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Após polêmica envolvendo uma agência do banco Itaú que teria cometido racismo contra a empresária Lorena Vieira, na última quinta-feira (30), o delegado Fabrício Oliveira, da 22ª DP (Penha), afirmou que nas perícias realizadas pela Polícia Civil, foi constatado que Lorena estava portando documento falso. A empresária, no entanto, negou a versão da Polícia e disse que a documentação foi feita no Detran.

Segundo informações do jornal O Globo, o delegado justificou que a motivação da atitude do banco em acionar a polícia foi motivada após suspeita sobre a célula da identidade da empresária. De acordo com o delegado, a princípio, os dados de nome, filiação, data de nascimento e número da identidade conferiam com as informações do sistema. 

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"Entretanto, após resultado de laudos periciais do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) e Instituto de Identificação Félix Pacheco (IIFP) foi possível constatar que o documento era falso e que a digital  encontrada na cédula não pertence a jovem", informou o delegado ao jornal. 

Ainda segundo o chefe de polícia, foram checadas as informações junto ao Detran que afirmou que o documento não foi emitido pelo órgão e a fotografia que consta na identidade não é a mesma que consta nos bancos oficiais.

Contudo, o delegado Oliveira salientou que a apuração sobre a denúncia de racismo feita pela empresária está em andamento e que a delegacia agora aguarda o resultado de outras perícias, bem como as testemunhas que deverão ser ouvidas na próxima semana. 

Nesta sexta-feira (31), Lorena se manifestou com indignação via Twitter sobre a análise da última perícia. Ela salientou que a identidade não é falsa e que não faz sentido se autosabotar. 

"Como vou me auto sabotar? Me roubar? Me fraudar? Eu tenho provas de onde vem o pouco do dinheiro que tenho na conta, pq eles não mostram o quanto eu tenho????? Quase nada!!!!!", escreveu.

O relato de Lorena Vieira de que foi vítima de racismo viralizou nas redes sociais causando revolta. A jovem que é esposa do DJ Rennan da Penha, foi até o banco para realizar um saque, quando foi retirada da agência pela polícia sem explicações. Na delegacia, Lorena contou que foi destratada por ser mulher do DJ de funk. 

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Depois que a empresária, identificada como Lorena Vieira, denunciar um episódio de racismo sofrido em uma agência do Banco Itaú, no Rio de Janeiro. O ator José de Abreu publicou em seu perfil no Twitter que está encerrando a sua conta no banco por conta do episódio que caracteriza como 'inaceitável'.

“Acabo de enviar para a gerente de minha conta no Itaú Personnalité: ‘Em função da postura racista do Banco, quero encerrar minha conta. Estou baixando todas as minhas aplicações e não sei como faço com a previdência que não posso mexer. Pode me ajudar?”, publicou o ator. 

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Até o início da noite desta sexta-feira (31), a #ItauRacista ficou entre os assuntos mais comentados do Twitter, com o engajamento de vários artistas e anônimos que pedem para “cancelar” o banco por conta do caso denunciado pela empresária. 

A deputada federal Talíria Petrone (PSOL) postou, também em sua conta do Twitter, que "Lorena foi mais um vítima do racismo institucional, dessa vez pelo Itaú. Aqui na Câmara, a bancada negra progressista apresentou o projeto de lei 5885/19, para coibir essas e outras práticas. Esperamos que seja aprovado e inspire o fim do racismo em qualquer serviço".

O Itaú se posicionou sobre o episódio

O Itaú Unibanco lamenta profundamente os transtornos causados a Lorenna Vieira. O banco esclarece que a verificação de documentos é obrigatória nos casos em que o cliente não tenha em mãos o cartão do banco ou não faça uso de biometria para realizar saques. O objetivo do procedimento é garantir a segurança dos próprios clientes, e não tem qualquer relação com questões de raça ou gênero. 

Infelizmente, pessoas tentam aplicar diariamente golpes usando documentos falsos em agências do banco. Em razão desse procedimento, o Itaú Unibanco conseguiu evitar inúmeras fraudes dessa natureza contra seus clientes. O banco reitera o pedido de desculpas a Lorenna pelo incômodo que a abordagem causou a ela e segue à disposição para mais esclarecimentos

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