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O candidato do PRB à Prefeitura de São Paulo, Celso Russomanno, acusou na manhã desta terça-feira (27) a concorrente Marta Suplicy (PMDB) de "cooptar", mediante pagamento em dinheiro, dois ex-funcionários de seu restaurante em Brasília para que fizessem denúncias contra ele. Russomanno disse que vai acionar a candidata na esfera eleitoral e criminal.

"A candidata Marta, através de sua assessoria, foi atrás dos funcionários do Bar do Alemão cooptando e oferecendo vantagens em dinheiro para que fizessem declarações a meu respeito", acusou Russomanno após um café da manhã com filiados do Sindicato das empresas de transportes de cargas de São Paulo e região (Setcesp).

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Os depoimentos de dois ex-funcionários foram exibidos no programa da candidata do PMDB no horário eleitoral de rádio e TV. Eles afirmam que Russomanno não pagou o que era devido após o fechamento de seu restaurante em Brasília. "Se eu tinha 70 funcionários e fui alvo de ação trabalhista, isso é comum. Quero ver qual é o empresário deste País que não tem uma ação trabalhista. Mas condenação não tenho nenhuma", disse Russomanno. O candidato do PRB mostrou a jornalistas uma pilha de cópias de rescisões de funcionários que trabalhavam no seu restaurante.

Segundo o candidato, todos receberam o que foi devido. "Os poucos que entraram na Justiça, se quiserem fazer o acordo, o dinheiro está depositado. Mas se quiserem esperar a decisão judicial, tudo bem. A história vai mostrar que não vou ficar devendo nada para ninguém", disse. "Não tenho uma condenação no Bar do Alemão e nunca fiquei devendo a ninguém", completou.

Russomanno classificou a atitude de Marta como "coisa baixa" e "sujeira". "Isso é tentar ganhar a eleição no tapetão. Quer chegar ao segundo turno? Seja competente. Não faça esse tipo de coisa. Não é correto. Não se ganha uma eleição com esse tipo de sujeira e coisa baixa."

Procurada pela reportagem, a assessoria de Marta não havia respondeu à acusação até o fechamento dessa matéria.

Divulgada nesta sexta-feira (29) a nova edição da pesquisa Ibope de intenções de votos para a Prefeitura de São Paulo aponta o deputado Celso Russomanno (PRB) na liderança, com 29%. Russomanno já liderava a pesquisa anterior. Os quatro candidatos mais próximos dele continuam empatados dentro da margem de erro de quatro pontos porcentuais: Marta Suplicy (PMDB), com 10%, deputada Luiza Erundina (PSOL) com 8%, o prefeito e candidato à reeleição, Fernando Haddad (PT), com 7%, e o empresário João Doria (PSDB) com 7%. Brancos e nulos somam 18% e 4% não responderam.

Na pesquisa espontânea, os números são: Russomanno 10%, Haddad 5%, Doria 3%, Marta 2% e Erundina 2%. Brancos e nulos seriam 27% e 4% não responderam.

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Russomanno ganharia de todos os adversários em um eventual segundo turno. A disputa mais acirrada seria com Marta (52% a 27%) e Erundina (54% a 25%). Contra Haddad, o candidato do PRB venceria por 59% a 17%, e com Doria a disputa ficaria em 57% a 17%.

Em um cenário sem Russomanno, Marta tomaria a dianteira com 18%, seguida de Erundina (12%), Haddad (9%) e Doria (8%).

Rejeição

O prefeito Fernando Haddad é o candidato com maior índice de rejeição, de 43%, seguido por Marta, com 36%. Erundina tem 28%, Russomanno registra 17%, e Doria, 13%.

A pesquisa contratada pelo Setcesp - Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas de São Paulo e Região - ouviu 602 pessoas entre os dias 23 a 26 de agosto. A margem de erro é de quatro pontos percentuais e o grau de confiança é de 95%.

A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral com número SP-07058/2016. Os números desta sexta mostram um avanço, dentro da margem de erro, do candidato Celso Russomanno em comparação com a aferição feita pelo mesmo instituto divulgada no dia 21 de junho, enquanto os demais candidatos registraram índices semelhantes.

Na pesquisa anterior, Russomanno aparecia como líder na disputa pela Prefeitura de São Paulo com 26% das intenções de voto. O segundo lugar estava indefinido. Numericamente à frente aparecia a senadora Marta Suplicy, com 10%, seguida de perto pela deputada Luiza Erundina, com 8%. Ambas foram prefeitas de São Paulo pelo PT.

O prefeito Fernando Haddad estava com 7%. O empresário João Doria foi mencionado por 6% dos entrevistados e estava na frente do vereador Andrea Matarazzo (PSD), com 4%. O deputado federal Pastor Feliciano (PSC) apresentava o mesmo porcentual de Matarazzo: 4%. Já os deputado Major Olímpio (SD) e Roberto Tripoli (PV) acumularam 2% cada.

Na pergunta espontânea, em que os entrevistados são questionados sobre intenção de voto sem a apresentação dos nomes dos possíveis candidatos, pouco mais da metade (54%) declarou não saber em quem vai votar.

Haddad já era o líder no quesito rejeição: 46% não votariam nele de jeito nenhum. Marta era a segunda mais rejeitada, com 42%; Feliciano, 31%; Erundina, 29%. Já Russomanno era rejeitado por 22%.

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