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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou nesta segunda-feira, 13, que o governo está apurando as denúncias de envolvimento de policiais em agressões a jovens durante um "rolezinho" no Shopping Metrô Itaquera na tarde do último sábado, 11. Segundo o Alckmin, "o governo não tolera nenhum tipo de desvirtuamento da função".

O governador reforçou que o papel do Estado não é fazer a segurança de locais privados. "Segurança interna de lojas, shoppings e centros comerciais é privada, o governo fica fora fazendo a segurança", disse.

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A intervenção de policiais, de acordo com o governador, aconteceu após a decisão da Justiça. "Houve uma decisão judicial tendo em vista que havia sendo anunciada nas redes sociais que haveria uma manifestação. Tinha uma decisão judicial pedindo segurança e nós cumprimos", afirmou.

Segundo o governador, a Secretaria de Segurança Pública e entidades ligadas ao setor de shoppings conversas para que se chegue a uma solução. "Estamos estudando uma maneira de fazer, uma alternativa inteligente", disse.

Chuvas

Na entrevista concedida na manhã de hoje, o governador anunciou que em seguida iria pessoalmente à cidade de Itaoca, na divisa com o Paraná, para prestar solidariedade e averiguar a situação do município que teve problemas por conta de chuvas.

Um encontro confirmado por 10 mil jovens pelas redes sociais - o "rolezinho" - causou tumulto ontem no Shopping Interlagos, na zona sul de São Paulo. Houve gritaria, pânico e 25 jovens foram detidos por terem supostamente iniciado a confusão. Clientes relataram furtos, apesar de o shopping negar. Lojas baixaram as portas com medo de roubo. O caos só não foi maior porque a polícia estava no local quando a ação começou.

Faltando três dias para o Natal, o Shopping Interlagos, em contraste com as ruas vazias da cidade, estava lotado. Estima-se que 120 mil pessoas tenham passado ontem pelo local.

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O tumulto começou às 16h30, na praça de alimentação, que fica no piso térreo. Um grito de uma moça teria iniciado a confusão. Pessoas saíram correndo, gritando, deixando seus pertences, em especial bolsas, que foram levadas por jovens.

As lojas imediatamente desceram as portas, com medo de invasão e roubo. A dona de casa Maria Leite dos Santos, de 45 anos, que estava ao lado da filha de 7 anos, se trancou em um provador. "Até os vendedores fugiram para os provadores. A gente não tem mais sossego nem no shopping."

A confusão durou de cinco a dez minutos, conforme relatos dos frequentadores, e foi contida por cerca de 150 homens da Polícia Militar, da Tropa de Choque, da Força Tática e do Grupo de Operações Especiais (GOE), da Polícia Civil. Os policiais haviam chegado ao centro de compras no início da tarde, já cientes do "rolezinho" - os boatos de "arrastão" eram fortes entre alunos e funcionários das escolas públicas da região. Antes e depois da confusão, os PMs acompanhavam pelos corredores os jovens que entravam em grupos, sem abordá-los.

Segundo os jovens, parte dos que confirmaram a participação no "rolezinho" foi ao shopping para praticar frutos e outra parte, para protestar contra a proibição de bailes funks. Aprovada no dia 6 pela Câmara Municipal, a lei aguarda sanção do prefeito Fernando Haddad (PT).

Para Leonardo Moreira, de 19 anos, a confusão aconteceu porque os jovens não tem área para realizar os bailes. "A polícia para nossas festas à 1h. Ninguém tem onde se divertir por aqui."

Segurança. Luiz Augusto Ildefonso da Silva, diretor de Relacionamentos Institucionais da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), destacou que os shoppings tem esquema de segurança e só acionam a polícia nos casos extremos. Anteontem, o Shopping Campo Limpo, na zona sul, também foi alvo de um "rolezinho". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Vinte e três jovens foram detidos na noite desse sábado (14) pela Polícia Militar, sob suspeita de praticar um arrastão a lojas do Internacional Shopping Guarulhos, na Grande São Paulo. Um encontro de jovens, conhecido como "rolezinho", havia sido marcado pelo Facebook.

Após um tumulto dentro do shopping, os jovens foram encaminhados para o 2º DP de Guarulhos. Segundo a Polícia Civil, porém, nenhuma vítima prestou queixa e nenhum objeto roubado foi encontrado com os suspeitos, que deveriam ser liberados durante a madrugada de hoje. O caso foi registrado como perturbação de sossego. Não houve registro de feridos.

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Segundo relatos de comerciantes, cerca de 200 jovens começaram a gritar, empurrar pessoas e entrar nas lojas por volta das 19 horas. "Foi a maior correria, teve gente pisoteada", disse Flávio Alves dos Santos, de 38 anos, gerente de uma loja de departamento. "Vimos um monte de moleques correndo, gritando, e fechamos a loja", disse a caixa Fabiana Paula, de 28 anos.

As lojas ficaram fechadas por pelo menos uma hora e meia. Nenhum representante do shopping foi localizado para comentar o ocorrido. Durante a tarde, a reportagem do jornal O Estado de S. Paulo esteve no local e a movimentação era normal, com reforço de policiamento.

No sábado anterior, dia 7, cerca de seis mil jovens se reuniram no Shopping Metrô Itaquera. Houve tumulto e comerciantes fecharam as lojas mais cedo. Duas pessoas foram presas por furtos e, nas redes sociais, pipocaram vídeos da confusão.

Aricanduva. Durante a semana, mais de dez "rolezinhos" desse tipo foram agendados pela internet para vários outros centros de compra. Em um encontro ontem no Shopping Aricanduva, não houve confusão. O evento tinha 10 mil confirmações no Facebook, mas o organizador, Felipe Wilie, de 15 anos, preferiu cancelá-lo. "Se tivesse outra confusão podia sobrar pra mim", disse ele, que mesmo assim foi ao rolezinho, que acabou reunindo 200 pessoas.

Os seguranças impediam aglomerações maiores. "A gente vem para juntar as quebradas, os amigos, pela aglomeração", disse Calebe Silva, de 15 anos, que mora no Jardim Iva.

Potencializados pelas redes sociais, encontros de jovens nos shoppings da periferia têm preocupado comerciantes. A Associação Brasileira de Lojistas de Shopping pediu ajuda à Secretaria de Segurança Pública. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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