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O presidente da República em exercício, Rodrigo Maia, assinou a Medida Provisória 744/2016, que altera os princípios e os objetivos da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), permitindo a troca de comando na estatal. Antes da conclusão do processo de impeachment, a empresa foi alvo de disputa entre o governo interino de Michel Temer e o da então presidente afastada, Dilma Rousseff. A MP está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira. Também foi publicado decreto regulamentando as mudanças previstas na MP.

Em outros dois atos, Maia, juntamente com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, efetiva a mudança no comando da EBC. Foi exonerado Ricardo Pereira de Melo do cargo de diretor-presidente da empresa e, para o lugar dele, foi nomeado Laerte de Lima Rimoli.

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O texto da MP, além de permitir a exoneração de Ricardo Melo e a recondução de Laerte Rimoli à presidência da estatal, prevê o fim do mandato de presidente e a extinção do Conselho Curador, composto por 22 membros, a maioria ligada à petista.

Batalha

A empresa foi motivo de uma das principais batalhas abertas entre Temer e Dilma durante o período de interinidade do peemedebista. A MP, agora sob o governo efetivo de Temer, já era estudada desde o início da "primeira fase" do governo dele. A principal crítica do Planalto era a politização feita por petistas na EBC.

A MP ainda não havia sido publicada para evitar questionamentos pelo Supremo Tribunal Federal, já que o ministro Dias Toffoli suspendeu, no início de junho, de forma provisória, a exoneração do jornalista Ricardo Melo do cargo.

Na decisão, o ministro havia garantido a Melo o exercício do mandato para o qual foi nomeado por Dilma até que a Corte decidisse se a sua demissão, assinada pelo então presidente em exercício, Michel Temer, tinha sido uma medida legal ou se feriu a legislação vigente.

Melo assumiu o comando da EBC em 3 de maio. Foi nomeado por Dilma uma semana antes da votação do Senado que a afastou da Presidência. Após exonerar o jornalista, no dia 17, Temer indicou o também jornalista Laerte de Lima Rimoli para o cargo.

Assim que assumiu, Rimoli demitiu jornalistas contratados pela gestão anterior e proibiu os órgãos ligados à empresa de chamar Dilma de "presidenta" - termo que voltou a ser usado após a volta de Melo. Para o governo de Temer, a TV pública vinha sendo operada pelo PT e era preciso "despolitizar" a programação.

Ao retornar à empresa, Melo chamou de volta muitos dos colaboradores petistas. Segundo o governo, Rimoli, que recebeu a empresa com um déficit no orçamento de R$ 94,8 milhões e dívidas a fornecedores de R$ 20 milhões, estava começando um trabalho de desaparelhamento na EBC e revisão dos cargos criados para acomodar apadrinhados petistas. Verificou a existência de 11 gerentes deles próprios e 30 coordenadores sem coordenados e constatou a elevação do número de funcionários para mais de 2600. Rimoli também suspendeu, por 120 dias, para averiguação, sete contratos que somam quase R$ 3 milhões por ano.

Um grupo de deputados acionou a Procuradoria-Geral da República (PGR) nesta quinta-feira, 19, contra a exoneração do jornalista Ricardo Melo da presidência da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

Eles entregaram ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, uma representação criminal contra o presidente em exercício, Michel Temer, e o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha.

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Na peça, assinada por parlamentares do PT, PCdoB, PSOL, PDT e Rede, o argumento principal é que Melo não Poderia ter sido exonerado do cargo porque a lei que criou a EBC, de 2008, estabeleceu que o mandato do diretor-presidente seria de quatro anos, não coincidente com os mandatos do presidente da República. Assim, Melo deveria permanecer no comando da empresa até maio de 2020. Eles também afirmam que somente o conselho curador poderia decidir afastar o presidente do cargo.

"Nós apresentamos uma representação criminal contra o vice-presidente Michel Temer e o senhor Eliseu Padilha por ferir a independência da EBC e da estrutura de comunicação pública de forma ilegal, desrespeitando um mandato, atacando o direito à comunicação e à informação dos brasileiros e brasileiras, cassando politicamente o senhor Ricardo Melo", disse o líder do PT na Câmara, Afonso Florence (BA).

Para a deputada Luiz Erundina (PSOL-SP), Temer está "abusando" das prerrogativas que têm como presidente interino, uma vez que o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff ainda não foi concluído no Senado. "Esse é mais um abuso desse governo transitório, desse governo interino, que vem se comportando e agindo de forma absolutamente arbitrária e avançando em um nível que só seria compreensível se já estivesse no poder. O processo de afastamento da presidente não está concluído, ainda resta um longo processo a ser cumprido", afirmou.

Melo já entrou com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal para garantir a permanência no cargo. O caso está sob a relatoria do ministro Dias Toffoli. A nomeação do jornalista para a presidência da EBC ocorreu dias antes de o Senado confirmar o afastamento de Dilma. Ele foi exonerado do cargo na última terça-feira.

Cunha

Erundina também criticou o fato de Temer querer indicar um nome ligado ao presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para o cargo na EBC. Entre os cotados para assumir o posto está Laerte Rimoli, que trabalhou como diretor de Comunicação da Câmara dos Deputados durante a gestão do peemedebista.

"Todos esses fatos vão consubstanciar a decisão da PGR e eu espero que esta decisão seja no interesse da sociedade, seja no interesse da democracia e seja no interesse do cumprimento da legalidade que existe no País", disse a deputada.

A presidente afastada Dilma Rousseff criticou, nas redes sociais, a decisão do presidente em exercício Michel Temer, que ontem exonerou o jornalista Ricardo Pereira de Melo da presidência da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). "É absurda e lamentável a decisão do governo provisório de violar a lei que criou a EBC. Mais um ataque ao Estado Democrático de Direito", escreveu Dilma.

Melo, que entrou hoje com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal para pedir a suspensão da exoneração, tinha sido nomeado por para a estatal de comunicação pública no dia 3 de maio. Ele havia tomado posse no dia 10, dois dias antes de o Senado decidir pelo afastamento da presidente por um período de até 180 dias. O jornalista Laerte Rímoli foi o escolhido por Temer para comandar a EBC.

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A defesa de Melo afirma que a sua exoneração, publicada no Diário Oficial da União de terça-feira, 17, foi um "ato arbitrário, abusivo e ilegal". O advogado argumenta que EBC é uma empresa pública, não estatal, e que por isso o mandato do presidente da instituição é fixado em quatro anos, independentemente de quem assuma o governo.

Para o governo Temer, a TV pública vinha sendo usada em benefício de um partido, o PT, e era preciso "despolitizar" a programação. Outra justificativa é a orçamentária. A EBC é deficitária e a antiga direção resistia a enxugar custos.

O Diario Oficial da União publicou hoje (17) decreto assinado pelo presidente interino Michel Temer em que exonera o jornalista Ricardo Melo das funções de diretor-presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

O jornalista informou esta manhã que tomará as medidas cabíveis para a garantia de seu mandato. Na última sexta-feira (13), a Diretoria Executiva da EBC se manifestou sobre o mandato de quatro anos do diretor-presidente garantido em lei. No sábado (14), o Conselho Curador da EBC também se posicionou sobre a garantia do mandato de Ricardo Melo por quatro anos, conforme previsto na legislação. Melo tomou posse no cargo no dia 10 de maio.

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Em nota a Diretoria Executiva da EBC afirma:

"1. O atual diretor-presidente, jornalista Ricardo Melo, foi nomeado pela presidente Dilma Rousseff por meio de decreto publicado no dia 3 de maio de 2016, com base na Lei 11.652/2008, que autorizou a criação da EBC.

2. Em seu artigo 19 a lei prevê que o diretor-presidente e o diretor-geral sejam nomeados pelo presidente da República. O parágrafo segundo do mesmo artigo diz que “o mandato do Diretor-Presidente será de quatro anos”.

3. Ao longo do intenso debate público que levou à criação da EBC, firmou-se a concepção de que o diretor-presidente deveria ter mandato fixo, não coincidente com os mandatos de Presidentes da República, para assegurar a independência dos canais públicos, tal como ocorre nos sistemas de radiodifusão pública de outros países democráticos.

4. A EBC tem como missão fundamental instituir e gerir os canais públicos, sob a supervisão do Conselho Curador, composto majoritariamente de representantes da sociedade civil. A lei prevê que caberá também à empresa prestar serviços de comunicação ao governo federal, tais como a gestão do canal governamental NBR e transmissões de atos da administração federal, serviços estes prestados através de unidade específica, a diretoria de Serviços.

Em razão desses fatos, a exoneração do diretor-presidente da EBC antes do término do atual mandato viola um ato jurídico perfeito, princípio fundamental do Estado de Direito, bem como um dos princípios específicos da Radiodifusão Pública, relacionado com sua autonomia em relação ao Governo Federal."

O paulista Ricardo Mello venceu, neste domingo, o Recife Open de Tênis 2011. Com o placar de 2x0 o tenista torna-se o terceiro melhor atleta da categoria na atualidade e sobe oito posições no ranking mundial, ficando na posição 118 da ATP.

Com um 7/6 no primeiro set e um 6/3 no segundo, Mello venceu, o também paulista, Rogério Dutra, levando para casa um cheque de U$ 7,5 mil. Este foi o décimo quarto título de challenger conquistado pelo brasileiro.

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Em um primeiro set muito disputado, o vencedor da partida iniciou o jogo abrindo uma vantagem de dois pontos, mas Dutra, que estava com a torcida a favor, respondia bem os fortes saques do adversário. Com seis quebras de serviço, o set foi para o tie-break e vencido por Ricardo Mello.

Por ser filho de um pernambucano de Lagoa dos Gatos, Rogério Dutra tinha a seu favor a torcida de boa parte das mil pessoas que lotaram a arena montada na praia de Boa Viagem. Mas o apoio não suficiente para evitar a derrota no segundo set.

Com a segunda colocação no Recife Open, Dutra conquistou pontos que o deixa mais perto de entrar na lista do 100 melhores tenistas do mundo. “Tenho esse objetivo na carreira e aos poucos estamos conseguindo isso”, declarou o atleta que agora se prepara para participar dos Jogos Pan-americanos de Guadalajara.

Ricardo Mello que também irá participar dos jogos no México, acredita que a experiência contou para a vitória na capital pernambucana. “Já fiz 22 finais e isso me ajuda a manter a calma em momentos decisivos como foi hoje”, comentou Mello, que venceu as quatro partidas que disputou contra Rogério Dutra até hoje.

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