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O Tribunal de Contas da União (TCU) investiga fraude em duas licitações do governo federal pela compra de até 2,2 milhões de cestas básicas, de acordo com relatório da Corte e veiculado pelo O Estado de S.Paulo. O documento aponta indícios de que uma das empresas vencedoras está em nome de “laranjas”.

Os pregões foram do Ministério da Cidadania que, nos últimos dois anos, gastou até R$ 290,2 milhões na compra de cestas básicas para atender famílias pobres em todo o País. A maior parte das licitações foi vencida pela empresa A Popular Cestas Básicas de Alimentos Eireli, de Contagem, Minas Gerais. Esta empresa ganhou 11 lotes no valor de até R$ 216 milhões. 

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Na auditoria do TCU, a empresa está no nome de um possível laranja, que é beneficiário do Auxílio Emergencial, e faz parte de um grupo de empresas controladas por Carlos Murilo Pessoa Gonçalves Moreira e Paulo Sergio Pessoa Moreira, empresários que utilizaram “parentes e pessoas interpostas com a provável finalidade de ocultação patrimonial”.

Por sua vez, a Secretaria de Controle Externo de Aquisições Logísticas (Selog) solicitou que o Ministério da Cidadania explique os mecanismos de controle adotados pela pasta para “garantir que a entrega das cestas básicas está sendo efetivamente realizada, principalmente em razão do presente ano eleitoral”. 

 

Responsável pela produção de vídeos para a campanha do candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL), a produtora Mosqueteiros Filmes Ltda não tem sede física. A informação foi publicada pela Revista Época, nesta sexta-feira (28). O endereço registrado no CNPJ como sendo da empresa aponta localização em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, mas no local, de acordo com a reportagem, existe apenas uma casa vazia com uma placa que anuncia que ela está à venda e está em desuso há mais de dois anos, segundo os vizinhos. 

Segundo a prestação de contas da campanha de Bolsonaro disponível no site do Tribunal Superior Eleitoral, a produtora já recebeu R$ 240 mil do candidato do PSL. O valor corresponde a cerca de 20% do total já gasto pelo presidenciável. 

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De acordo com a matéria, o serviço de produção de vídeos para televisão e as redes sociais de Bolsonaro é realizado por funcionários de outra empresa, cujo sócio é parente dos donos da Mosqueteiros Filmes Ltda. 

À reportagem, a advogada responsável pela prestação de contas da campanha, Karina Kufa, disse que a ausência de sede física se trata de um problema trabalhista da produtora. 

O fornecimento de informações para a Justiça Eleitoral de empresas que não são as que de fato estão prestando o serviço para a campanha pode configurar “empresa laranja” e ser considerado crime de falsidade ideológica eleitoral se constatada a intenção de fraude.

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