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A diversidade de público foi um dos pontos fortes na oficina de robótica, realizada na manhã deste sábado (21) no Rec’n’Play 2023, no Recife. Jovens, adultos e crianças participaram da atividade para entender o funcionamento do microcomputador Arduino, uma das ferramentas para a construção de robôs. 

Uma das participantes da oficina foi Sophia Santos, de 7 anos, que estava acompanhada do pai, o engenheiro eletricista Alberto, de 38, moradores do bairro de Jardim São Paulo, zona Oeste do Recife. Mesmo sendo uma grande novidade para ela, a pequena estava curiosa e atenta para aprender tudo sobre o tema. “Eu gosto de robô. Meu pai já me ensinou [algumas coisas sobre robótica], e eu já sabia fazer isso”, disse, apontando para o circuito montado, conectado ao computador. 

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Sophia montando o circuito com a ajuda de seu pai, Alberto. Foto: Rachel Andrade/LeiaJá 

Para seu pai é uma alegria participar do momento de aprendizado da filha, visando também o conhecimento adquirido na infância que pode contribuir no futuro. “Eu acho importante porque termina que ela conhece outros assuntos, que não envolvem só robótica, mas eletrônica, programação. É importante, eu acho, para ela poder se interessar desde pequenininha”, afirmou. 

Foto: Rachel Andrade/LeiaJá 

Apesar do interesse pela temática, Sophia já adiantou que quer seguir a carreira como dona de um pet show, mas já enxerga possibilidades com a tecnologia. “Eu posso fazer um robô no formato de um cachorro”, idealizou. 

Oportunidades para aprofundar conhecimentos 

Visitando o evento pela primeira vez, o cientista da computação, Nivaldo Sebastião de Melo, de 34 anos, conta que se interessou pela oficina para se aprofundar na robótica, e que já conhecia o Arduino. “Meu objetivo é ter mais conhecimento e se for uma oportunidade, desenvolver um projeto próprio para empresa. Como eu estudei muito Internet das Coisas, isso se relaciona muito”, disse o jovem. 

Nivaldo aprendeu a montar um circuito direto. Foto: Rachel Andrade/LeiaJá 

Nivaldo sofreu uma paralisia no nascimento, e é considerado uma pessoa com deficiência devido a algumas limitações motoras. Acompanhado de sua mãe, Maria Sônia, eles vieram do bairro de Jardim Muribeca, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, e ficaram sabendo da oficina pela internet. “Tá muito bom aqui. É a primeira vez que eu estou participando com ele, ele pegou na internet, se inscreveu”, compartilhou Sônia. 

Foto: Rachel Andrade/LeiaJá 

Um dos desafios enfrentados por Nivaldo atualmente é a entrada no mercado de trabalho. Mesmo com a formação de ensino superior e pós-graduação em ciência da computação, ele ainda encontra dificuldades para ser chamado em processos de seleção. “Nenhuma empresa nunca chama ele, mesmo ele participando da seleção como pessoa com deficiência. O problema, muitas vezes, é que as empresas não sabem entrevistar e avaliar pessoas como ele, e colocam o mesmo recrutador para entrevista uma pessoa com deficiência e uma pessoa sem”, compartilhou dona Sônia. 

Foto: Rachel Andrade/LeiaJá 

No entanto, Nivaldo não se deixa abalar pelas barreiras impostas pelo mercado, e encontra outras maneiras de se sustentar financeiramente. Atualmente ele presta serviços como revisor de Trabalho de Conclusão de Curso para concluintes da graduação, enquanto procura oportunidades em sua área de domínio. 

 

O festival REC’n’Play retorna ao bairro do Recife para a sua quarta edição, em novembro. O foco do evento é misturar tecnologia, inovação e música, além de também oferecer atividades interativas com foco na educação e desenvolvimento pessoal, de forma gratuita ao público. Pessoas de todas as idades podem participar. As inscrições abrem em outubro e poderão ser feitas através do site recnplay.pe

Sertão quatro dias de festival, de 16 a 19 de novembro, realizados e promovidos pelo Porto Digital e Ampla Comunicação. Os eixos temáticos serão Tech, Cidades Inteligentes, Economia Criativa e Empreendedorismo. As atividades contemplam especialistas e público geral, levando palestras, debates, shows, rodadas de negócios, instalações artísticas e experiências tecnológicas. 

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Com expectativa de público superando as 60 mil pessoas, o REC’n’Play 2022 terá mais de 500 atividades distribuídas em 23 prédios, além de ruas e praças do Bairro do Recife e Santo Antônio. O REC’n’Play também marca a chegada de imóveis reabilitados e em processo de recuperação, como o Edifício Chanteclair. Entre os destaques da programação cultural haverá uma homenagem aos 30 anos do movimento Manguebeat, shows para o público infantil e troças carnavalescas. 

Para participar das atividades do REC’n’Play, os interessados deverão se inscrever no site do festival a partir de outubro. Essa inscrição será unificada, valendo para toda a programação do evento, mas a participação em cada atividade dependerá da lotação das salas, segundo o critério de ordem de chegada. Já os shows e atividades abertas nas ruas não precisam de inscrição prévia. 

Atividades culturais e experiências 

O Som na Rural vai ocupar as ruas do bairro e abrirá as portas para as atividades culturais, que contarão com dois palcos. Em frente à Torre Malakoff, na Rua do Observatório, o palco principal Recife Cidade da Música receberá os maiores shows, como Otto e Mundo Bita, e funcionará com atividades na quinta e sexta-feira das 19h até meia-noite, e no sábado à tarde. 

Já o Bulevar Rio Branco vai receber dois espaços com propostas bem diferentes: o palco SESC irá abrigar atividades de quarta a sábado, das 14h às 23h. De outro lado da Rio Branco, a Arena Drone será uma área exclusiva para o público pilotar drones, fazer manobras e interagir com a tecnologia. 

Manguebeat 

O movimento Manguebeat, que completa 30 anos de criação em 2022, tem um espaço especial na quarta edição do REC’n’Play. Além das apresentações musicais, o festival ainda contará com uma trilha de conteúdo escolhida pelo produtor cultural Paulo André e pela cantora e filha de Chico Science, Louise França. 

Programação kids 

As crianças terão o sábado para aproveitar o REC’n’Play. Além do show do Mundo Bita no palco Recife Cidade da Música, em frente à Torre Malakoff, oficinas de pintura, robótica e muito mais complementam a programação kids. Para fechar o dia, o Laboratório de Formação da Primeira Infância levanta a bandeira educativa para os pequenos e as pequenas. 

O festival REC'n'Play, que começa nesta quinta-feira (7), no bairro do Recife, terá espaço destinado à sustentabilidade. Um dos destaques será o lançamento do desafio EcoRecife 4.0, que irá premiar as equipes que desenvolverem os melhores games ambientais. O concurso de jogos digitais vai escolher os melhores games educativos baseados na Turma Mangue e Tal. Este ano, o tema será “Orla Marítima” e os três melhores colocados do certame receberão, ao todo, R$ 40 mil, sendo R$ 20 mil para o primeiro lugar; R$ 12 mil para o segundo e R$ 8 mil para o terceiro.

O desafio EcoRecife será lançado no sábado (10), às 16h40, no auditório A Ponte, no bairro do Recife. Os participantes terão três meses, a partir do lançamento do edital, para elaborar os trabalhos usando os personagens da Turma Mangue e Tal, do Programa de Educação Ambiental da Prefeitura do Recife. A história ou a aventura do jogo deverá ser ambientada no Recife, sugerindo-se o enfoque na Orla de Boa Viagem e do Pina, na Zona Sul da cidade.

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Os interessados devem fazer a inscrição pelo site da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Recife (SDSMA). Os jogos vencedores serão usados nos econúcleos e nas ações do programa “Educar para uma Cidade Sustentável”, realizado nas escolas da rede municipal de ensino.

Oficinas e troca ambiental - A SDSMA vai montar um ponto de troca de resíduos eletroeletrônicos por sementes de hortaliças, de 7 a 10 de novembro, no hall do empresarial ITBC, localizado na Rua da Guia, 142, no Bairro do Recife. No local de entrega dos itens eletrônicos, as pessoas receberão um grupo de sementes por cada doação e ainda serão orientadas como iniciar o processo de cultivo das hortaliças de forma fácil e orgânica, mesmo que apenas disponham de pequenos espaços para isso.

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