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O governador do Estado do Pará, Helder Barbalho, sancionou a lei estadual nº 9.268/21, que institui o Programa de Atenção a Homens Autores de Violência Doméstica e Familiar Contra Mulheres, de autoria da deputada estadual Professora Nilse Pinheiro (Republicanos). O objetivo da lei é prevenir e evitar a reincidência da violência contra a mulher no Estado. Somente no último ano, o Pará teve um aumento de 40% nos casos de feminicídio.

A nova lei prevê que o governo do Estado possa firmar parcerias com órgãos como Ministério Público, Tribunal de Justiça, Defensoria Pública, além de entidades nãogovernamentais, a fim de estabelecer o novo serviço de reeducação e  responsabilização dos homens que cometeram violência doméstica. Conforme previsto no artigo 152 da lei federal nº 11.340 - a Lei Maria da Penha -, o juiz pode determinar que os homens agressores frequentem obrigatoriamente programas de recuperação e reeducação.

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 “A ideia principal desse trabalho que aprovamos é um método que já vem sendo praticado em alguns Estados por parte de juízes, promotorias e órgãos que fazem parte da rede de enfrentamento à violência contra a mulher. É uma prática que se mostra eficaz em reduzir a violência doméstica e está presente nas diretrizes da Maria da Penha”, explica a deputada estadual Professora Nilse, que também é a Procuradora Especial da Mulher da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa).

O programa será estruturado por meio de atividades grupais, como palestras e debates em torno do estudo da teoria de gênero e da perpetuação do machismo na sociedade. Os agressores serão acompanhados e avaliados regularmente pelas equipes multidisciplinares. Leis federais como a Maria da Penha, do Feminicídio, a do Descumprimento das Medidas Protetivas de Urgência e a que trata do Crime de Importunação Sexual serão temas norteadores nos grupos reflexivos.

“A adesão dos participantes será avaliada quantitativa e qualitativamente. Além da frequência, será considerada a ocorrência da mudança de atitude em relação à violência doméstica cometida. O processo de diálogo e escuta favorece o conhecimento e a mudança do agressor. Nesse contexto, buscamos a desconstrução dessa atual realidade do Pará”, observa a deputada Professora Nilse Pinheiro.

Segundo a Lei Maria da Penha, é considerado agressor de violência doméstica e familiar todo homem que tenha causado, por ação ou omissão, morte, lesão ou sofrimento físico, sexual, psicológico, moral e patrimonial contra a mulher. Recentemente, a deputada Professora Nilse também protocolou um projeto de lei que prevê a fixação de cartazes em prédios públicos informando sobre o crime de “stalking” contra as mulheres – forma de perseguição que pode ser tanto no meio digital quanto no físico.

“É também pela informação, pela exposição da lei, que temos que descortinar o que é a prática da violência contra a mulher. Com o conhecimento, a mulher fica sabendo o que é o crime cometido contra ela, há um aumento no nível de denúncias, e assim podemos trabalhar para que o caso praticado não se repita por falta de uma legislação como essa”, finaliza a deputada estadual.

Por Yves Lisboa, da Alepa. 

 

Dentro de onde deveria existir ordem, o horror. Cenas de barbárie: decapitações, "churrasco" com carne humana e inúmeros mortos que, após um tempo, se tornam estatística. Desde o início do ano, o sistema prisional brasileiro volta a dar sinais claros de sua insustentabilidade. Rebeliões em presídios como o de Alcaçuz, em Natal-RN, e o Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus-AM, evidenciaram, mais uma vez, as enormes deficiências do processo penintenciário do país. Sem reeducação e abarrotados em celas, os detentos se animalizam a cada dia. Há saída? Para a cientista política Ana Maria de Barros, professora do mestrado de Direitos Humanos da Universidade Federal de Pernambuco, é possível pensar, sim, na ressocialização. Entretanto, antes de tentar mudar o preso, é emergencial reestruturar o próprio sistema e as próprias cadeias.  

LeiaJá: Ao longo de seus estudos, voltados ao processo de ressocialização dos presidiários, você trabalha sob a égide de uma "educação penitenciária" como possibilidade de mudança de perspectivas. Ainda é possível pensar este tipo de ressocialização no Brasil ou isso é, como muitos afirmam, utópico?

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Ana Maria de Barros: Em primeiro lugar, precisamos compreender que o sistema penitenciário brasileiro não é voltado para a ressocialização. Nós passamos da ditadura para a democracia; dentro do processo de redemocratização, o sistema prisional não foi repensado. Nossas prisões são herdeiras de toda a cultura da ditadura, de torturas, grandes violações de direitos humanos. É possível, sim, ressocializar, mas é necessário o Estado assumir o sistema. As prisões não são comandadas pelo Estado, mas pelos criminosos. O Brasil tem masmorras medievais onde seres humanos são jogados para viver em condições mínimas de cidadania, higiene. É possível pensar no processo de ressocialização desde que o país apresente uma proposta concreta de política pública que supere a vigente hoje. 

LJ: O preso de hoje é mais difícil de "contornar" e tentar ressocializar do que aquele de 20 anos atrás?

ANB: Hoje a população carcerária é muito jovem e muito grande. Quanto mais jovem é o preso, mais complicado é a internacionalização de normas. O problema carcerário caminha lado a lado com o problema de saúde pública. É urgente refletir sobre o crack. Hoje o moleque, ainda muito novo, tem crise de abstinência lá dentro (das prisões). Há 20 anos, a média era de presos adultos. Esse "novo preso", em geral, já é oriundo de outras unidades, das Funases, já vêm com essas marcas, é mais difícil de ressocializar. Eles têm acesso às armas muito mais facilmente. Então é necessário pensar na educação desse jovem, mas pensar na periferia, na escola pública, na educação integral. Projetar o futuro destes jovens. Com o vazio do Estado, eles são recrutados pelo crime muito cedo. O criminoso chega antes do Estado na vida desses jovens. 

LJ: Uma discussão que é preciso levar em consideração é a arquitetura prisional. O modo como estas unidades são construídas contribuem para essa cultura do crime e reincidência de episódios violentos?

ANB: A arquitetura prisional brasileira é herdeira do modelo bélico português e espanhol, quando velhos mosteiros e conventos eram transformados em prisões. É falha. Nos Estados Unidos, há um outro modelo de penitenciárias, quase feitas em círculo, onde do centro é possível controlar os outros espaços. Mesmo assim, é insuficiente, pois há situações de violência. Não basta vigilância física, é necessário haver vigilância eletrônica. Também é fundamental separar os criminosos por delito. Quem praticou roubo, latrocínio, estelionato, estupro. E ainda tratamos presídio e penitenciária como a mesma coisa; não é bem assim. O presídio é para quem ainda não está cumprindo pena. Penitenciária é para quem já foi julgado. Aqui no Brasil é tudo junto. Então tem que haver intervenção, uma revisão arquitetônica, sim.

LJ: Diante de tanta barbárie, parcela da população brasileira se vê indignada e brada: "bandido bom é bandido morto!". Muitos criticam os direitos humanos. Na sua concepção, isso é fruto de uma visão distorcida do que, de fato, são esses direitos humanos?

ANB: Direitos humanos são todos os direitos inerentes à pessoa humana. À vida, à liberdade, à comunicação; é o direito de ir e vir, de liberdade ideológica, de agora eu estar tendo essa conversa com você. Desde a época da escravização negra, das lutas de classe, violência contra as mulheres, a estrutura penal brasileira serviu para desrespeitar a vida. No período ditatorial, o sistema penitenciário funcionava para matar e fazer desaparecer os presos políticos. Os direitos humanos denunciavam as torturas nesta época. Então essa ideologia que denigre os direitos humanos vem daí. Em 98, a Anistia Internacional publicou um relatório intitulado "Eles nos tratam como animais", sobre o sistema prisional brasileiro. Estamos no século XXI e ainda temos este estado de barbárie. Direitos humanos não é direito de bandido. Agora é repensar o que já deveria ter sido feito há 30 anos. 

LJ: Nas últimas rebeliões, tanto nas redes sociais como na mídia tradicional, vimos uma enxurrada de imagens sobre os massacres. A cobertura da imprensa inflama ou impulsiona estes motins?

ANB: Vivemos numa sociedade do espetáculo. Não só a mídia; os motins acontecem online, transmitidos para os smartphones. Acompanhamos corações sendo arrancados, pessoas violentadas, assassinadas. A crítica que nós fazemos à mídia é ela não dar espaço às boas experiências. Casos que precisam ser apresentados para a população entender. O cidadão comum está muito assustado. Vivemos uma crise na segurança pública em que todos nós temos medo de sair, não sabemos se vamos voltar. É um tema que envolve a sociedade como um todo.

LJ: Podemos vislumbrar um cenário melhor nos próximos anos?

ANB: Como está, não acredito que vá ter grandes mudanças. Daqui a dez, 20 anos, talvez. Nossa classe política é muito corrupta, não querem perder voto e isso interferere na realidade prisional. Acredito que a sociedade civil organizada tem muito mais poder para exigir e conquistar as mudanças necessárias do que as forças políticas tradicionais que aí estão.

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No início da manhã desta segunda-feira (30), a escola municipal Ministro Marcos Freire, localizada em Olinda, Região Metropolitana do Recife, foi palco para o lançamento do projeto piloto “Escola em ação. Juventude livre, Olinda forte”. A ação tem por objetivo integrar a juventude local ao ambiente escolar, na intenção de combater o consumo de drogas e a disseminação da violência.

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Segundo a assessora especial do governo de Olinda, Ana Paula Farias, a escolha da escola Ministro Marcos Freire se deu porque antes o local funcionava como ponto de tráfico de drogas. “O colégio estava abandonado e, em vez de ter aulas, o ponto funcionava para a comercialização e venda de drogas. Com o projeto pretendemos causar um sentimento de resgate na comunidade para com a escola e vice-versa. Do jeito que estava, foi necessário nos reunirmos para dar um basta e, para isso, nada melhor que através da educação”, disse Ana Paula.

Na abertura de lançamento, a comunidade que mora acerca da região, o Alto do Sol Nascente, foi recebida ao som de orquestra e coral. Entre as músicas tocadas e cantadas, destaque para o Hino de Olinda. A programação do evento irá até as 17h e contará ainda com oficinas, filmes, teatro, apresentação de danças culturais, além do oferecimento de serviços a comunidade, tais como aferição de pressão arterial, mamografia e teste de glicemia.

“O projeto, que terá ação continuada, ocorrerá todos os fins de semana e contará com palestras e outras atividades que reforçarão o nosso objetivo principal que é, além de resgatar o colégio, combater as drogas e a violência. Também pretendemos levar a ação para as demais escolas do município”, afirmou a assessora.

Conforme o secretário de esportes, lazer e juventude da prefeitura de Olinda, Tales Vital, a presença dos familiares é de fundamental importância para que o projeto ganhe força. “Para reforçamos o nosso papel junto à comunidade, iremos mostrar, por meio de palestras, oficinas e outras atividades interativas, a importância da prática de esportes, até como um meio para evitar que os jovens se envolvam com as drogas, em especial, o crack. Mas, se a ação se limitar apenas ao colégio, o projeto não terá sucesso. Para isso, a presença dos pais é imprescindível para uma formação continuada”, explicou Vital.

Para o projeto piloto ter início foram necessárias reuniões anteriores para que a comunidade obtivesse uma maior conscientização dos benefícios que a ação poderia causar. Segundo a mãe de Rayanne Vanessa, 8 anos, Juliana Dias, 27 anos, “foram realizados encontros semanais entre a direção do colégio  e a comunidade para que entendêssemos qual o significado do projeto piloto, quais secretarias iriam participar e como elas iriam contribuir com a ação. Também reforçaram bastante a nossa participação junto às crianças e adolescentes para que o projeto fosse mais levado a sério. É uma forma de também nos educarmos, sem dúvidas”, salientou a mãe.

Sobre o impacto do projeto, Juliana Dias mostrou uma ponta de esperança: “Infelizmente, combater as drogas de maneira definitiva é algo complexo e que requer muita dedicação. Mas, esse projeto tem tudo para dar certo e, com certeza, vai amenizar e muito a situação que a comunidade se encontra nos dias de hoje. Já estamos num bom começo”, finalizou.

Chocolate, refrigerante, doces, salgadinhos e muitas guloseimas são preferência na alimentação de muita gente. Trocar comida saudável por coisas gostosas já é rotina na vida dos pernambucanos. Com várias opções de comidas rápidas, as famílias acabam se acostumando a se alimentar de comidas prontas, por ser de fácil cozimento e práticas, dando adeus às refeições que realmente fazem bem à saúde.

Uma má alimentação pode levar as pessoas não só à obesidade, mas também a outras doenças graves como diabetes, diminuição da quantidade de ferro e vitaminas, baixo crescimento e redução do rendimento físico e intelectual. Mesmo com todos esses riscos, o brasileiro ainda não desenvolveu um padrão alimentar saudável.

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Emagrecer em família é melhor por que conscientiza todos da casa a comerem bem. Para a estudante de biologia, Camila Pontes, 21, a alimentação ajudou a sair do baixo peso, além da contribuição do exercício físico. Isso por que tanto ela, como o irmão, decidiram ajudar um ao outro na difícil tarefa de comer bem "Na minha casa, todos procuraram melhorar o que comem por que estávamos com alguns problemas. Meu irmão estava com sobrepeso e eu, com peso abaixo do esperado, mas soubemos conciliar e eu ganhei peso e ele perdeu, além de entrarmos juntos na academia, o que auxiliou bastante" afirmou. 

Esse é um exemplo de melhorar a qualidade de vida em casa. Comer guloseimas pode, mas de forma saudável através de uma boa alimentação, sem exagerar. “Alimentando-se melhor, a família fica com mais saúde, bem-estar e qualidade de vida, através de mudanças de hábitos que proporcionam práticas saudáveis e alimentações balanceadas”, conta a nutricionista Renata Motta. 

O Programa Nutricional Familiar é uma opção para quem quer acompanhamento médico. Tem duração de dois meses e oferece às pessoas uma forma saudável através de uma boa alimentação. Depois, cada um tem direito a um mês de avaliação e pesagem semanal no consultório. A nutricionista esclarece ainda a importância da participação da família no processo de reeducação alimentar para que haja compromisso e sucesso com o tratamento. “A adesão da família neste processo é essencial para garantir a continuidade e sucesso do tratamento de cada integrante da família. Uma vez que são elaboradas refeições balanceadas, existe um compromisso maior em seguir o cardápio e um incentivo em continuar com o mesmo objetivo, de viver com saúde”, conclui.

Alerta -  Em tempos de elevação das taxas de sobrepeso e de obesidade no mundo inteiro, a adoção de hábitos alimentares saudáveis é essencial. O mais recente dado levantamento realizado pelo Ministério da Saúde aponta que a proporção de pessoas acima do peso no Brasil avançou de 42,7%, em 2006, para 48,5%, em 2011. No mesmo período, o percentual de obesos subiu de 11,4% para 15,8%.

Serviço
Clínica Prodieta
Casa Forte – Av.17 de Agosto, 1657, Casa Forte, Recife - PE - (81) 3269.1409.
Rosarinho – Rua Regueira Costa, 81, Rosarinho, CEP 52041-050, Recife-PE - (81) 3241.5961.
Mais informações pelo site: www.prodieta.com.br

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