Tópicos | Sem regras

São muitas as opções de baladas para os jovens hoje em dia. A tradição da vida boêmia vem de longe, mas, atualmente, a duração das festas chama a atenção. As famosas "raves" chegam a durar até 24h. Todos os dias há opções para todos os gostos. Com tempo esticado, aumenta também o consumo de bebidas, a alimentação é cada vez menos adequada e ainda existem outros fatores prejudiciais, como o cigarro. O que parece uma vida cheia de emoções, pode ser também um grande risco de problemas de saúde, muitas vezes, de forma precoce.

Até mesmo a aparência, tão valorizada nesta fase da vida, pode ser comprometida. Veja abaixo cinco fatores de envelhecimento antes da hora, causados pelo excesso de álcool, tabaco e noites mal dormidas:

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1. Olheiras e bolsas sob os olhos

O primeiro sinal de uma noite mal dormida aparece no rosto. Normalmente, ficam mais evidentes olheiras e bolsas palpebrais. Se essa rotina se repete com alguma regularidade, os efeitos não costumam desaparecer com facilidade – nem quando a pessoa dorme além da conta para compensar. Um estudo da universidade norte-americana Johns Hopkins revela que os fumantes têm uma tendência quatro vezes maior de se sentirem cansados mesmo após terem dormido a noite inteira. Se, além de não dormir bem e fumar, a pessoa também costuma ingerir álcool regularmente, o inchaço poderá ser percebido não apenas nos olhos, mas no rosto todo. Por isso, além de evitar uma vida de excessos, os jovens devem dormir pelo menos sete horas por noite se quiserem evitar o envelhecimento precoce

2. Pele sem brilho e ressecada

O álcool desidrata o organismo, tendo efeito altamente prejudicial sobre o maior órgão do corpo humano: a pele. Com o tempo, ele priva a pele de nutrientes e vitaminas (principalmente a vitamina C) – acelerando o processo de envelhecimento. Já com relação ao fumo, existe até uma expressão para descrever o conjunto de características faciais que incluem rugas, sulcos, falta de brilho e tonalidade acinzentada da pele: ‘rosto de fumante’. O monóxido de carbono presente na fumaça do cigarro atua na redução do fluxo sanguíneo, deixando a pele seca e descolorida

3. Manchas e marcas na pele

O cigarro faz com que manifestações de doenças autoimunes, como a psoríase e a dermatite atópica, ocorram com mais frequência, fazendo com que manchas e marcas estejam cada vez mais presentes e visíveis na pele das pessoas. Isso acaba constrangendo em alguma medida, limitando o uso de saias, bermudas e braços à mostra. Até mesmo as estrias são mais visíveis em pacientes fumantes. Já quem sofre de rosácea e ingere álcool em grandes quantidades costuma ter crises mais frequentes da doença, desencadeando o surgimento de manchas avermelhadas na região central do rosto

4.  Rugas e pés-de-galinha

Jovens fumantes, principalmente aquelas que também fazem uso de álcool e contraceptivos orais, costumam ter a aparência envelhecida antes de suas colegas que levam uma vida saudável. Enquanto, aos 80 anos, as pessoas trazem ‘rugas de sabedoria’, as moças nessas condições demonstram não serem regidas pela sabedoria. O fumo acelera o envelhecimento, prejudicando o suprimento de sangue que mantém o tônus da pele e fazendo com que a menina pareça mais velha que suas amigas não-fumantes da mesma idade. Mas esse quadro pode piorar se a paciente estiver acostumada a virar noites em claro, dormindo menos do que o necessário. A falta de sono, assim como o estresse, leva o corpo a produzir um hormônio chamado cortisol que eleva os níveis de açúcar no sangue. Além dos evidentes danos à saúde – principalmente ao coração – também pode acelerar o processo de envelhecimento, comprometendo o colágeno responsável por uma pele firme e sem rugas

5. Recuperação pós-cirúrgica mais lenta e problemática

A nicotina causa vasoconstrição, que é o estreitamento dos vasos sanguíneos, limitando o fluxo de sangue rico em oxigênio para pequenos vasos no rosto e no corpo. Isso sinaliza que o tempo de cicatrização de um fumante é sempre maior do que o de um não-fumante. Por isso, além de normalmente necessitar recorrer a técnicas de cirurgia plástica antes dos demais, o fumante enfrentará mais problemas na cicatrização. Até mesmo cirurgias odontológicas e procedimentos periodontais acabam impondo mais sofrimento a esses pacientes. O quadro, certamente, será ainda pior se agravado pelo álcool e pela falta recorrente de sono. Os fumantes têm doze vezes mais chances de apresentar complicações em procedimentos cirúrgicos do que os não-fumantes. Por isso, quando o paciente não consegue parar definitivamente de fumar, cortar o cigarro um mês antes da cirurgia e um mês depois contribui ao menos para evitar problemas relacionados a anestesia, trombose e embolias

 

Fonte: Dr. Vitorio Maddarena Junior (CRM 64.301), cirurgião plástico, diretor da Clínica Maddarena (SP), e membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) – www.clinicamaddarena.com.br

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