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O dólar opera em alta no mercado doméstico nesta sexta-feira (31) em meio à valorização no exterior frente algumas divisas emergentes pares do real, como o peso mexicano, e uma melhora leve do humor nas bolsas, após os dados positivos de atividade divulgados na China e Europa, além dos balanços das gigantes de tecnologia americanas.

Interesses técnicos ajudam também a impulsionar a moeda americana frente o real. Os investidores defendem posições na rolagem de contratos cambiais futuros, em manhã de disputa em torno do referencial Ptax de fim de julho, que será divulgado depois das 13 horas, segundo operadores. A Ptax desta sexta-feira servirá, na segunda, para a liquidação do contrato futuro de dólar com vencimento em agosto e também para os ajustes dos contratos cambiais futuros e de resultados corporativos.

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A cinco dias da decisão do Copom, as apostas para a Selic estão praticamente consolidadas em novo corte residual de 0,25 ponto, para 2%, na próxima quarta-feira (5).

Às 9h24, o dólar à vista subia 0,30%, a R$ 5,1758. O dólar futuro para setembro avançava 0,48%, a R$ 5,1820.

O dólar à vista abriu em queda nesta quarta-feira, 30, depois da briga de ontem entre comprados e vendidos em contratos cambiais e a subida da Ptax a R$ 4,1172 (+2,68%). O recuo da moeda americana ante o real, entretanto, desacelerou levemente depois de os Estados Unidos divulgarem dado do mercado de trabalho em linha com a projeção.

Como pano de fundo, há uma avaliação positiva sobre a evolução dos dados fiscais do governo central, melhores que o esperado ontem, e na expectativa de que o resultado do setor público consolidado, a ser divulgado pelo BC hoje às 10h30, também venha melhor que o esperado. Os agentes econômicos seguem atentos ao desdobramento da votação dos vetos presidenciais e, portanto, à evolução do ajuste fiscal.

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Nesta quarta, o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, confirmou a informação de saída do ministro Aloizio Mercadante da Casa Civil. Segundo fontes ouvidas pelo Broadcast, Mercadante volta para o Ministério da Educação. A leitura é a de que sua substituição melhoraria a articulação política do governo, de acordo com profissionais da área de renda fixa.

Às 10h03, o dólar à vista caía 1,97% e era cotado a R$ 3,9830, na mínima. Na mínima desse início de sessão, chegou aos R$ 3,9850.

Mais cedo, o recuo ante o real perdeu um pouco de força quando os Estados Unidos anunciaram que o setor privado criou 200 mil vagas em setembro, segundo dados da ADP. Esse era o número esperado. Naquele instante, a valorização do dólar ante o euro e o iene acentuou-se. Ainda no exterior, a moeda, entretanto, continua perdendo valor perante divisas emergentes e ligadas a commodities.

A taxa Ptax desta segunda-feira fechou nesta segunda-feira, 13, a R$ 2,3491, com perda de 1,38% em relação ao fechamento de sexta-feira (R$ 2,3819). A taxa Ptax diária é resultado de quatro coletas feitas no decorrer da primeira metade dos negócios, que hoje foram de R$ 2,3585 (10h20), R$ 2,3516 (11h13), R$ 2,3461 (12h10) e R$ 2,3401 (13h09).

Após encerrar 2013 com uma valorização de 15% ante o real, o dólar à vista iniciou os negócios em 2014 mantendo a trajetória de alta. Por volta das 9h30, o dólar balcão era cotado a R$ 2,3950, na máxima do dia, com alta de 1,66%. No mercado futuro, o contrato do dólar para fevereiro subia 1,58%, a R$ 2,4140.

Segundo um operador, os negócios no mercado à vista acompanham o ritmo acelerado do mercado futuro, sendo que esse movimento ascendente reflete um ajuste dos agentes financeiros após a puxada, para baixo, na formação da taxa Ptax ao final do ano passado. Há, ainda, uma influência dos ganhos do dólar no exterior. "Derrubaram a Ptax, com vendas na sexta-feira e na segunda-feira passada (dias 27 e 30). Além disso, o dólar sobe bem lá fora", avaliou o profissional.

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Os mercados financeiros deram boas-vindas ao ano novo com notícias não tão animadoras da China, cujo índice oficial dos gerentes de compras (PMI) da manufatura caiu a 51,0 em dezembro, de 51,4 em novembro. O mesmo indicador medido pelo HSBC confirmou os dados preliminares e perdeu força a 50,5, de 50,8, no mesmo período e para o menor patamar em três meses.

Em reação ao dado, as moedas correlacionadas às commodities perdem terreno ante o dólar. Já o euro recuava a US$ 1,3690, ainda no mesmo horário, de US$ 1,3752 no último dia 31 em Nova York, digerindo o crescimento dentro do esperado e para o maior nível em 31 meses do PMI industrial da zona do euro no mês passado.

Nos Estados Unidos, a agenda econômica norte-americana reserva o anúncio, às 11h30, dos pedidos semanais de auxílio-desemprego feitos até o dia 28 de dezembro. Às 12h, é a vez da leitura final de dezembro do índice Markit sobre a atividade industrial nos EUA. Por fim, às 13h, saem os investimentos em construção e o índice ISM dos gerentes de compras (PMI) da indústria.

Internamente, as atenções se voltam para os números da balança comercial brasileira, que deve terminar dezembro com o segundo superávit consecutivo do ano, entre US$ 150 milhões e US$ 2,6 bilhões (mediana de US$ 1,4 bilhões), conforme levantamento do AE Projeções. Mas o dado fechado de 2013 tende a ficar no menor patamar dos últimos 13 anos, com um superávit comercial de US$ 907 milhões a US$ 2,5 bilhões (mediana de US$ 1,657 bilhão). Os números finais serão divulgados às 15 horas.

Antes, às 12h30, saem o índice de commodities Brasil e o fluxo cambial na semana passada - ambos calculado pelo Banco Central. Os dados fechados do fluxo cambial em dezembro e no acumulado de 2013 serão publicados na quarta-feira da próxima semana (dia 8), no mesmo horário.

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