Tópicos | recado do eleitor

Os principais problemas das cidades da Região Metropolitana do Recife (RMR) não sufocam o benquerer dos cidadãos pelos locais onde residem. É o que indica uma consulta feita pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) com moradores do Recife, Cabo de Santo Agostinho, de Paulista, Olinda e Jaboatão dos Guararapes. Dados do levantamento, encomendado pelo Portal LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio, apontam que 91,2% dos entrevistas gostam de viver nestas cidades, em contrapartida a 8,8% que não. 

Detalhando o dado por cada município, o gosto dos olindenses é o maior, 98,1%; seguido pelos que moram em Paulista, 95,8%; Cabo de Santo Agostinho, 91,7%; Jaboatão, 91% e a capital pernambucana, 88,5%.  Quando o questionamento foi sobre estar feliz onde mora, os entrevistados paulistenses se mostraram mais satisfeitos (93,1%), seguidos dos cabenses (87,5%), jaboatonenses (85,3%), recifenses (81,2%) e olindenses (76,9%).   

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O apego do eleitor pela sua cidade, entretanto, é posto em xeque quando eles se ausentam das decisões eleitorais e não exerce o direito melhorar, ou ao menos tentar, a administração do local que são afeiçoados. Em 2012, por exemplo, o percentual de abstenção nos cinco municípios ficou entre 13% e 17%, representando para a maior delas, o Recife, uma ausência de 191,5 mil eleitores. 

“Eles estão felizes, gostam de morar em sua cidade, querem algo mais, entretanto, não têm interesse hoje em votar. Este ano poderemos ter uma abstenção que gire em torno de 20%. Com os dados da pesquisa já para dizer que a abstenção se manterá nos cinco municípios”, salientou o cientista político e coordenador do IPMN, Adriano Oliveira. 

Desejo de mudança

O conforto da população também pode ser visto quando o IPMN afere o desejo de mudar de cidade nos próximos anos. A maioria, 72,3%, afirma que não pretende fazer isso, enquanto 19,3% pontuam que pensam em escolher outro local para morar.  

Entre os destinos de mudança, Olinda é o preferido por 12%; Recife 9,5%, Jaboatão 7,6%, Paulista 5,1% e Caruaru 2,5%. O êxodo para fora do estado seria opção para 5,7% dos entrevistados que escolheriam São Paulo, 2,5% João Pessoa e o Rio de Janeiro. 

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Dados da pesquisa – O IPMN foi a campo nos dias 25 e 26 de julho de 2016 e ouviu 816 pessoas dos municípios de Recife, Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Paulista e Cabo de Santo Agostinho. O nível de confiança do levantamento é 95% e a margem de erro estimada de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos.

 

 

 

 

A proximidade das eleições e a avalanche de promessas tradicionalmente expostas no período trazem à tona uma discussão mais ampla sobre os principais problemas das cidades. Além disso, também reascende a esperança da população por debates eleitorais palpáveis e com soluções aos principais percalços dos municípios. Um estudo feito pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) no Recife e em mais quatro cidades da Região Metropolitana (RMR) – Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Paulista e Cabo de Santo Agostinho – revelou que segurança, saúde e questões ligadas à infraestrutura formam um tripé dos assuntos mais criticados entre os eleitores. 

De acordo com a amostra, encomendada pelo Portal LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio, a segurança é assunto mais crítico (41,9%). Os constantes registros de assaltos e o desfalque nas políticas públicas direcionadas a área, como a redução dos resultados positivos do programa Pacto Pela Vida, podem ser considerados como fatores primordiais para as queixas da população.

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"Os números mostram claramente que o problema de segurança pública é uma agenda, inclusive dos prefeitos. Os candidatos tem que colocar isso em pauta na campanha eleitoral", salientou o cientista político e coordenador do IPMN, Adriano Oliveira, lembrando que constitucionalmente o quesito é atribuição dos estados.

O segundo tema com maior foco é a saúde (12,7%), seguida por saneamento básico (12,6%), buracos nas vias e calçadas (10,6%), limpeza (3,2%), falta de água (2,1%), iluminação (1,7%), alagamento (1,3%), trânsito (1,2%) e acessibilidade (1,3%) – todas relativas à infraestrutura.

Reflexo: eleitores querem verdade e boas promessas

Para solucionar as problemáticas, os eleitores esperam que durante a campanha deste ano os candidatos apresentem propostas contundentes e que expressem a verdade. Dados do IPMN dão conta de que 81,4% dos entrevistados já não acreditam nas promessas firmadas pelos políticos nos palanques. Isto acontece porque eles consideram os políticos corruptos (62%) e irresponsáveis (3,2%). 

Aferindo a confiança dos eleitores com os políticos, o recorte feito pelo IPMN aponta que 88,7% dos entrevistados não confiam na classe e apenas 9,6% sinalizam positivamente. Quando a pergunta é se os “políticos calçam 40”, fazendo referência se todos são corruptos, 62,9% dizem que sim e 30,3% não.

Apesar disso, 25,6% dos entrevistados querem ouvir a verdade dos postulantes e 25,3% esperam boas promessas.  Outros 5,6% desejam que os candidatos exponham que vão cumprir as promessas e 5,4% que vão cuidar da segurança. 

O cenário, sob a ótica de Oliveira, traz um alerta aos candidatos de readequação dos discursos e a exposição de boas promessas. “Os políticos devem adotar uma nova postura nesta eleição; 62% [dos entrevistados] dizem não acreditar em promessa de campanha. Isso significa que o político deve se reinventar. Não adianta prometer viaduto, mas se prometer tem que pelo menos dizer como é que vai conseguir fazer”, salientou o estudioso.

O argumento é justificado quando o IPMN indaga os entrevistados sobre o motivo que os levam a votar nos candidatos a prefeito. A maioria (27%) disse ser norteado pelas propostas; 9,9% pela honestidade; 8,1% o trabalho; 2,6% a história do candidato; 2,5% o partido; 2,3% o fato do voto ser obrigatório e 12,6% não souberam responder. 

Voto para vereador ainda é pautado por amizades

As chapas proporcionais este ano elegem os candidatos a vereador, o papel dos parlamentares é de fiscalizar o Executivo, além de criar e votar projetos de lei que de alguma forma assegure direitos aos cidadãos. Diante de questionamentos feitos pelo IPMN sobre o que os motivam a votar no postulante, o que chama a atenção é o índice de eleitores que norteiam o voto por laços afetivos, 4,5% dos entrevistados disseram ser motivados pela amizade.  

Apesar disso, a maioria (23,2%) pauta o direito democrático pelas boas propostas, 12,9% declaram que não têm motivação, 7,8% observam a honestidade do candidato, 6,7% o trabalho, 2,9% o partido, 1,1% a competência e 29,3% não souberam responder.  

Dados da pesquisa – O IPMN foi a campo nos dias 25 e 26 de julho de 2016 e ouviu 816 pessoas dos municípios de Recife, Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Paulista e Cabo de Santo Agostinho. O nível de confiança do levantamento é 95% e a margem de erro estimada de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos.

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