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Responsável pela produção de vídeos para a campanha do candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL), a produtora Mosqueteiros Filmes Ltda não tem sede física. A informação foi publicada pela Revista Época, nesta sexta-feira (28). O endereço registrado no CNPJ como sendo da empresa aponta localização em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, mas no local, de acordo com a reportagem, existe apenas uma casa vazia com uma placa que anuncia que ela está à venda e está em desuso há mais de dois anos, segundo os vizinhos. 

Segundo a prestação de contas da campanha de Bolsonaro disponível no site do Tribunal Superior Eleitoral, a produtora já recebeu R$ 240 mil do candidato do PSL. O valor corresponde a cerca de 20% do total já gasto pelo presidenciável. 

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De acordo com a matéria, o serviço de produção de vídeos para televisão e as redes sociais de Bolsonaro é realizado por funcionários de outra empresa, cujo sócio é parente dos donos da Mosqueteiros Filmes Ltda. 

À reportagem, a advogada responsável pela prestação de contas da campanha, Karina Kufa, disse que a ausência de sede física se trata de um problema trabalhista da produtora. 

O fornecimento de informações para a Justiça Eleitoral de empresas que não são as que de fato estão prestando o serviço para a campanha pode configurar “empresa laranja” e ser considerado crime de falsidade ideológica eleitoral se constatada a intenção de fraude.

Fotos das malas de dinheiro que seriam entregues ao ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB), ex-assessor do presidente Michel Temer (PMDB), e ao empresário Frederico Pacheco, primo do senador Aécio Neves (PSDB), foram divulgadas nesta sexta-feira (4), pela Revista Época. De acordo com o periódico, nelas foram empacotados R$ 2,4 milhões. Algumas imagens já eram de conhecimento público.

Segundo a reportagem, foram três entregas de R$ 500 mil, que seriam destinadas a Aécio, uma de R$ 400 mil supostamente enviada para o doleiro Lúcio Funaro e outra de R$ 500 mil entregue a Rocha Loures. 

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A reportagem diz que quem tratou de todos os pagamentos foi o executivo Ricardo Saud. Em um dos repasses, Frederico Pacheco chegou a indagar Saud sobre a possibilidade do dono da empresa, Joesley Batista, firmar algum acordo de delação premiada. "Tem alguma chance de Joesley fazer delação? Se fizer, acaba o Brasil. Tem que inventar outro", disse. Saud só riu, diz a revista.

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