Tópicos | porte de arma de fogo

O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, e o candidato pelo PSOL derrotado no primeiro turno, Guilherme Boulos, trocaram farpas nas redes sociais neste fim de semana. A discussão iniciou por conta de uma declaração de Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, de que a entidade “ocupa terrenos improdutivos e a casa do Bolsonaro não parece muito produtiva”.

A frase foi dita em um comício em São Paulo na última quarta (10) e asseverada pelos que participavam do ato, insinuando uma invasão na casa do presidenciável.

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Nesse domingo (14), Bolsonaro reagiu. “Esta ameaça vai ser transmitida pela mídia ou só quando eu responder como defenderei minha família e propriedade, tentando me imputar novamente como o maior vilão do universo?”, indagou. Além disso, em transmissão ao vivo no Facebook, ele pontuou que é por isso que pretende facilitar a posse de arma para “cidadão de bem” e o excludente de licitude para quem matar nesta situação.

“Eu te pergunto o que você faria se o Boulos e 2 mil pessoas ameaçassem invadir sua residência? Qual seria tua reação? Você não sabe o que aquele bando faria com sua esposa, suas filhas? O que é a propriedade privada? Para mim é algo sagrado. No meu entendimento você tem que reagir. E a ameaça para democracia sou eu?”, indagou o candidato no vídeo.

Bolsonaro também lembrou que um dos seus projetos de governo é tipificar como terrorismo ações de MTST e do Movimento Sem Terra (MST). “Esse ataque do Boulos é uma covardia, logo eles que dizem que eu sou violento”, argumentou.

Logo depois que Bolsonaro rebateu a declaração, Boulos alertou, também nas redes sociais, sobre a “falta de interpretação de texto” do candidato do PSL e pontuou que a afirmativa era apenas uma ironia.

“Bolsonaro usou agora trecho de meu discurso na Avenida Paulista essa semana para dizer que ameacei ‘invadir’ sua casa. Quem viu o vídeo e junta lé com cré percebe que foi uma ironia. Como disse Leonardo Sakamoto, falta amor no mundo, mas também falta interpretação de texto”, salientou.

“No caso de Bolsonaro, o problema não é sequer interpretação de texto. É difusão de mentiras mesmo. Uma máquina de desinformação nas redes sociais. Algum dia saberemos quem a financia”, complementou Guilherme Boulos.

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