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A violência conjugal é um ato "quase satânico", afirmou o papa Francisco em uma entrevista à televisão italiana, durante a qual destacou a "dignidade" das vítimas, um número que aumentou durante a pandemia.

"Tantas mulheres que foram abusadas e agredidas dentro de seu lar, inclusive por seus maridos", declarou o pontífice em um programa especial exibido no domingo à noite pelo canal TG5, que convidou quatro pessoas com uma vida difícil para o encontro.

"Para mim, este é um problema quase satânico, porque é aproveitar-se da fragilidade de alguém que não pode se defender", declarou o papa durante a exibição de "Francisco e os invisíveis".

No programa, o pontífice conversou com uma mãe que teve que abandonar sua casa com os filhos para escapar da violência.

"Vejo muita dignidade em você, porque se você tivesse perdido sua dignidade não estaria aqui", acrescentou o papa.

O número de casos de violência em casa aumentou com a crise de saúde e os confinamentos. Desde janeiro, 112 mulheres foram assassinadas na Itália, segundo o ministério do Interior, e na metade dos casos o responsável foi o marido, o companheiro ou um ex-companheiro.

O papa, que completou 85 anos na sexta-feira, criticou em várias ocasiões as violências contra as mulheres, que em 2020 classificou de uma "profanação".

Na madrugada desta quarta (4), o médico Paulo Oliveira Cesar, de 68 anos, e a esposa Raquel Heringer Cesar, de 61, foram mortos a facadas em casa, na cidade de Vila Velha, no Espírito Santo. O principal suspeito de praticar os crimes é o filho do casal, o estudante de medicina Guilherme Heringer Cesar, de 22 anos, que tirou a própria vida após a morte dos pais. No local do crime, policiais identificaram a presença de dizeres e objetos satânicos.

De acordo com os investigadores, Guilherme teria ligado para um parente e confessado os crimes. Ele também teria dito que estava a caminho da Terceira Ponte- que liga Vila Velha à capital do estado, Vitória- para se matar.

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Objetos satânicos foram encontrados na casa da família. (Reprodução/TV Gazeta)

Por volta das 4h30 da manhã, a Polícia Civil recebeu um chamado para localizar um cadáver na Baía de Vitória. No local, os agentes encontraram o veículo de Guilherme e, através da placa, descobriram o endereço do estudante. Na residência, foram encontrados os corpos de Paulo César, no banheiro, e de Raquel, em cima de uma cama.

Em imagens veiculadas pela TV Gazeta, que esteve no apartamento, o número “666”, associado por satanistas ao demônio, aparece nas paredes de diversos cômodos. Cruzes invertidas também foram pintadas nas paredes e no chão, enquanto páginas da bíblia foram riscadas com os dizeres “ele me obrigou”. Na sala, uma mensagem foi deixada: "o diabo desceu até vós e pouco tempo lhe resta”. O apartamento tinha ainda garrafas de cerveja e vinho vazias e um pentagrama.

Além de médico, Paulo era pastor de uma Igreja em Vila Velha. Por meio de nota, a Polícia Civil informou que o caso foi registrado como duplo homicídio com uso de arma branca (faca), que foi apreendida e encaminhada para perícia.

Os investigadores acreditam que Guilherme se suicidou depois de matar os pais. Os corpos do casal foram encaminhados para o Departamento Médico Legal (DML) de Vitória, onde será realizado o exame cadavérico para serem liberados para os familiares e para ser feito o exame cadavérico.

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