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Em Campina Grande, no agreste da Paraíba, uma empresa que pertence à mulher do secretário de Cultura da cidade, que é primo do prefeito Bruno Cunha Lima (PSD-PB), tem um contrato de R$ 121 mil com a prefeitura municipal.

Em 10 de agosto deste ano, foi publicado no Diário Oficial da Paraíba que um contrato sem licitação havia sido firmado entre a prefeitura local e a empresa Roberta Gomes Sociedade Individual de Advocacia. O serviço prestado é de treinamento "técnico jurídico especializado de consultoria" para servidores que atuam no setor de mobilidade urbana de Campina Grande.

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A empresa é de Roberta Gomes da Cunha Lima, mulher do secretário de Cultura da cidade, Ronaldo da Cunha Lima Filho. Ronaldo é primo do prefeito do município e a sua nomeação para a pasta foi publicada no Diário Oficial no dia 17 de outubro.

Dos R$ 121 mil previstos no contrato, a prefeitura paraibana já pagou R$ 24.200 para a empresa de Roberta, em uma liquidação feita na última quinta-feira, 26. A prestação de serviços pela mulher do secretário tem previsão de término para o último dia de 2023.

De acordo com o contrato firmado entre Roberta e a Prefeitura de Campina Grande, o serviço prestado é de treinamento de servidores do município para os preceitos da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), legislação brasileira que regula as atividades de tratamento de dados pessoais no mundo virtual.

No Instagram, Roberta publicou, em 27 de setembro, um vídeo realizando os treinamentos para os servidores do município. "Se tem uma coisa nessa vida que eu goste mais do que ministrar treinamentos e aulas na parte de proteção de dados, eu desconheço!", afirmou a advogada na legenda da postagem.

Família tradicional

A família Cunha Lima é tradicional na Paraíba e tem em Campina Grande uma importante base eleitoral. Bruno e Ronaldo são parentes dos ex-senadores Cássio e Ivandro Cunha Lima e do ex-governador da Paraíba Ronaldo Cunha Lima.

A reportagem procurou Roberta Gomes Cunha Lima, Ronaldo Cunha Lima Filho, Bruno Cunha Lima e a prefeitura de Campina Grande, mas não obteve retorno. O espaço está aberto para manifestações.

Cadeiras e mesas personalizadas, ombrelones, áreas para massagem, tendas, bar, banheiros químicos, espaço com playground para crianças e jogos de mesa e lounge com conforto acessibilidade, além de palco sunset e amplo estacionamento garantido. A estrutura oferecida parece um serviço de show privado ou de evento em casas de festa. Mas, na verdade, as instalações vão compor o novo cenário de um trecho da Praia de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife.

Neste próximo sábado (9) está prevista a inauguração do espaço ‘Pezão Prime’, na Avenida Beira Mar, novo empreendimento de Carlos Vasconcelos, empresário também responsável pela ‘Barraca do Pezão’, localizada em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. O luxuoso e diferenciado serviço segue o mesmo molde do espaço recifense, ocupando a areia da praia para proporcionar um local exclusivo às pessoas que vão consumir os produtos e o conceito.

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Em entrevista ao LeiaJá, Carlos Pezão, como é conhecido entre os frequentadores do estabelecimento em Boa Viagem, confirmou a inauguração do espaço VIP e explicou que foram dois anos de pesquisa para lançar o negócio com capacidade para até 400 pessoas. “A gente fez uma ampla pesquisa com as pessoas e o que elas acham de um atendimento com esse serviço. Eu sinto falta disso, se você vai à praia geralmente o atendimento é ruim, não tem diversidade de bebidas e nem de comidas”, comentou o empresário.

No empreendimento de Boa Viagem, ele já enfrentou alguns problemas de licença com a Prefeitura do Recife por causa do tamanho do espaço ocupado na areia da praia e teve de reduzir. Em Piedade, Carlos garante: “Eu trabalho dentro da política de Prefeitura. Tenho a licença e autorização ambiental para o empreendimento e não faço nada errado e sim dentro da legislação. Sou uma pessoa autorizada e nem procuro o que não é meu”, pontuou Pezão.

O ‘Pezão Prime’ também vai contar com uma casa de apoio na frente da orla com ‘bioduchas’ ecologicamente corretas e varanda com espaço para vinte mesas para o cliente que deseje mais conforto. A ideia de Carlos é proporcionar um “final de tarde feliz” aos seus frequentadores.

Qual o retorno para a cidade após essa privatização?

Para Raquel Meneses, urbanista e pesquisadora do Instituto de Pesquisa e Inovação para as Cidades (Inciti), o empreendimento é bem integrado com o perfil do Recife e Região Metropolitana, de utilizar o espaço público de forma privada sem transparência para a população. “A gente não sabe como as coisas são feitas, mesmo que seja oficial e regularizado, ninguém tem acesso a essas autorizações, só ele e a pessoa que está dando o aval”, disse a pesquisadora.

Para ela, a praia é o espaço de lazer mais inclusivo e que mais agrega as pessoas. “É um local realmente público e esse tipo de serviço interfere nisso. Qual é o retorno positivo para a cidade? A gente não vê.  Éuma forma de segregação e higienização porque separa as classes, já que nem todo mundo vai poder pagar por esse ambiente. Isso não é algo pontual, é para o ano inteiro e termina virando parte da cultura do lugar”, complementou a urbanista.

De acordo com Carlos, seu empreendimento faz sucesso porque é algo que o público recifense sente falta e precisa. Já Raquel entende o uso da areia como um ‘loteamento’. “É óbvio que é um serviço interessante porque ele melhora as condições de uso do espaço e acaba melhorando a segurança, mas usar um espaço coletivo com interesses privados precisa ser investigado”, afirmou.

A reportagem do LeiaJá procurou a Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes para esclarecer se existe a liberação de funcionamento do empreendimento na areia da praia. Questionamos se a burocracia de liberação foi resolvida, qual retorno para a sociedade e se existirá algum monitoramento do ambiente privado. Até a publicação desta reportagem a gestão municipal não retornou as ligações e nem respondeu aos questionamentos. 

E quem diria que toda a família de Salma Hayek é talentosa? A atriz, que também adora manter a boa forma, mostrou que tem uma prima atleta que está competindo nas Olimpíadas deste ano! Salma se importa bastante em expressar seus sentimentos e fazer o que é certo, então nada mais justo do que parabenizar a esportista por suas conquistas. Em seu perfil oficial no Instagram, ela publicou uma foto de sua prima com uma mensagem linda de incentivo.

Salma mostrou que, além de linda, é fã número um de Yvonne Treviño Hayek, que compete na categoria de salto em distância.

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Eu estou feliz por ver minha prima, Yvonne Treviño Hayek (que eu ainda não tive o prazer de conhecer), competindo para representar o México nas Olimpíadas na próxima semana. Viva os Hayeks! Estou muito orgulhosa!

O senador Aécio Neves (PSDB-MG), por meio de sua assessoria, confirmou nesta segunda que indicou Mônica Beatriz Silva Vieira para um cargo no governo de Minas atendendo a um pedido do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), então líder do DEM no Senado e "sobre o qual, à época, não recaía qualquer tipo de questionamento".

Aécio afirmou que "desconhecia o parentesco e a origem do pedido". Segundo sua assessoria, a solicitação foi encaminhada para avaliação da Secretaria de Governo de Minas Gerais, a quem cabia a análise.

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O governo mineiro informou que a prima de Carlinhos Cachoeira foi nomeada para um cargo DAD 4, com salário de R$ 2.310,00. Em um diálogo interceptado pela PF em 26 de maio do ano passado - um dia após a publicação da nomeação no Diário Oficial do Estado - Cachoeira pergunta a Mônica se "o salário lá é bom". Ela diz não saber. "Eu tentei pesquisar, mas não sai. Esses cargos comissionados não sai o salário." Cachoeira responde: "Aqui (em Goiás) no mínimo um cargo desses aí é uns 10 mil reais." A prima conta que trabalhava na diretoria de qualificação profissional da Prefeitura de Uberaba. "Até briguei, falei ‘se for menos eu tô perdida.’"

Ao jornal O Estado de S. Paulo, Mônica alegou que foi indicada para o cargo por sua "competência". "Pode ter certeza disso. Eu sou funcionária de carreira há 25 anos, coordenei vários órgãos e o meu convite veio por competência", disse a diretora.

Para o governo mineiro, o currículo da servidora preenchia a qualificação para o cargo e ela possui experiência profissional como coordenadora dos programas federais.

O secretário Danilo de Castro disse que a nomeação de Mônica foi em "comum acordo" com o deputado federal Marcos Montes (PSD-MG, ex-DEM). "Agora, pedido eu não lembro de quem. Todas as nomeações do interior partem daqui, da Secretaria de Governo. Esses cargos regionais têm indicações políticas. " Montes foi procurado nesta segunda no seu escritório em Uberaba, mas não respondeu às ligações. O advogado de Demóstenes, Antônio Carlos de Almeida Castro, também não respondeu. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Escutas telefônicas da Polícia Federal revelam que o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) intercedeu diretamente junto a seu colega, Aécio Neves (PSDB-MG), e arrumou emprego comissionado no governo de Minas para uma prima do contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Mônica Beatriz Silva Vieira, a prima de Carlinhos Cachoeira, assumiu em 25 de maio de 2011 o cargo de diretora regional da Secretaria de Estado de Assistência Social em Uberaba.

Do pedido de Cachoeira a Demóstenes até a nomeação de Mônica bastaram apenas 12 dias e 7 telefonemas. São citados nos grampos o deputado federal Marcos Montes (PSD), ex-prefeito de Uberaba, e Danilo de Castro, articulador político de Aécio em seu Estado e secretário de Governo da gestão Antonio Anastasia (PSDB), governador de Minas. Eles negam envolvimento na nomeação.

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A PF monitorou Cachoeira, a prima dele e Demóstenes na Operação Monte Carlo, que desmantelou esquema de contravenção, fez ruir a aura de paladino do senador goiano e expôs métodos supostamente ilícitos da Delta Construções para atingir a supremacia em sua área.

Professor e doutor

Aécio não caiu no grampo porque não é alvo da investigação. Mas ele é mencionado por Demóstenes e Cachoeira. Nos diálogos, o contraventor chama Demóstenes de ‘doutor’ e o senador lhe confere o título de ‘professor’.

O grampo que mostra a ascensão profissional da prima de Cachoeira está sob guarda do Supremo Tribunal Federal (STF), nos autos que tratam exclusivamente do conluio de Demóstenes com o contraventor.

Em 13 de maio de 2011, Aécio é citado. Cachoeira pede a Demóstenes para "não esquecer" o pedido. "É importantíssimo pra mim. Você consegue pôr ela lá com o Aécio... em Uberaba, pô, a mãe dela morreu. É irmã da minha mãe." Demóstenes: "Tranquilo. Deixa eu só ligar pro rapaz lá. Deixa eu ligar pra ele."

A PF avalia que o caso pode caracterizar tráfico de influência. "Seguem ligações telefônicas, divididas por investigado, em ordem cronológica, que contêm indícios de possível cometimento de infração penal por parte de seus interlocutores ou pessoas referidas."

Na síntese que faz da ligação de Cachoeira a Mônica, a 26 de maio - o contato durou 3 minutos e 47 segundos -, a PF assinala: "Falam sobre a nomeação de Mônica para a Sedese/MG, conseguida por Cachoeira junto ao senador Aécio Neves por intermédio do senador Demóstenes Torres e de Danilo de Castro." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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