No fim da tarde desta segunda-feira (19), um ato de violência na Faculdade de Direito do Recife revoltou alunos da instituição: o local foi cenário de crime contra uma aluna da instituição - menor de idade - que teve seu celular roubado e foi ameaçada de estupro. A perplexidade e a insegurança tomam conta dos estudantes da unidade, localizada no bairro da Boa Vista, no centro da capital pernambucana.
"A menina que sofreu o assalto é amiga minha. Ela estava saindo daqui pela portaria de trás, da Rua do Riachuelo, quando um homem que estava lá encostado na grade abordou ela, pediu o celular e disse que, caso ela não passasse, estupraria ela ali mesmo”, contou um estudante de Direito que não quis se identificar.
##RECOMENDA##Clara Cavalcanti, que é amiga e estuda na mesma sala da vítima da agressão, criticou a falta de restrição na entrad de pessoas à instituição. "A falta de segurança tá enorme na faculdade. É preciso colocar alguma restrição na entrada, além de câmeras pela faculdade e aumentar o número de seguranças".
Amedrontados, a maioria dos estudantes entrevistados preferiu manter o anonimato. “A gente se sente muito vulnerável aqui. O esquema de fechamento e abertura dos quatro portões só beneficia quem usa carro. Naturalmente a gente se sentiria mais seguro aqui dentro do que na rua, mas, se precisarmos pegar ônibus na Avenida Conde da Boa Vista, o ideal seria sairmos pelo portão da Rua do Riachuelo. Às 22h geralmente eles estão fechados, então temos que dar a volta por fora da faculdade para chegarmos lá, o que é muito mais inseguro”, contou uma aluna.
Outra estudante informou que este não é o primeiro caso dentro do estacionamento. “Aqui é muito escuro e esquisito, a gente se sente inseguro demais. Como medida pra nos sentirmos menos vulneráveis, procuramos andar em grupos, já formamos um grupo de muitas pessoas para irmos mesmo que seja para poucos quarteirões daqui”.
Questionados pela reportagem, integrantes do Grupo Tátito Operacional (GTO), equipe destinada a fazer a segurança na unidade, negou a ocorrência de qualquer crime nas dependências ou mesmo no estacionamento da FDR.