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No início de agosto, a São Clemente divulgou nas redes sociais o resultado do cartaz em homenagem a Paulo Gustavo, morto em maio deste ano, vítima da Covid-19. A agremiação vai contar a vida do humorista no carnaval carioca de 2022. Com o tema 'Minha Vida é Uma Peça', a escola promete emocionar o público. Assim como Paulo Gustavo, confira cinco famosos que tiveram suas trajetórias transformadas em samba-enredo.

Silvio Santos

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Todo mundo está acostumado a ver Silvio Santos apenas na televisão. Em 2001, o dono do SBT saiu das telas direto para a avenida. A escola de samba Tradição preparou um enredo sobre a vida pessoal e artística do apresentador. Na época, Hebe Camargo, Ratinho e Gugu Liberato marcaram presença no desfile.

Xuxa Meneghel

Sucesso no mundo do entretenimento brasileiro, Xuxa Meneghel pousou sua nave na Sapucaí. Em 2004, a eterna rainha dos baixinhos virou samba-enredo da escola Caprichosos de Pilares. A história da apresentadora gaúcha foi retratada com o tema 'Xuxa e seu Reino Encantado no Carnaval da Imaginação'.

Claudia Raia

Considerada um dos grandes nomes da dramaturgia, Claudia Raia foi homenageada em 2016 pela escola Nenê de Vila Matilde. A agremiação paulista sacudiu as arquibancadas do Anhembi com o enredo 'Rainha Raia nas Asas do Carnaval', destacando a colaboração da atriz na arte.

Zezé Di Camargo & Luciano

Em 2016, Zezé Di Camargo & Luciano emocionaram a Sapucaí. Os sertanejos viraram samba-enredo na escola Imperatriz Leopoldinense. A dupla levou o público à loucura ao mostrar que também tem samba no pé.

Ivete Sangalo

A vida de Ivete Sangalo muita gente já conhece, mas mesmo assim ela foi levada à avenida em 2017. A escola de samba Grande Rio homenageou a cantora com o enredo 'Ivete - Do Rio ao Rio', contando a trajetória dela em Juazeiro, na Bahia, até o estrelato na música brasileira.

O desfile na Sapucaí de 2020 vai reservar uma homenagem feita pela escola de samba Inocentes de Belford Roxo para a jogadora da Marta - do Orlando Pride e seleção brasileira. Foi a própria atleta que publicou em seu Instagram nesta terça-feira (5).

"Gente, o enredo tá lindo demais. Confere aí e já vai aprendendo pra gente arrasar na Sapucaí nesse carnaval 2020", disse Marta.

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A escola fez anúncio de que homenagearia Marta em julho deste ano, mas só agora que o samba-enredo foi divulgado. Marta disse na ocasião que jamais imaginou que sua história seria contada 'no maior palco da festa mais popular do nosso Brasil'. Confira o samba em homenagem a Rainha Marta.

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A Estação Primeira de Mangueira escolheu na noite de sábado, 13, o samba-enredo para o carnaval de 2019, que terá o tema "História pra Ninar Gente Grande". A música escolhida faz menção à vereadora Marielle Franco, assassinada a tiros em março deste ano, e é de autoria de Deivid Domênico Tomaz Miranda, Mama, Marcio Bola, Ronie Oliveira e Danilo Firmino.

Em um trecho, o samba diz "Brasil chegou a vez de ouvir as Marias, Mahins, Marielles e malês", em referência à vereadora e, também, à Luísa Mahin, uma das lideranças da Revolta dos Malês, no século 19.

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Em sua página na internet, a escola diz que o enredo trará as "páginas ausentes" da história brasileira. "Se a história oficial é uma sucessão de versões dos fatos, o enredo que proponho é uma 'outra versão'. Com um povo chegado a novelas, romances, mocinhos, bandidos, reis, descobridores e princesas, a história do Brasil foi transformada em uma espécie de partida de futebol na qual preferimos 'torcer' para quem 'ganhou'. Esquecemos, porém, que na torcida pelo vitorioso, os vencidos fomos nós."

Letra:

"Brasil, meu nego deixa eu te contar

A história que a história não conta

O avesso do mesmo lugar

Na luta é que a gente se encontra.

 

Brasil, meu dengo, a Mangueira, chegou

Com versos que o livro apagou

Desde 1500, tem mais invasão do que descobrimento

 

Tem sangue retinto pisado

Atrás do herói emoldurado

Mulheres, tamoios, mulatos

Eu quero o país que não tá no retrato

 

Brasil, o teu nome é Dandara

Tua cara é de Cariri

Não veio do céu nem das mãos de Isabel

A liberdade é um dragão no mar de Aracati

 

Salve os caboclos de julho

Quem foi de aço nos anos de chumbo

Brasil chegou a vez de ouvir as Marias, Mahins, Marielles e malês

Mangueira, tira a poeira dos porões

 

Ô, abre alas

Pros seus heróis de barracões

Dos Brasis que se faz um país de Lecis, Jamelões

São verde e rosa as multidões

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Segundo o colunista do Jornal ‘O Globo’, Ancelmo Gois, a atriz Fernanda Montenegro, que completa 90 anos em 2019, pode ser enredo da escola de Samba Mangueira. Segundo o Extra Online, o presidente da escola, Chiquinho da Mangueira, deve se reunir nesta quarta com a atriz para fazer o convite e começar a tratar do enredo do ano que vem. 

No ultimo dia (28), a escola completou 90 anos e teve missa realizada no Cristo redentou, onde ficou com iluminação das cores da escola, verde e rosa.

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Por David Barros

O samba-enredo da escola Imperatriz Leopoldinense para o Carnaval de 2017, com o tema “"Xingu, o clamor que vem da floresta", está dando o que falar. Na quarta (11), a apresentadora da TV Record Fabélia Oliveira disse que os produtores rurais são os que deveriam ser homenageados e ainda afirmou ser parte da natureza dos índios morrer de malária e tétano. Nesta quinta (12), também repercute a declaração do senador Ronaldo Caiado (DEM). Ele acredita que a letra do enredo “denigre” a imagem do agronegócio. 

Em sua rede social, Caiado avisou que, após o recesso das atividades legislativas, irá articular com os líderes do Senado a realizção de uma sessão temática para entender “os motivos que levaram a Imperatriz Leopoldinense a autorizar um samba-enredo que denigre a imagem do agronegócio, único setor, que diante de uma crise devastadora, deverá ser superavitário”. O democrata também quer apurar quem são os “patrocinadores” do samba-enredo, o qual definiu como "difamatório". 

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Um dos trechos do samba diz que “O belo monstro roubas as terras dos seus filhos, devora as matas e seca os rios. Tanta riqueza que a cobiça destruiu. Sou o filho esquecido do mundo, minha cor é vermelho de dor...”. O enredo faz referência à luta dos povos indígenas contra o desmatamento e a perda de terras. Na música, o “mostro” possivelmente se refere aos agricultores e pecuaristas do país, o que iniciou um clima de revolta da classe.

Ronaldo Caidado não poupou críticas. “Há tantos graves problemas que o país passa como a violência, o tráfico de drogas, as facções criminosas e uma escola de samba se ocupa em difamar o setor que deveria ser enaltecido e homenageado na Marquês de Sapucaí”, cravou.

A Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), entre outras entidades do setor, publicou nota de repúdio em seu site destacando que a Imperatriz “mostra total despreparo e ignorância à história brasileira e à realidade econômica e social do país”. 

“Chamados de monstros pela escola, nós, produtores rurais, respondemos por 22% do PIB Nacional e, historicamente, salvamos o Brasil em termos de geração de renda e empregos. Inaceitável que a maior festa popular brasileira, que tem a admiração e o respeito da nossa classe, seja palco para um show de sensacionalismo e ataques infundados pela Escola Imperatriz Leopoldinense. O setor produtivo e a sociedade não podem ficar calados diante a essa injustiça. Se você se alimentou hoje, agradeça a um produtor rural”, diz outro trecho da nota. 

A jornalista da TV Record Fabélia Oliveira, à frente do programa “Sucesso no Campo”,  fez duras críticas ao samba-enredo da escola Imperatriz Leopoldinense para o Carnaval de 2017. A apresentadora ficou revoltada com o tema "Xingu, o clamor que vem da floresta", criado para homenagear os indígenas e a luta diária para preservação da floresta e da cultura, além de criticar o modelo do agronegócio. 

“O índio luta pela sua terra, da Imperatriz vem o seu grito de guerra! Salve o verde do Xingu”, diz o samba-enredo da Imperatriz Leopoldinense. Em outro trecho, a música fala sobre a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte e a desapropriação de terras dos índios. “O belo monstro rouba as terras dos seus filhos”.

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Para Fabélia, os produtores rurais são os verdadeiros heróis e merecem ser homenageados. "Eles que trabalham de sol a sol para alimentar a população. Que conhecimento eles (os autores do samba) têm para falar do homem do campo? Para falar do índio, da floresta?”, disse. 

A letra foi criada pelo carnavalesco Cahê Rodrigues, 40, que trabalha há 5 anos com a escola e estudou um ano sobre a cultura indígena. De acordo com a apresentadora, os índios estão certos em preservar a cultura, desde que sejam "originais e não façam uso da tecnologia". 

"Se ele quer preservar a cultura ele não pode ter acesso à tecnologia que nós temos. Ele não pode comer de geladeira, tomar banho de chuveiro e tomar remédios químicos. Porque há um controle populacional natural. Ele vai ter que morrer de malária, de tétano, do parto. É… a natureza. Vai tratar da medicina do pajé, do cacique, que eles tinham", falou.

Confira o vídeo:

Desde que soube que seria homenageada pela Acadêmicos do Grande Rio no Carnaval de 2017, Ivete Sangalo é só alegria. A cantora não se cansa de agradecer o gesto e ainda participa de todas as etapas feitas pela escola de samba, que prepara um desfile incrível para o próximo ano. Uma destas etapas foi a escolha do samba-enredo, que tinha que combinar com o próprio enredo em si, chamado Ivete do rio ao Rio. Bom, a Grande Rio finalmente escolheu seu hino, que levou o nome de Hoje é Dia de Ivete. Confira um trecho da canção abaixo:

"A Grande Rio vem dar um banho de axé! Salve toda essa gente de fé! O tambor da invocada promete levantar poeira, Ivete! Brilha minha estrela / alumia meu caminhar / menina baiana do Juazeiro / saudade mandou um cheiro / Velho Chico... histórias fez lembrar / Nossa Senhora sempre a me guiar / sol inclemente / terra seca era o sertão / adolescente, abraço o violão / forroziei, pulei fogueira / viva São João! / minha família, doce inspiração!".

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E após a escolha do samba-enredo, foi a vez de gravá-lo. A cantora participou das gravações e fez um dueto com o intérprete oficial da escola, Emerson Dias, para o CD das escolas de samba do Rio de Janeiro. 

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