Tópicos | Redução de frota

O Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco divulgou, nesta segunda-feira (28), uma nota de repúdio contra a decisão anunciada pelo governo estadual em retirar 200 ônibus de circulação na Região Metropolitana do Recife (RMR). A justificativa dada foi para otimizar os gastos públicos, e o governo ainda explicou que a redução da frota não afetaria a população que utiliza o transporte público coletivo. 

A nota do sindicato questiona a decisão, fazendo contraponto com a realidade da maioria dos passageiros. “Ônibus lotado, tempo de espera absurdo, trânsito caótico, horas de trabalho extasiantes, violência, dupla função”, aponta o sindicato. 

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Nota do Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco 

Parlamentares questionam decisão na Alepe

O assunto também foi pauta na reunião plenária desta segunda (28) na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Deputados questionaram a decisão e pediram na tribuna que o governo estadual esclareça os motivos, além de explicar a exoneração do então secretário de Mobilidade e Infraestrutura de Pernambuco, Evandro Avelar.   

Um dos pedidos foi do Coronel Alberto Feitosa (PL), que se dirigiu ao líder do governo na Alepe, deputado Izaías Régis (PSDB), para articular a ida de gestores à Casa. “É preciso convidar o presidente do Consórcio de Transporte Metropolitano, o novo secretário de mobilidade, Diogo Bezerra, e o antigo chefe da pasta para explicarem como ficará a situação dos pernambucanos, que não podem ser ainda mais penalizados”, pontuou o parlamentar. 

O deputado João Paulo (PT) lamentou a demissão de Evandro Avelar da Secretaria de Mobilidade e Infraestrutura. Ele comparou a situação com a troca do secretário de Cultura, www.leiaja.com/cultura/2023/07/20/governo-de-pernambuco-comunica-saida-d...">https://www.leiaja.com/cultura/2023/07/20/governo-de-pernambuco-comunica...">Silvério Pessoa, às vésperas da realização do Festival de Inverno de Garanhuns (FIG). Na avaliação do petista, a saída do gestor tem potencial para agravar ainda mais a precariedade do sistema de transporte do Grande Recife. 

 

 A cidade de São Paulo poderá enfrentar uma greve de ônibus na próxima quarta-feira (31). O Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (Sindmotoristas) convocou uma assembleia para esta segunda-feira (29) para decidir sobre a paralisação. Os trabalhadores protestam contra a decisão da prefeitura de reduzir em 144 veículos a frota que atende à capital paulista, o que deve ocorrer já a partir de 1º de agosto. 

Segundo o sindicato, a redução do número de ônibus deve gerar desemprego principalmente entre os cobradores, pois as empresas de transporte vêm adquirindo novos veículos sem lugar para cobrador, função que deverá ser acumulada pelo condutor.

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Os cortes devem atingir principalmente as regiões norte, oeste e sul da cidade. O Consórcio Bandeirante, que atende à região de Perus, zona noroeste de São Paulo, diminuirá sua frota de 830 para 808 veículos. Na zona norte, a Viação Sambaíba deixará de operar com seus 1.183, reduzindo para 1.165. Das empresas que atendem a zona oeste, três terão corte: a Viação Gatusa (de 226 para 213 ônibus), a KBPX (de 240 para 224 ônibus) e a Viação Campo Belo (de 497 para 469). Já na zona sul, a empresa MobiBrasil operava com 540 ônibus na região do Grajaú e terá seus serviços reduzidos para 531. Também na região sul da cidade, as viações Gato Preto e Transpass, que atendem a região do Capão Redondo em conjunto com 785 veículos em circulação, passarão a trabalhar com 747 ônibus. Sobre empresas que atuam em outras regiões da zona sul ou nas zonas leste e sudeste, não foi possível saber se houve redução de veículos, porque nem todas as Ordens de Serviço Operacional (OSO) da São Paulo Transporte (SPTrans) estavam disponíveis para consulta.

São Paulo vem reduzindo sua frota de ônibus desde 2013. Naquele ano, eram 15.025 veículos que prestavam serviço de transporte público na cidade. Em cinco anos, este número caiu para 14.458. A nova licitação, apresentada em 2017, além de prever a redução do número total de ônibus no sistema de 13.603 para 12.667, também pretende extinguir 149 linhas e reduzir a extensão de outras 134.

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