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Enquanto a França jogava diante da Espanha pela Eurocopa, David Trezeguet, antigo centroavante da seleção, vivia um dos maiores momentos da sua carreira. O argentino naturalizado francês aceitou o desafio de, aos 34 anos, defender o River Plate, time do seu coração, na segunda divisão do futebol argentino. E não poderia ser outro, senão ele, o herói do retorno à elite, neste sábado, após vitória por 2 a 0 sobre o Almirante Brown, no Monumental de Nuñez.

O calvário na 'B Nacional' (como os argentinos chamam a segunda divisão) durou exatos 363 dias. Time de 110 anos de história, o River nunca havia deixado a elite do futebol argentino e teve que se reestruturar para deixar o limbo. Para isso, teve o retorno (por paixão, não por dinheiro) providencial de Trezeguet e Cavenaghi que, juntos, anotaram 32 dos 66 gols do River na segundona.

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A vitória sobre o Almirante Brown ainda deu ao River o título da competição, com 73 pontos, um a mais do que o Quilmes, que também voltou à primeira divisão. O Rosario Central, outro time tradicional, terminou em quarto e vai jogar o playoff para tentar subir.

Neste sábado, com enorme festa no Monumental de Nuñez, Trezeguet abriu o placar com um golaço. Ele recebeu na entrada da área e bateu de primeira, sem chances para o goleiro, isso já aos 4 minutos do segundo tempo.

Pouco depois, teve a chance de ampliar, mas bateu muito mal um pênalti, nas mãos do goleiro. Naquele momento, as derrotas de Instituto e Rosário Central, terceiro e quarto colocados, garantia o River na primeira divisão mesmo em caso de derrota em casa. Mesmo assim, porém, o time centenário não desistiu de ampliar e Trezeguet chegou ao segundo gol aos 44 minutos, escorando um cruzamento vindo da direita.

A violência protagonizada pelos torcedores do River Plate, após o rebaixamento da equipe no Campeonato Argentino, no último domingo, causou sérios danos ao Estádio Monumental de Nuñez, programado para receber a decisão da Copa América deste ano, no próximo dia 24 de julho. Nesta segunda-feira, foi confirmada a interdição do local.

Foi levantada a hipótese de superlotação - o público teria sido de 52 mil pessoas, enquanto a capacidade máxima recomendada, por razões de seguranças, é de 40 mil. De acordo com as autoridades, é cedo para dizer quando o estádio será liberado, mas ele deve estar disponível para a decisão da competição continental.

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"Vamos buscar provas do incidentes. O estádio ficará fechado até que sejam cumpridas todas as diligências e que consigamos coletar todas as provas", declarou o promotor da cidade de Buenos Aires, Gustavo Galante.

Além do vandalismo nas instalações, a violência causou danos aos próprios torcedores. No total, de acordo com números divulgados pela polícia nesta segunda-feira, já são 89 feridos, destes, cerca de 30 policiais, além de 55 detidos.

O histórico rebaixamento do clube, o primeiro em seus 110 anos de história, após o empate por 1 a 1 diante do Belgrano, pode ainda causar diversas mudanças no River Plate. Cogita-se que o presidente Daniel Passarella possa deixar o cargo, o que ele negou, e até a mudança de sede, por conta dos danos no Monumental de Nuñez.

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