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Com o clima mais favorável e o alívio das correntes oceânicas, mergulhadores conseguiram recuperar nesta segunda-feira mais 12 corpos de passageiros do ferry naufragado Sewol na Coreia do Sul, elevando o número de mortes para 260, com 42 pessoas ainda desaparecidas.

Investigadores também fizeram suas primeiras prisões formais de pessoas que não estavam a bordo do Sewol quando o ferry afundou, em 16 de abril. Três funcionários são suspeitos de negligência no manejo de cargas a bordo do navio.

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Até domingo, 1,1 milhão de pessoas tinham prestado tributo em 131 altares fúnebres em todo o país, de acordo com um comitê governamental de apoio funeral criado para as vítimas do naufrágio. O ferry Sewol transportava 476 pessoas, a maioria estudantes de uma única escola. Somente 174 sobreviveram, incluindo 22 dos 29 membros da tripulação.

Na busca por desaparecidos, mergulhadores abrem caminho para chegar aos últimos três quartos não abertos, ao lado de um bar de lanches no terceiro andar do barco, disse um porta-voz da força-tarefa de emergência, Ko Myung-seok, a jornalistas. Ko havia dito anteriormente que a equipe de buscas não espera encontrar muitos corpos nesses quartos porque eles não foram designados aos estudantes do ensino médio que compunham a maioria dos passageiros. Os mergulhadores vão revisitar áreas investigadas anteriormente e verificar outras áreas, tais como os banheiros de cada andar, à procura de mais vítimas. Escuridão, detritos flutuantes e o labirinto de corredores e cabines a bordo dificultam a busca.

Enquanto isso, a equipe conjunta de investigação sobre a causa do naufrágio prendeu funcionários da empresa proprietária da balsa Chonghaejin Marine, sob suspeita de negligência. O procurador Yang Jung-jin disse que três funcionários que manejavam carga foram presos na sexta-feira e no domingo, enquanto um executivo da empresa foi detido. Ao todo, 19 pessoas foram presas por envolvimento com o incidente, 15 delas membros da tripulação acusados de abandonar passageiros. Um executivo com laços com a Chonghaejin foi preso por suspeita de negligência relacionada às finanças da empresa.

Suspeita-se que os motivos do naufrágio sejam estiva inadequada e excesso de carga. O barco transportava cerca de 3.608 toneladas de carga, mais de três vezes o que poderia transportar com segurança. Um ferry com peso excessivo poderia perder seu equilíbrio fazendo até mesmo uma pequena curva. Fonte: Associated Press.

O número de mortes causadas pelo naufrágio do navio Sewol há uma semana chegou a 156 nesta quarta-feira. Familiares das quase 150 pessoas que ainda estão desaparecidas pressionaram o governo hoje para concluir a tarefa de busca pelos corpos rapidamente. Contudo, o trabalho estava chegando a uma nova e mais complicada fase. Autoridades sul-coreanas disseram que os mergulhadores precisam agora destruir paredes de cabines para recuperar outros corpos.

Nos bastidores, aparece uma questão sensível: quando levar os guindastes e iniciar o esforço de recuperação, cortando e levantando o navio submerso. O governo já avisou que o trabalho pode eliminar bolsões de ar que poderiam estar mantendo vivos sobreviventes, mas para alguns parentes essa é uma esperança há muito perdida. "Agora, acho que temos que lidar com isso de forma realista", disse Pyun Yong-gi, cuja filha de 17 anos está entre os desaparecidos. "Nós não queremos que os corpos se deteriorem ainda mais, por isso queremos eles os retirem o mais rápido que puderem" disse Pyun na ilha de Jindo, onde os corpos recuperados são levados para as famílias identificarem. Esta opinião, no entanto, não é compartilhada entre todos os parentes dos desaparecidos.

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O número de corpos recuperados aumentou consideravelmente desde o fim de semana, quando os mergulhadores que lutavam contra fortes correntes e baixa visibilidade conseguiram finalmente entrar no navio submerso. Mas Koh Myung-seok, porta-voz da força-tarefa de emergência do governo, disse que o trabalho está ficando mais difícil e mergulhadores devem agora romper paredes da cabine.

O governo não informou quando pretende começar o esforço de recuperação do navio, mas apontou que terá consideração com as famílias dos desaparecidos. "Mesmo se houver apenas um sobrevivente, nosso governo fará o seu melhor para resgatar essa pessoa e então iremos recuperar o navio."

Vinte e dois dos 29 membros da tripulação do navio sobreviveram e 11, incluindo o capitão Lee Joon-seok, foram presos ou detidos. Dois dos integrantes da tripulação foram presos hoje, segundo o procurador sênior Ahn Sang-don. Ahn disse que uma análise de fotos e vídeo do navio antes do naufrágio mostrou que o capitão e outros membros da tripulação presos não cumpriram o seu dever de resgatar passageiros. Ahn disse que eles estavam na sala de comando ou na sala de motores antes de abandonar o Sewol mais rápido do que os passageiros.

Não foi um tripulante, mas um passageiro quem primeiro alertou as autoridades de que o barco estava em perigo, confirmou a Guarda Costeira nesta quarta-feira. Um telefonema de emergência foi feito às 8h52 da quarta-feira passada (horário local) para o Corpo de Bombeiros Jeonnam 119, que transferiu a ligação para o escritório da Guarda Costeira de Mokpo, afirmou o órgão em comunicado enviado por e-mail. O comando do ferry mandou o primeiro alerta três minutos depois.

A agência de notícias Yonhap relatou que a pessoa que telefonou foi um estudante de uma escola de ensino médio de Ansan, perto de Seoul. Ele ainda está desaparecido. Estavam na embarcação 323 estudantes dessa mesma escola. A causa da tragédia ainda é desconhecida. Ahn disse que investigadores avaliam fatores como vento, correntes oceânicas, frete, modificações feitas ao navio e o fato de que ele virou pouco antes de naufragar. Fonte: Associated Press.

O número de mortes confirmadas no naufrágio ocorrido na quarta-feira na costa sul da Coreia do Sul chegou a 113, disseram autoridades locais. Cerca de 190 pessoas seguem desaparecidas.

A maioria das vítimas é de alunos de uma mesma escola em Ansan, perto de Seul. Dos 323 estudantes a bordo do ferry Sewol, mais de três quartos morreram ou desapareceram, enquanto quase dois terços das outras 153 pessoas a bordo sobreviveram. O número de corpos retirados do mar aumentou desde o fim de semana, quando mergulhadores que lutavam contra fortes correntes e baixa visibilidade conseguiram finalmente entrar no navio naufragado.

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O porta-voz da força-tarefa de emergência Koh Myung-seok disse que os corpos foram encontrados principalmente no terceiro e quarto andares do ferry, onde muitos passageiros pareciam estar reunidos. Muitos estudantes estavam em cabines no quarto andar, perto da popa do navio, disse Koh. Os corpos estão sendo identificados visualmente, mas membros da família ofereceram amostras de DNA caso a decomposição torne o processo impossível.

Vinte e dois dos 29 membros da tripulação do navio sobreviveram. Nove deles foram presos ou detidos por causa da investigação. O capitão, Lee Joon-seok, e dois membros da tripulação foram presos no sábado por suspeita de negligência e abandono de pessoas em necessidade. O procurador Yang Jung-jin disse que um tribunal emitiu mandados de prisão nesta terça-feira para outros quatro tripulantes que autoridades haviam detido um dia antes. Dois outros tripulantes foram detidos hoje.

Quatro dos tripulantes detidos conversaram com jornalistas após uma audiência no tribunal, com os rostos escondidos sobre bonés, moletons com capuz e máscaras. Um deles disse que tentou corrigir o problema no barco no início, mas "vários dispositivos não funcionaram. Então, nós informamos a situação de perigo, de acordo com o julgamento do capitão, e tentamos lançar os botes salva-vidas, mas a embarcação estava muito inclinada e nós não poderíamos chegar". O capitão disse que esperou para emitir uma ordem de evacuação porque a corrente estava forte, a água estava fria e os passageiros poderiam ter se afastado antes de a ajuda chegar. Mas especialistas marítimos disseram que ele poderia ter ordenado aos passageiros que fossem ao convés - onde eles teriam uma chance maior de sobrevivência - sem lhes dizer para abandonar o navio.

A causa do desastre ainda não é conhecida. O promotor sênior Ahn Sang-don disse que os investigadores estão considerando fatores como vento, correntes oceânicas, frete, modificações feitas no navio e o fato de que ele havia virado pouco antes de começar a naufragar. Segundo ele, as autoridades vão realizar uma simulação e obter opiniões de especialistas. Fonte: Associated Press.

Subiu para seis o número de mortes em naufrágio de um navio na costa sul da Coreia do Sul. Ao todo, 55 pessoas ficaram feridas. Das 475 pessoas que estavam a bordo, 290 seguem desaparecidas. Na madrugada de quinta-feira (horário local), mergulhadores, helicópteros e barcos davam continuidade às buscas por sobreviventes. O ferry virou até apenas a ponta da quilha ficar visível. O grande número de pessoas desaparecidas - possivelmente presas no navio ou à deriva no mar - despertou temores de que o número de mortes pode aumentar.

O motivo do acidente ainda estava sendo investigado. A Guarda Costeira estava interrogando o capitão e os tripulantes. O Sewol, uma embarcação de 146 metros com capacidade para transportar mais de 900 pessoas, partiu na terça-feira de Incheon, no noroeste da Coreia do Sul, em uma viagem de 14 horas até a ilha turístrica de Jeju. Por volta das 9h de quarta-feira (horário local), quando estava a três horas de Jeju, o ferry mandou uma mensagem de alerta depois que começou a pender para um lado, de acordo com o Ministério da Segurança e Administração Pública sul-coreano.

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Dezenas de integrantes da Guarda Costeira e mergulhadores da Marinha procuravam sobreviventes em torno do local do acidente, a 470 quilômetros de Seoul. O porta-voz da Guarda Costeira Cho Man-yong disse que 16 mergulhadores tentaram sem sucesso entrar no ferry tombado na noite de quarta-feira porque a corrente estava muito forte. A água estava escura e a visibilidade ruim, afirmou, acrescentando que os mergulhadores tentariam outra vez na manhã de quinta-feira.

"Não podemos desistir", disse o presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, depois de um relatório sobre as buscas apresentado em Seoul. "Temos que fazer o máximo possível para resgatar nem que seja apenas um passageiro."

O porta-voz da Casa Branca Jay Carney disse que os Estados Unidos e sua 7ª Frota estavam prontos para ajudar, inclusive com o envio do navio USS Bonhomme Richard, que se encontra na região. O último desastre com um ferry na Coreia do Sul ocorreu em 1993, quando 292 pessoas morreram. Fonte: Associated Press.

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