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O novo ministro da Saúde Marcelo Queiroga escolheu o médico Carlos Carvalho para comandar um grupo sobre protocolos de combate à COVID-19 no Brasil.

Segundo matéria publicado pela Folha, Carvalho não terá cargo específico na pasta da Saúde: "Me comprometi a ajudar nesse momento crítico. Não farei parte de ministério", disse Carvalho, que é pneumologista.

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Professor da USP, Carvalho é um dos maiores críticos do país sobre a utilização da hidroxicloroquina, remédio que, mesmo sem eficácia contra a doença, é defendido por Jair Bolsonaro.

Queiroga explicou o que espera de Carvalho em seu trabalho na coordenação do protocolo contra a COVID-19. O médico vai ajudar a sinalizar as melhores práticas contra os sintomas da doença.

"Por exemplo: quando é que um paciente precisa ser internado? Quando precisa de reposição de oxigênio? Qual é a melhor técnica de reposição de oxigênio? Quais são os marcadores que solicitamos para avaliar a gravidade da doença? Quando é que instituímos terapia com corticoide? Quando é que devemos usar anticoagulantes?", disse o ministro Queiroga.

Em abril de 2020, Carvalho comparou a eficácia da cloroquina contra a COVID-19 à da novalgina – ou seja, nenhuma.

"Eu mesmo tive coronavírus, tomei novalgina e outros remédios e estou curado. Vou dizer que a novalgina cura coronavírus?", disse Carvalho.

Ao ser anunciado como o novo ministro em 18 de março, Marcelo Queiroga disse o governo deveria passar a agir de maneira "diferente" na luta contra a pandemia de COVID-19 e "seguir as recomendações da ciência".

Da Sputnik Brasil

Com a notícia da morte da atriz, roteirista, escritora e apresentadora Fernanda Young no último domingo (25), em decorrência de uma crise asmática seguida de uma parada cardiorrespiratória, o alerta sobre as complicações da doença voltou a ser destaque no noticiário e no cotidiano dos brasileiros. Dados do Ministério da Saúde apontam que, em 2017, a asma ocupava o quarto lugar nas estatísticas de internação em hospitais do Brasil. Ainda segundo este levantamento, foram registradas 2.177 mortes em todo o território nacional naquele ano.

Caracterizada pela tosse contínua e dificuldade na respiração, a asma é uma doença respiratória na qual a inflamação nos brônquios (tubos que levam o ar até o tecido pulmonar para fazer a troca de oxigênio) faz com que essa estrutura produza mais secreção e diminua o espaço pelo qual o ar precisa passar. Médico pneumologista do Instituto do Coração (Incor) do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), Rodrigo Abensur Athanazio afirma não haver uma causa específica da doença, entretanto a incidência é maior por implicações alérgicas. "O contato com mofo, pêlo de animais, produtos de limpeza, entre outros faz o corpo identificar como uma agressão e a inflamação aumenta", explica. Além da alergia, Athanazio também considera que quem tem casos de asma na família ou trabalhe em ambientes insalubres, como no contato com produtos químicos, têm chance maior de desenvolver asma na vida adulta.

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Como a doença é crônica, os especialistas recomendam que os asmáticos façam um acompanhamento e usem a medicação para prevenir problemas respiratórios. Athanazio, que também é diretor científico da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia, ressalta a importância da utilização das vacinas, que fortalecem a imunização do corpo e fazem com que os pacientes tenham uma vida normal. "Quem tem asma consegue ter uma função pulmonar normal usando as medicações para prevenir as complicações e as vacinas para prevenção de doenças respiratórias, como a da gripe e pneumocócica", destaca.

Ainda segundo o médico, o tratamento para os casos considerados simples e até mesmo os mais graves está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). "Tratamos com um remédio que vai agir no músculo do brônquio para que ele abra novamente. Os corticoides inalados são os principais aliados no tratamento da asma. Em casos mais graves, é necessário o uso de broncodilatadores de longa duração aprovado na Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) no SUS", confirma o pneumologista.

Bombinha salvadora

Outro método muito usado e recomendado pelos médicos é o nebulímetro, mais conhecido como bombinha. "Usar as bombinhas é uma forma segura e muito eficaz. Mesmo sendo uma dose extremamente pequena de medicação, age diretamente nos brônquios com baixa absorção prejudicial ao sistema", declara o especialista Athanazio.

Além disso, o pneumologista indica que pessoas próximas ao asmático também precisam ficar atentas quanto a possibilidade dele sofrer uma crise. "É importante que os pacientes tenham sempre a medicação de resgate por perto e que os que convivam saibam onde o remédio fica para fornecer ao paciente em um momento de estresse", orienta. O médico também chama a atenção para que a ansiedade não atrapalhe no momento do socorro. "Mantenha a calma. A pessoa em crise fica mais ansiosa, respira mais rápido e isso dificulta ainda mais a troca de ar", finaliza.

Muito mais comum em crianças, o engasgo é motivo de preocupação entre pais e cuidadores. Além de os pequenos ainda não serem autossuficientes na hora de mastigar e engolir os alimentos, existe também a curiosidade da primeira infância, época em que as crianças tendem a levar à boca tudo o que encontram. 

A pediatra e puericultora Kelly Fardin alerta para a posição de bebês e crianças durante o sono. “É recomendado que as crianças, especialmente os bebês, durmam de barriga para cima, pois a posição contribui para que não ocorra o engasgo e, caso venha a acontecer, esteja mais segura para que não haja sufocamento e aspiração de líquidos”, ensina.

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A médica explica ainda que algum adulto deve sempre verificar os brinquedos oferecidos a crianças menores de cinco anos, para ter certeza de que são seguros. “É importante o monitoramento de um adulto e que elas tenham acesso somente a brinquedos apropriados para a faixa etária específica, seguros e permitidas dentro dos órgãos reguladores”, indica.

Muitos casos de engasgo acontecem na hora da alimentação, especialmente entre as crianças que ainda mamam e também entre aquelas  diagnosticadas com refluxo gastroesofágico.

“O mais importante é saber quais são os potenciais motivos que podem contribuir para um engasgo, portanto, não oferecer alimentos duros e ou ainda não indicados para a faixa etária da criança”, explica a pneumologista Fernanda Bombarda, da Clínica Pequeno Príncipe e da unidade Santana do Hospital São Camilo.

 “Para as crianças com patologias de refluxo é importante o acompanhamento médico e, se necessário, a indicação de tratamentos com remédios e medidas posturais além da alimentação adequada para cada faixa etária”, diz a médica.

O que fazer em caso de engasgo?

A Manobra de Heimlich é indicada para todos os casos de engasgo, entre crianças ou adultos. O que muda é a forma como é aplicada e os cuidados após o acidente. 

Crianças:

- Vire a criança de bruços, apoiando-a nos braços para garantir a segurança necessária. Coloque os dedos de uma das mãos apoiados entre as bochechas do bebê e desfira cinco tapas na região das costas, entre os ossinhos da costela, para que o corpo estranho seja expelido.

- Se mesmo assim o engasgo persistir, é necessário partir para a segunda etapa da técnica, na qual vira-se o bebê de barriga para cima e, com os dois dedos maiores da mão, aperta-se o diafragma (próximo à altura do estômago) cinco vezes até que o objeto seja expelido ou a criança demonstre reação e possibilite a retirada do que provoca o engasgo, com cuidado para não machucar e ou empurrar novamente para dentro da garganta;

Adultos:

- Posicionar-se por trás da vítima, envolvendo-a com os braços;

- Fechar uma das mãos, com o punho bem fechado e o polegar por cima, e posicioná-la na região superior do abdômen, entre o umbigo e o a caixa torácica;

- Colocar a outra mão sobre o punho fechado, agarrando-o firmemente;

- Puxar com força ambas as mãos para dentro e para cima. Caso essa região seja de difícil acesso, como pode acontecer em obesos ou gestantes nas últimas semanas, uma opção é localizar as mãos sobre o tórax;

- Repetir a manobra por até 5 vezes seguidas, observando se o objeto foi expelido e se a vítima respira.

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