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O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Onyx Lorenzoni (DEM), parece que não aceitou bem a anulação das condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Por meio de sua conta no Twitter, o democrata afirmou que "manobrar, desacreditando a própria justiça, não vai surtir o resultado esperado por aqueles que acreditam que o ladrão voltará ao poder".

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Em nenhum momento ele citou o nome do ex-presidente na postagem, mas fixou junto com a sua publicação um trecho da fala do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio de Mello. 

Lorenzoni dá a entender na publicação que o petista sofrerá "a maior derrota eleitoral de sua vida". "O Brasil já entendeu o que um presidente honesto e o povo tá fechado com JB (Jair Bolsonaro)", defendeu o ministro.

 

O governo editou a Medida Provisória 768, publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (3) criando dois novos ministérios: a secretaria-geral da Presidência e o Ministério dos Direitos Humanos.

A criação das novas pastas foi anunciada nessa quinta-feira (2) e deixa o governo de Michel Temer com 28 ministérios, quatro a menos que o da ex-presidente Dilma Rousseff.

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Temer nomeou para a Secretaria-Geral da Presidência da República Wellington Moreira Franco, até então secretário de Parcerias de Investimentos (PPI). Citado na Operação Lava Jato, Moreira Franco, como ministro, passa a ter foro especial e só pode ser investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Joaquim Lima de Oliveira será o secretário-executivo da pasta.

Com status de ministério, a nova secretaria terá entre as suas atribuições a supervisão das atividades administrativas da Presidência, o planejamento de longo prazo, a comunicação do governo e a supervisão do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). A Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) será vinculada à secretaria. Para o cargo de secretário especial do Programa de Parcerias de Investimentos foi nomeado Adalberto Santos de Vasconcelos.

Também foi nomeado o líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Antônio Imbassahy (BA) para a secretaria de Governo, vaga desde que Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) deixou o cargo em novembro, após ser acusado de pressionar o Ministério da Cultura a liberar um empreendimento em que tinha apartamento. A nomeação de Imbassahy fez parte da negociação para reeleger o Rodrigo Maia (DEM-RJ) como presidente da Câmara.

Até então secretária de Promoção da Igualdade Racial, Luislinda de Valois, será a nova ministra dos Direitos Humanos. O novo ministério englobará as atribuições das extintas secretarias de Políticas para as Mulheres, de Promoção da Igualdade Racial, de Direitos Humanos, dos Direitos da Pessoa com Deficiência, de Promoção e Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa e dos Direitos da Criança e do Adolescente, até então subordinadas ao Ministério da Justiça e Cidadania.

Com isso, essa pasta passará a se chamar Ministério da Justiça e Segurança Pública, com Alexandre de Moraes ainda à frente.

O presidente Michel Temer assinou no início desta noite, 2, medida provisória que recria dois ministérios e dá novas atribuições à pasta da Justiça, que passa a se chamar Ministério da Justiça e da Segurança Pública. Temer recriou a Secretaria-Geral da Presidência da República e nomeou Moreira Franco, atual secretário executivo do Programa de Parceria de Investimentos (PPI), para o cargo. Com isso, Moreira que tem seu nome envolvido em investigações na Operação Lava Jato, ganha foro privilegiado.

Nas medidas para "aprimorar as condições de governança, buscar maior eficiência e melhorar a gestão pública", Temer designou também a desembargadora Luislinda Valois para o Ministério dos Direitos Humanos e deu mais força política ao ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, que é do PSDB. Para agradar os tucanos, depois de meses de espera, Temer designou ainda Antônio Imbassahy para a Secretaria de Governo. Agora serão 28 ao invés de 26 ministérios.

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A decisão de anunciar esse pacote ocorreu horas depois de definida a reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ), na presidência da Câmara dos Deputados. Com essa nova MP, que será publicada no Diário Oficial desta sexta-feira, Temer faz um redesenho em áreas administrativas no Palácio do Planalto. A Secretaria de Governo, que hoje tem atribuições também administrativas, se concentrará em questões políticas e atendimento às questões parlamentares. A Secretaria-Geral da Presidência, que será ocupada pelo agora ministro Moreira Franco, terá sob sua responsabilidade, além do PPI, a Secretaria de Comunicação, Secretaria de Administração e o Cerimonial da Presidência. Segundo o porta-voz do Planalto, Alexandre Parola, "suas tarefas estarão voltadas para dar apoio às ações do Presidente da República e conferir maior agilidade ao funcionamento do Palácio do Planalto em suas ações de governo e de atuação presidencial".

No caso do Ministério da Justiça, a mudança de nome atendeu inclusive a um pedido da chamada "bancada da bala" no Congresso, que queria que fosse criado o Ministério da Segurança Pública. De acordo com Parola, a decisão do presidente Michel Temer de criar o Ministério da Justiça e da Segurança Pública, "se deve ao compromisso do governo federal de ser parte ativa e atuante no combate ao problema da criminalidade".

Reforma

Assim que chegou ao poder, uma das primeiras medidas do presidente Michel Temer foi buscar no discurso da redução de ministérios o contraponto ao desequilíbrio fiscal atribuído ao governo de ex-presidente Dilma Rousseff. O governo da petista tinha 39 ministérios, mas para tentar conter as críticas, em outubro de 2015, ela anunciou a redução para 31 pastas. Um pouco antes de deixar o poder em março do ano passado, entretanto, Dilma precisou alocar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no governo. Dilma tentou dar ao seu antecessor a Casa Civil, nomeando o então ministro Jaques Wagner como chefe do Gabinete Pessoal da Presidência, no entanto, com status do ministro mantido. Lula nunca chegou a assumir o cargo por uma decisão judicial.

Quando Temer assumiu ele fez um corte nas pastas cortando de 32 para 25. Logo depois, por pressão de protestos contrários à extinção do Ministério da Cultura, Temer recriou a pasta e tinha até hoje - antes dos anúncios - 26 pastas.

O ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, se despediu do cargo nesta sexta-feira (2) agradecendo à presidente Dilma Rousseff e ao ex-presidente Lula, de quem foi chefe de gabinete por oito anos. "O sentimento que tenho nesse momento é de profunda gratidão, de profunda 'gracias a la vida'", disse, mencionando a música da chilena Violeta Parra. "É uma gratidão naturalmente enorme ao nosso companheiro Lula".

Em um discurso inflamado, Carvalho foi diversas vezes aplaudido por militantes de movimentos sociais no Palácio do Planalto, aos quais agradeceu pelos 12 anos de trabalho "marcante e extraordinário".

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O ministro agradeceu também os servidores do Planalto. "Eu queria agradecer de coração esse gesto de carinho", disse. "Quando cheguei nesta casa (Planalto), eu nunca me esqueço que conversava com a peãozada que nessa vida tudo passa e o que ficaria é a união, a rede de amizade que a gente constrói e é muito bom ver esse salão", afirmou.

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