após o fim do mês sagrado do Ramadã para os muçulmanos, embora eles advertiram que o plano poderia ser adiado dependendo da evolução dos acontecimentos na região.

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Eles dizem que os principais autores do plano são o genro e conselheiro sênior do presidente americano, Donald Trump, Jared Kushner e o enviado especial de Trump para as negociações internacionais Jason Greenblatt.

A perspectiva de interesse palestino na proposta de paz parece sombria, no entanto, desde que o líder palestino Mahmoud Abbas recordou o chefe da missão no início desta semana para protestar contra a abertura da embaixada americana em Jerusalém, quando quase 60 palestinos morreram em meio a protestos.

Dos US$ 251 milhões em ajuda dos EUA planejada para os palestinos em 2018, apenas US$ 50,5 milhões foram gastos, segundo o rastreador online do governo. Os restantes, mais de US$ 200 milhões atualmente estão em espera, um valor que não inclui um adicional de US$ 65 milhões em assistência dos EUA à Agência de Assistência e Trabalhos da ONU, que presta serviços para os palestinos na Cisjordânia, Gaza, Jordânia e Líbano.

Durante vários meses, a Casa Branca esteve em conversas com o Departamento de Estado e recomendou gastar pelo menos parte do dinheiro, de acordo funcionários. Três funcionários disseram que não há indicação de que essas recomendações serão atendidas em breve, apesar de apelos de legisladores e até mesmo manifestações de preocupação de Israel, que vê valor na assistência, especialmente no setor de segurança.

Um funcionário disse que havia "um esmagadora falta de urgência "sobre tomar uma decisão sobre o financiamento". Fonte: Associated Press

O governo da Síria concordou "em princípio" com o pedido da Organização das Nações Unidas (ONU) por um cessar-fogo para tentar aliviar os piores combates na guerra civil do país. Porém, o governo precisa de mais detalhes antes de uma decisão final, disse o ministro de Reconciliação Nacional, Ali Haidar.

Os comentários vêm uma semana depois de o enviado da ONU, Staffan de Mistura, apresentar formalmente sua ideia para o presidente Bashar Assad, que disse "valer a pena estudar". A proposta pretende esfriar o confronto em certas áreas para permitir o trabalho de ajuda humanitária, como parte de um passo rumo à paz mais ampla nesses três anos e meio de conflito, que já matou cerca de 200 mil pessoas.

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"De Mistura veio até nós com um plano, não com alguma proposta de solução", Haidar afirmou à Associated Press. "Ele veio para testar as intenções do governo da Síria e ouviu palavras muito boas (...) confirmando que a Síria quer cooperar seriamente", acrescentou.

Haidar afirmou que o enviado da ONU tem de resolver os detalhes. O mais importante deles para o governo sírio, segundo o ministro, é que acabar com um combate em alguma lugar "deveria ser o começo de um processo local de reconciliação".

"Reduzir os combates deveria ser o começo da limpeza da área de grupos armados e a saída deles transformaria o local em um lugar seguro, permitindo que o governo traga ajuda humanitária e serviços para a população", explicou. Haidar também disse que De Mistura "tem de estar certo de que os grupos armados da região e seus apoiadores estão prontos para aceitar essa iniciativa".

O conflito na Síria tem desafiado diversos tentativas internacionais de resolvê-lo. Enquanto o crescimento do Estado Islâmico tem dado maior urgência à busca por uma solução, chegar a pequenas tréguas no fragmentado país, que tem forças de combate múltiplas e divididas, pode ser uma tarefa impossível.

Ativistas da oposição, entretanto, afirmam que tréguas locais ajudariam apenas o governo, a menos que elas sejam parte de uma proposta de solução global para a guerra civil. Fonte: Associated Press.

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