O Grêmio venceu o Internacional por 2 a 1 neste domingo, no Olímpico, evitou a queda para a zona de rebaixamento e avançou uma posição na classificação do Campeonato Brasileiro. O time tricolor encerra a rodada em 15.º lugar, com 21 pontos, mas ainda está em situação vulnerável, já que pode cair para o grupo dos quatro últimos se

perder para o Corinthians na próxima quarta-feira, em São Paulo.

Já o Internacional permanece com 27 pontos, dez atrás do líder Corinthians, e precisa fazer campanha de recuperação no segundo turno para entrar na briga pelo título.

Durante todo o primeiro tempo, o Grêmio foi um time mais decidido a buscar a vitória, talvez porque estivesse ameaçado de cair para a zona de rebaixamento em caso de derrota. Os zagueiros e um volante da equipe se encarregavam de marcar Oscar e Leandro Damião de perto, impedindo que as estrelas do adversário tivessem qualquer espaço para jogar, enquanto os laterais Mário Fernandes e Júlio César surpreendiam surgindo alternadamente no ataque. Em um desses movimentos, Júlio César inverteu a jogada da esquerda para a direita, Douglas dominou, esperou a passagem de Mario Fernandes, que recebeu, entrou na área e passou a bola para Marquinhos abrir o placar, aos 16 minutos.

Na mesma etapa, o Grêmio criou outras três chances para marcar. Na primeira, Muriel defendeu chute de André Lima. Na segunda, Tinga desvio chute de Fernando. Na terceira, Júlio Cesar chutou para fora. O Internacional aproveitou a única oportunidade que teve. Aos 26 minutos, Oscar cobrou falta e Índio surgiu atrás dos zagueiros para, de peixinho, empatar o jogo e comemorar seu sexto gol em 17 Gre-Nais.

A primeira metade do segundo tempo foi disputada em ritmo mais lento, com poucas jogadas de ataque. O Internacional chegou a rondar a área tricolor por três vezes, mas o goleiro Victor estava atendo e defendeu as conclusões de Jô, Leandro Damião e Oscar. Aos 32 minutos, Escudero ia passando entre dois defensores do Internacional quando foi barrado por Índio, dentro da área. Douglas cobrou o pênalti e definiu o placar.

O time colorado não conseguiu reagir, o Grêmio se entusiasmou e seguiu atacando. Aos 41 minutos, Fernando poderia ter ampliado, mas o chute desviou na zaga e saiu para fora.

FICHA TÉCNICA:

Grêmio 2 X 1 Internacional

Grêmio - Victor; Mário Fernandes, Vilson, Saimon e Julio Cesar; Fábio Rochemback, Fernando, Marquinhos (Leandro) e Douglas; Escudero (Willian Magrão) e André Lima. Técnico: Celso Roth.

Internacional - Muriel; Glaydson, Bolívar, Índio e Kleber (Juan); Elton, Tinga (Ilsinho), Andrezinho e Oscar; Dellatorre (Jô) e Leandro Damião. Técnico: Dorival Júnior.

Gols - Marquinhos, aos 16, e Índio, aos 26 minutos do primeiro tempo; Douglas, aos 34 minutos do segundo.

Árbitro - Marcelo de Lima Henrique (RJ).

Cartões amarelos - Mário Fernandes, Fábio Rochemback, Bolívar, Índio, Elton, Dellatorre e Jô.

Público e renda: não disponíveis.

Local - Estádio Olímpico, em Porto Alegre (RS).

O Corinthians empatou com o Atlético Paranaense por 1 a 1, neste domingo, na Arena da Baixada, em Curitiba. Com o resultado, o time alvinegro chegou aos 32 pontos no Campeonato Brasileiro e perdeu a liderança da competição, que agora é do Flamengo, com 33, depois da vitória sobre o Coritiba no último sábado. Já a equipe rubro-negra, por sua vez, permaneceu na penúltima colocação, com 12 pontos. Cléber Santana marcou o gol paranaense e Alex fez o gol do agora vice-líder.

O jogo marcou a estreia do goleiro Danilo Fernandes, de 23 anos, no Corinthians, depois de o técnico Tite barrar Renan por conta de falhas cometidas nos jogos contra Cruzeiro, Avaí e América-MG Pouco antes do início da partida, o treinador também foi obrigado a mudar a escalação corintiana, em virtude de dores sentidas pelo atacante Emerson. No seu lugar, entrou o meia Alex e a mudança fez com que Jorge Henrique formasse dupla de ataque com Willian.

A primeira etapa da partida foi bastante disputada, com as duas equipes se alternando em jogadas perigosas de gol. O primeiro lance mais intenso foi do Corinthians, aos 3 minutos, justamente com um chute forte do meia Alex, que bateu na rede pelo lado de fora. O troco do Atlético veio quatro minutos depois, com uma cobrança de falta do lateral Edílson, que chutou forte, fazendo com que a bola passasse raspando a trave de Danilo Fernandes.

A partir dos 11 minutos, o Corinthians começou a atacar mais do que o Atlético e quase abriu o marcador depois de seguidas oportunidades de gol. Aos 11, após cruzamento de Alex, Danilo cabeceou a bola, defendida com firmeza pelo goleiro atleticano Renan Rocha. Aos 16, o mesmo Danilo arriscou chute forte de fora da área, para difícil defesa do goleiro rival. Aos 20, a chance mais clara se originou de uma falha da zaga do Atlético. A bola sobrou na pequena área para atacante Willian, que, na frente do goleiro rival, chutou a bola para cima.

Aos 34 minutos, o jogador corintiano Welder puxou Madson na entrada da grande área e o árbitro alagoano Francisco Carlos Nascimento marcou pênalti para o Atlético. A cobrança foi do volante Cléber Santana, que chutou forte, no meio do gol, sem chances para o estreante goleiro rival.

Aos 42 minutos, o Atlético perdeu uma chance incrível com o atacante Morro García. Depois de bom passe do meia Marcinho, o uruguaio chutou para fora, mesmo estando na frente do goleiro corintiano, na cara do gol. Aos 46, o Corinthians ainda teve uma importante oportunidade em cobrança de falta de Alex, que chutou forte, para difícil defesa de Renan Rocha.

As duas equipes voltaram com mudanças para o segundo tempo. No Atlético, o técnico Renato Gaúcho trocou Morro García por Branquinho. No Corinthians, Welder e Jorge Henrique deram lugar a Edenílson e Emerson, respectivamente.

Logo com 1 minuto de jogo, o árbitro marcou pênalti para o Corinthians, depois de Cléber Santana derrubar o volante Paulinho na pequena área. Com categoria, aos 2 minutos, Alex mandou a bola para o fundo das redes, empatando a partida: 1 a 1

O gol obrigou o Atlético a atacar mais, mas o Corinthians jogava melhor. Aos 20 minutos, depois de chute forte de Danilo, a bola explodiu na trave, para alívio dos paranaenses. Aos 23, o meia arriscou outro chute perigoso e Renan Rocha espalmou a bola para o lado.

O jogo continuou bastante disputado, mas sem as mesmas jogadas perigosas do primeiro tempo. Mesmo empurrado pela torcida, o Atlético não conseguiu fazer valer o mando de campo por causa da dificuldade da equipe converter as jogadas em boas oportunidades de gol.

O próximo compromisso do Corinthians no Brasileirão será nesta quarta-feira, na Vila Belmiro, contra o Santos, em partida adiada da quinta rodada, quando a equipe praiana ainda disputava a Copa Libertadores da América. O Atlético volta a campo pelo campeonato nacional apenas no próximo sábado, no estádio do Morumbi, onde enfrentará o São Paulo, pela 16.ª rodada. Antes, a equipe de Curitiba terá compromisso pela Copa Sul-Americana, na quarta, no Engenhão, onde enfrentará o Flamengo, pelo jogo de ida da fase nacional da competição.

Ficha técnica

Atlético-PR 1 x 1 Corinthians

Atlético-PR - Renan Rocha; Edílson, Manoel, Fabrício e Paulinho; Deivid (Wendel Santos), Cléber Santana, Kléberson e Marcinho (Rodriguinho); Madson e Morro García (Branquinho). Técnico: Renato Gaúcho.

Corinthians - Danilo Fernandes; Welder (Edenílson), Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Danilo e Alex; Willian (Elias Oliveira) e Jorge Henrique (Emerson). Técnico: Tite.

Gols - Cléber Santana (pênalti), aos 35 minutos do primeiro tempo; Alex (pênalti), aos 2 minutos do segundo tempo.

Cartões amarelos - Madson, Cléber Santana e Kléberson (Atlético-PR); Welder, Jorge Henrique, Paulinho, Chicão e Ralf (Corinthians).

Árbitro - Francisco Carlos Nascimento (AL).

Renda - Não disponível.

Público - 25.335 no total.

Local - Arena da Baixada, em Curitiba (PR).

Sem Neymar e em mais uma atuação decepcionante de Ganso, o Santos criou pouco. Só que a zaga, muito mal nos últimos jogos, desta vez não falhou. Isso foi suficiente para que a equipe santista vencesse o Ceará por 1 a 0, na tarde deste domingo, no Pacaembu, e pusesse fim à série de três derrotas consecutivas no Brasileirão. Também conseguiu quebrar um jejum: há mais de um mês o Santos não deixava o campo sem tomar gol numa partida.

A vitória faz o Santos deixar momentaneamente a zona de rebaixamento, com 14 pontos, um a mais que Avaí e Atlético-GO, que ainda jogam neste domingo e podem recolocar o time paulista entre os quatro últimos, apesar dos três jogos a menos que a maioria dos adversários. O Ceará tem 18 pontos e está em 12.º.

Na quarta-feira, às 21h50, o Santos enfrenta o Corinthians, em jogo adiado da quinta rodada, na Vila Belmiro. No sábado, terá pela frente o Atlético-GO, no Serra Dourada. Já o Ceará, na quarta, enfrenta o São Paulo, mas pela Copa Sul-Americana, às 19h30, no Presidente Vargas. Pelo Brasileirão, pega o Corinthians, domingo, novamente no Pacaembu.

O JOGO - Com os desfalques de Léo (suspenso pelo terceiro amarelo) e Danilo (na seleção sub-20), e já sem Jonathan e Alex Sandro, vendidos, Muricy Ramalho tinha problemas em armar as laterais do Santos. Surpreendeu ao optar por Pará na esquerda e o jovem Leandro Silva pela direita. O garoto de 22 anos, contratado há menos de um mês, está em período de experiência na Vila Belmiro. E, pelo jeito, não agradou.

Depois de 27 minutos de domínio do Ceará, Muricy resolveu queimar Leandro Silva (que já tinha amarelo) e colocar em campo o atacante Diogo. Deslocou Henrique para a lateral e deixou o time com dois homens de frente. A modificação deu certo. Tanto que só deu Santos no restante do primeiro tempo.

Aos 32 minutos, Elano tabelou com Arouca, que chutou cruzado. Diego espalmou para o meio da área e o oportunista Borges marcou no rebote o seu oitavo gol no Brasileirão. Em jogada parecida, aos 39, novamente a bola foi de Elano para Arouca, mas desta vez o volante cruzou. Ganso, sozinho na pequena área, com o gol vazio, conseguiu a façanha de mandar por cima.

Na segunda etapa, Elano, o melhor jogador do Santos, seguiu em destaque. Aos 7 minutos, Pará fez ótima jogada pela esquerda, peladou sobre o marcador e cruzou na medida para Diogo, que ajeitou para Elano bater de primeira. Diego fez ótima defesa, no reflexo.

A vontade de o Santos fazer o segundo não durou mais que dez minutos. Satisfeito com o 1 a 0 sobre o Ceará, em casa, o campeão continental recuou - a ponto de Borges dar lugar ao zagueiro Bruno Aguiar -, chamou os visitantes, mas segurou a vitória magra.

FICHA TÉCNICA:

Santos 1 x 0 Ceará

Santos - Rafael; Leandro Silva (Diogo), Durval, Edu Dracena e Pará; Henrique, Ibson (Adriano), Elano, Arouca e Paulo Henrique Ganso; Borges (Bruno Aguiar). Técnico - Muricy Ramalho.

Ceará - Diego; Boiadeiro (Felipe Azevedo), Fabrício, Anderson Luís e Egídio; Michel, Heleno, Rudnei e Thiago Humberto (Enrico); Osvaldo e Roger (Washington). Técnico - Vagner Mancini.

Gol - Borges, aos 32 minutos do primeiro tempo.

Árbitro - Fabrício Neves Correa (RS).

Cartões amarelos - Henrique, Leandro Silva, Heleno e Rudnei.

Renda - Não disponível.

Público - 10.105 pagantes.

Local - Estádio do Pacaembu, em São Paulo.