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O paulista Ricardo Mello venceu, neste domingo, o Recife Open de Tênis 2011. Com o placar de 2x0 o tenista torna-se o terceiro melhor atleta da categoria na atualidade e sobe oito posições no ranking mundial, ficando na posição 118 da ATP.

Com um 7/6 no primeiro set e um 6/3 no segundo, Mello venceu, o também paulista, Rogério Dutra, levando para casa um cheque de U$ 7,5 mil. Este foi o décimo quarto título de challenger conquistado pelo brasileiro.

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Em um primeiro set muito disputado, o vencedor da partida iniciou o jogo abrindo uma vantagem de dois pontos, mas Dutra, que estava com a torcida a favor, respondia bem os fortes saques do adversário. Com seis quebras de serviço, o set foi para o tie-break e vencido por Ricardo Mello.

Por ser filho de um pernambucano de Lagoa dos Gatos, Rogério Dutra tinha a seu favor a torcida de boa parte das mil pessoas que lotaram a arena montada na praia de Boa Viagem. Mas o apoio não suficiente para evitar a derrota no segundo set.

Com a segunda colocação no Recife Open, Dutra conquistou pontos que o deixa mais perto de entrar na lista do 100 melhores tenistas do mundo. “Tenho esse objetivo na carreira e aos poucos estamos conseguindo isso”, declarou o atleta que agora se prepara para participar dos Jogos Pan-americanos de Guadalajara.

Ricardo Mello que também irá participar dos jogos no México, acredita que a experiência contou para a vitória na capital pernambucana. “Já fiz 22 finais e isso me ajuda a manter a calma em momentos decisivos como foi hoje”, comentou Mello, que venceu as quatro partidas que disputou contra Rogério Dutra até hoje.

Se os brasileiros dominaram amplamente a chave de simples, com a classificação de quatro representantes nas semifinais, na chave de duplas o título acabou nas mãos de uma dupla estrangeira. O uruguaio Marcel Felder e o argentino Guido Andreozzi derrotaram os paulistas André Miele e Rodrigo Grilli na decisão deste sábado (1º/10) e garantiram os US$ 3.100,00 de prêmio e os 80 pontos no ranking mundial de duplas.

O curioso é que o placar da final de duplas foi o mesmo das duas semifinais de simples. Com uma quebra no primeiro set e duas no segundo, Felder e Andreozzi marcam um duplo 6/3 sobre Miele e Grilli. “Infelizmente não deu para ficar com o título. Eles jogaram muito bem e mereceram vencer. Mas tivemos uma boa semana. Esperamos voltar no ano que vem e contar mais uma vez com a torcida de todos”, falou Grilli, que segue os passos de André Sá, Bruno Melo, Marcelo Melo e Franco Ferreiro e agora se dedica apenas a chave de duplas.

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O resultado vai garantir boas subidas aos campeões. Atual 185° do mundo em duplas, Felder levantou o terceiro título de challengers na temporada e deve aparecer nesta segunda-feira por volta do 166° posto. Já Andreozzi, que conquistou o segundo challenger da carreira, deve pular do atual 346° lugar para o 250° posto.

“Queremos agradecer a todos, foi um evento muito legal, realizado em um lugar muito bonito. Tivemos uma semana mnuito boa. Parabenizamos a todos e também ao Rodrigo e ao André, que jogaram muito bem”, comentou Felder.

Deu a lógica. Os dois principais cabeças-de-chave decidirão o título do Recife Open Internacional de Tênis, torneio de nível challenger do Circuito Mundial. Os paulistas Ricardo Mello, principal pré-classificado, e Rogério Dutra Silva, segundo favorito, venceram seus jogos neste sábado (1º/10), válidos pelas semifinais, e avançaram à grande decisão, que será realizada neste domingo (2º10), às 13h, na Arena montada na praia de Boa Viagem.

O primeiro a entrar em quadra foi Rogerinho, que teve pela frente o amigo Júlio Silva, com quem frequentemente viaja para os torneios do circuito. Júlio até começou melhor, com uma quebra a favor, abriu 2/0, mas não conseguiu manter a intensidade. “Eu comecei em um ritmo muito forte e logo vi que não ia conseguir jogar daquela forma por muito tempo. O Rogerinho vem muito bem, elevou o nível do jogo e acabou sendo melhor nos pontos decisivos. Eu senti a maratona das últimas semanas, as pernas não obedeciam em alguns momentos. Tive algumas chances de voltar para o jogo, mas não consegui”, explicou Silva.

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Rogerinho aproveitou o cansaço do amigo e passou a dominar o jogo. Devolveu a quebra no 5° game e passou à frente com outra quebra, no 7° game, até fechar em 6/3. Na segunda parcial, a quebra aconteceu logo no primeiro game e aí foi só administrar a vantagem. Ele ainda teve a chance de fechar em 6/2, mas Julinho salvou três match-points e confirmou o saque. Mas, no game seguinte, Rogerinho fechou o set, outra vez em 6/3, e o jogo.

“Eu não comecei tão bem, mas não desisti do jogo, me mantive focado o tempo inteiro. O Julinho vem jogando muito bem, foi campeão, fez semi. Aproveitei quando ele caiu um pouco a parte física e fui sempre bem nos momentos mais importantes. Agora é pensar na final. Gostaria muito de sair daqui com o título”, afirmou Dutra Silva. O jogador de 27 anos tem um estímulo a mais para lutar pelo troféu. Seu pai é pernambucano, do município de Lagoa dos Gatos, no Agreste Meridional. “Eu até tentei trazê-lo para este torneio, mas acabou não dando. Vai ser muito legal poder ser campeão em um torneio no Brasil e aqui em Pernambuco”.

O problema é que do outro lado estará o experiente Ricardo Mello, ex-top 50 do mundo e tenista que sempre eleva seu nível em condições como a do Recife Open. Ele praticamente não deu chances a Caio Zampieri e comandou o placar desde o início para repetir Rogerinho e fechar em um duplo 6/3. “Além de ser um cara experiente, ele é muito forte em quadras rápidas e ao nível do mar. O Ricardo jogou muito bem e mereceu a vaga na final”, disse Zampieri.

Feliz pela vitória, Mello prevê mais um jogo duro na decisão contra o atual 118° do mundo. “O Rogerinho vem muito bem, é um cara que tem evoluído bastante. Com certeza vai ser mais uma batalha, mas eu me sinto muito bem. Apesar do sol forte, do vento, eu me adaptei muito bem e vou procurar jogar bem outra vez para sair com a vitória”, declarou Mello.

Com a vaga na final, os dois já garantiram pequenas subidas no ranking. Os 48 pontos do vice-campeonato levam Rogerinho do 118° posto ao 115°, enquanto Mello subirá do atual 123° ao lugar hoje ocupado pelo adversário na final. Em caso de vitória, Dutra Silva atingirá seu melhor ranking, por volta do 109° lugar, enquanto Mello ascenderia ao 112° posto.

100% Brasil. Essa é a formação das semifinais individuais do Recife Open de Tênis 2011. De um lado, Ricardo Mello vai enfrentar Caio Zampieri. Do outro, Rogério Silva encara Júlio Silva, todos por lutando por uma vaga na final do torneio e em busca de 80 pontos no ranking mundial, além de uma bagatela de 7.200,00 doláres, ou seja, quase R$ 13.500 reais em premiação.

Outra curiosidade da semifinal brasileira, é que todos os atletas nasceram no estado de São Paulo. No entanto, para formarem a semifinal verde-amarela, embora já estivessem jogando bem, os brasileiros também contaram com uma “ajudinha” da temperatura pernambucana. Isso porque, tanto na partida entre Ricardo Melo como na de Caio Zampieri – contra os alemães Peter Gojowczyk e Denis Gremelmayr, respectivamente, os dois adversários estrangeiros sentiram o forte calor da praia de Boa Viagem, além da umidade do ar recifense, e abandonaram suas partidas. 

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No jogo entre Ricardo Mello x Peter Gojowczyk, o estrangeiro ainda chegou a ganhar o primeiro set, mas perdeu o segundo 5/7, o terceiro por 6/0, e perdia o quarto por 2/0, depois de uma incrível sequência de oito games do brasileiro, quando decidiu encerrar o confronto alegando uma indisposição, que – inclusive – causou febre no jogador no início da competição.

Depois da vitória, o tenista de 30 anos comentou a partida. “Estranhei a forma de jogar dele. Eles estava encurtando os pontos, mas eu pensava que podia ser alguma estratégia. Agora, é continuar focado e repetir a mesma força no sábado. Esse é o último torneio do ano que vou disputar em quadras rápidas, que é a minha preferência. Vou buscar o título”, comentou o jogador que – se vencer a competição – pode ficar perto de voltar ao Top-100 do Ranking mundial.

Já Caio Zampieri e Denis Gremelmayr fizeram uma disputa mais acirrada. Depois de estar perdendo o primeiro set 4/0, o brasileiro conseguiu reagir e venceu o primeiro set no game de desempate por 7/5. Com a reação, Gremelmayr começou a perder o controle da partida e do psicológico. Tanto que após diversas reclamações contra a arbitragem, contra a torcida e até com provocações frente a Zampieri, o alemão não suportou o ritmo e conversou com o juiz, se despedindo do embate quando perdia o segundo set por 3/0, informando que estava sofrendo tonturas.

Com relação à outra semifinal, Rogério Silva e Júlio Silva, que se consideram irmãos e inclusive atuam juntos em torneio de duplas, bateram outros dois brasileiros - Rafael Camilo e Marcelo Demoliner, respectivamente – e farão o duelo por uma vaga na final do Recife Open. 

O fato de um ter que deixar a competição não abala nem um pouco nenhum dos dois. “Somos amigos, mas quando o jogo começar, cada um vai buscar a vitória. O lado positivo é que vamos comemorar porque um de nós estará na final”, brincou Rogério, que depois da atualização da ATP ocupa agora a posição de terceiro melhor brasileiro da modalidade no mundo e o primeiro entre os atletas que estão no Recife Open. 

DUPLAS

Hoje também foram conhecidos os finalistas do torneio de duplas. E quase a decisão também era brasileira. Ricardo Mello e Júlio Silva até atuaram bem, mas o cansaço foi decisivo e eles perderam para o uruguaio Marcel Felder e o argentino Guido Andreozzi. Na outra chave Rodrigo Grilli e André Miele venceram a dupla Marcelo Demoliner e Márcio Torres.

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