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Os fortes temporais que atingem São Sebastião, litoral norte de São Paulo, fizeram a Defesa Civil municipal acionar na noite da quarta-feira, 24, a sirene de evacuação para a comunidade Vila Sahy, na costa sul da cidade. De acordo com o órgão, as pessoas que vivem no local devem sair de suas casas em razão do risco de deslizamento e inundação na região.

Autoridades sinalizaram na quarta que o acumulado das chuvas nas 72 horas seguintes pode chegar a 150 mm - nas últimas 72 horas, o registrado foi de 100 mm.

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Foi o primeiro alerta do tipo emitido em São Sebastião, que há menos de um ano, no feriado de Carnaval, sofreu com os estragos provocados por um temporal de força extrema - 626 mm (um milímetro de chuva equivale a um litro de água por metro quadrado).

Na ocasião, 64 pessoas que estavam na cidade durante os temporais morreram. Muitas ficaram desabrigadas e outras ainda ficaram desaparecidas, embaixo dos escombros das casas levadas pelos deslizamentos de terra.

A Vila Sahy, a mesma a receber o alerta de evacuação nesta quarta, foi uma das áreas mais afetadas pelos temporais daquela época.

"Risco alto de deslizamento e inundação. Existe probabilidade muito alta de ocorrência do fenômeno alertado e com potencial para causar grande impacto na população", alertou a Defesa Civil de São Sebastião nas redes sociais sobre as chuvas previstas que devem atingir o município nas próximas horas.

Moradores da cidade registraram o momento em que a sirene de evacuação foi acionada, por volta das 20 horas. As pessoas estão sendo orientadas a se instalarem na Escola Municipal Henrique Tavares de Jesus, ponto de abrigo definido pela Defesa Civil localizado na Avenida Adelino Tavares, 301. O alerta vale para moradores da Vila Sahy, e não para toda a população da cidade.

A Defesa Civil do Estado emitiu um alerta na noite desta quarta para fortes chuvas que devem atingir o litoral de São Paulo entre quinta, 25, e sábado, 27. O órgão destaca as regiões da Baixada Santista, Vale do Ribeira e Litoral Norte como principais pontos que podem ser atingidos pelas precipitações.

"Na Baixada Santista, a chuva acumulada nos três dias pode chegar a 220 mm. No Vale do Ribeira, os registros devem ser de até 180mm. No Litoral Norte, os acumulados podem atingir 150 mm. Já outras regiões da faixa do leste do estado terão possibilidade de chuva moderada, com acumulados que variam entre 60 mm a 100 mm.", informou a Defesa Civil.

Os temporais serão formados em decorrência da atuação de áreas instabilidade atmosférica que trarão umidade do oceano, o que cria condição para pancadas de chuva. As previsões para São Paulo e Região Metropolitana, Vale do Ribeira e interior do Estado também são de temporais, mas com acumulados que devem variar de 60mm e 100mm.

"Com a previsão de grandes volumes acumulados no final de semana, especialmente no Litoral Paulista, a Defesa Civil do Estado recomenda atenção redobrada em áreas urbanas mais vulneráveis. Devido ao encharcamento do solo, haverá risco de deslizamentos, desabamentos, alagamentos, enchentes e ocorrências relacionadas a descargas elétricas e vento forte", destacou o órgão.

Várias explosões foram ouvidas nesta segunda-feira (29) no centro de Kiev, pouco depois do acionamento das sirenes antiaérea na capital da Ucrânia.

"Explosões na cidade, em bairros do centro", escreveu no Telegram o prefeito de Kiev, Vitali Klitschko. "A defesa antiaérea está em ação", afirmou a administração militar da cidade.

"O ataque contra Kiev continua", declarou alguns minutos mais tarde o prefeito, que pediu aos moradores da cidade que permaneçam nos abrigos antiaéreos.

Klitschko disse que os serviços de emergência estão trabalhando para apagar o incêndio provocado pelos destroços de um foguete no distrito de Obolonskii, na zona norte da cidade.

Kiev permaneceu relativamente à margem dos ataques desde o início do ano, mas nas últimas semanas foi alvo de bombardeios quase todas as noites.

Poucas horas antes, o comandante do exército ucraniano, Valeri Zaluzhni, anunciou que o país interceptou 37 mísseis de cruzeiro e 29 drones de combate russos durante uma nova série de ataques noturnos.

"Durante a noite noite, os ocupantes atacaram instalações militares e infraestruturas essenciais. Eles lançaram quase 40 mísseis de cruzeiro 35 drones, a partir do norte e do sul", afirmou no Telegram. De todos os projéteis, 37 mísseis e 2 drones foram derrubados, destacou o comandante militar.

Um bombardeio russo atingiu uma instalação militar na região ucraniana de Khmelnitski, oeste do país, informaram as autoridades locais.

Com um histórico de deslizamentos, inundações e outros eventos geológicos de diversas gravidades, Petrópolis (RJ) mantém um conjunto de 20 sirenes de alerta e evacuação restrito a dois dos cinco distritos. A maioria dos equipamentos, 18, está concentrada no 1º Distrito (chamado Petrópolis), que concentra 55% (15.240 ao todo) das moradias de alto e muito alto risco da cidade e, de acordo com as informações iniciais, a mais afetada pelas chuvas intensas de terça-feira (15) que deixaram mais de uma centena de mortos.

O 1º Distrito engloba o centro da cidade e 15 bairros e comunidades, como Alto da Serra (onde fica o Morro da Oficina, um dos locais mais afetados), Caxambu, Floresta e Valparaíso, dentre outros. As outras duas sirenes ficam no no 3º Distrito (Itaipava), mas são exclusivamente voltadas a inundações, por estarem na região do Vale do Cuiabá. A área foi uma das mais afetadas nas chuvas de 2011, que deixaram mais de 70 mortos na cidade.

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Itaipava tem 3.312 moradias em áreas de alto e muito alto risco, de acordo com o Plano Municipal de Redução de Risco, divulgado pela prefeitura em 2017 e feito pela empresa Theopratique. Sem nenhum tipo de equipamento de alerta sonoro local, os Distritos de Cascatinha (2º), Pedro do Rio (4º) e Posse (5º) têm, respectivamente, 5.762, 1.723 e 1.667 habitações em áreas de alto e muito alto risco, das quais 1.985 deveriam ter as famílias reassentadas para novos endereços.

No site da Defesa Civil municipal, é descrito que as "sirenes são a melhor ferramenta de prevenção a curto prazo que o município possui, já que possibilitam que moradores de áreas de risco sejam avisados com rapidez sobre a urgente necessidade de sair de casa e procurar um local seguro".

Mais adiante, é dito que a orientação aos moradores de área de risco é procurar um local seguro "sempre que começar a chover forte, antes mesmo de a sirene tocar". "Os alertas das sirenes são o último aviso de que a população deve sair da área de risco. O barulho da chuva no telhado já é um aviso", completa.

No Plano de Contingência Municipal, o monitoramento classifica a situação de risco em cinco escalas, de "baixo" a "máximo", e estágios, de "normalidade" ao de "crise" - a cidade está no de "crise" desde as 18h51 de terça-feira. As sirenes são acionadas nos estágios de "atenção" e "alerta" (o terceiro e quarto em gravidade), no primeiro caso para alertar para chuva forte e, no segundo, para a evacuação do local. Na fase de "atenção", também é emitido um boletim geológico, o que ocorreu quatro vezes neste período de chuvas, desde meados do segundo semestre de 2021.

Por ter registrado chuva intensa na semana anterior, Petrópolis esteve em estado de "atenção" do dia 7 até a segunda-feira 14, com risco considerado alto para o 1º distrito homônimo e moderado para o 2º. Naquele dia, a Defesa Civil informou a mudança para uma classificação de "observação", porque o risco era "moderado". O comunicado também admitia "a previsão de instabilidade se mantém para terça e quarta-feira (15 e 16), em que há possibilidade de voltar a ocorrer pancadas de chuva, de intensidade moderada a forte, nos períodos da tarde e noite".

Nessa classificação, não há alerta sonoro, mas apenas por mensagens de SMS. A justificativa divulgada à época foi a redução no acumulado pluviométrico e "ausência significativa de chuva". Após a segunda-feira, não há registro de mudança para o estado de "atenção" ou "alerta" nas páginas do município até a piora nas chuvas, que resultou no estado de "crise".

O Estadão procurou a Prefeitura sobre os alertas, mas não obteve retorno até as 18h desta quinta-feira, 17. Não há informações oficiais até o momento de que a sirene de evacuação (estágio de "alerta") tenha sido acionada. Os gatilhos para a determinação deste estágio no Plano de Contingência são "ocorrências múltiplas simultâneas sobrepondo capacidade de resposta", "ocorrências concretizadas", "previsão de continuidade do cenário" e "necessidade de apoio de outras agências". A chuva daquele dia foi caracterizada pela grande quantidade de precipitação em poucas horas.

Na tarde desta quinta-feira, com previsão de novas chuvas, 14 sirenes foram acionadas no 1º Distrito pela Defesa Civil. A Prefeitura também pediu à população para se manter em locais seguros e evitar circular pelo município.

As sirenes ficam nos seguintes bairros e comunidades: 24 de Maio (Morro do Estado e Rua Nova), Alto da Serra (Ferroviários), Bingen (João Xavier), Dr. Thouzet (Dr. Thouzet), Independência (Rua Ó e Taquara), Quitandinha (Amazonas, Ceará, Duques, Espírito Santo e Rio de Janeiro), São Sebastião (Adão Brand e Vital Brasil), Sargento Boening (Rua E), Siméria (Frente para o Mar) e Vila Felipe (Campinho e Chácara Flora), todos no 1º Distrito; e Vale do Cuiabá (Gentio e Buraco do Sapo), no 3º Distrito.

No início da temporada de chuvas, a prefeitura destacou que o monitoramento de risco envolvia 51 pluviômetros em 20 localidades de todos os distritos, cinco estações geotécnicas (de avaliação da umidade do solo), 56 câmeras e uma equipe de 32 pessoas na Defesa Civil. Nas comunidades, também havia retomado o programa de pluviômetros caseiros (feitos pelos moradores, com garrafa pet e uma régua cedida pelo Município) e mantinha um sistema de alerta alternativo por apitos na localidade Floresta, no 1º Distrito.

A chuva que atingiu o município do Rio de Janeiro neste sábado, 2, causou alagamentos e interdições em ruas da cidade, mas até as 18h não havia registro de deslizamentos nem de pessoas feridas ou mortas.

A partir das 11h03, a prefeitura acionou 21 sirenes para alertar moradores de nove favelas sobre o risco de deslizamentos e a necessidade de procurar lugares seguros para se proteger. Os alertas foram emitidos nas comunidades da Rocinha, da Chácara do Céu, do Barão, Juramento, Morro do Céu, dos Pretos Forros, do Parque Silva Vale, da Rua Brício de Moraes e Ouro Preto.

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Por volta das 12h30, os bombeiros precisaram usar um bote para resgatar uma mulher e o cachorro dela, em uma rua alagada no Campinho, na zona norte da capital fluminense.

Por conta da chuva, às 10h45 o Rio ingressou em estágio de atenção. Esse é o terceiro nível, em uma escala de cinco, e significa que uma ou mais ocorrências impactam o município e afetam a população. O estágio foi alcançado devido ao registro de chuva acima de 5 mm no intervalo de 15 minutos em três bairros: Grota Funda, na zona oeste, onde chegou a 16,8 mm; no Jardim Botânico, na zona sul, onde por volta das 10h choveu 15,6 mm; e Sepetiba, na zona oeste, onde choveu 9,4 mm.

Segundo o Centro de Operações Rio (COR), neste sábado, até as 17h já havia chovido 73 mm no Jardim Botânico, o que corresponde à metade da média mensal para esse bairro em janeiro. Em Piedade (zona norte), choveu 91 mm entre 8h e 13h, o que representa 53% da média de chuva para o mês. Na Rocinha (zona sul) choveu 70,8 mm no mesmo horário, o que equivale a 42% da média prevista até fevereiro.

A chuva no município do Rio deve continuar até a próxima segunda-feira, 4, segundo o sistema Alerta Rio, mantido pela prefeitura da capital.

Dezenas de ambulâncias, todas com sirenes ligadas, carregavam feridos, enquanto helicópteros sobrevoavam Mina, perto de Meca, onde um gigantesco tumulto fez mais de 700 mortos nesta quinta-feira (24) entre os peregrinos muçulmanos.

O primeiro dia da festa muçulmana do sacrifício, o Eid al-Adha, foi ofuscado pela pior tragédia ocorrida nos últimos 25 anos na peregrinação anual (Hajj) na Arábia Saudita. Além das 717 mortes, de acordo com um balanço provisório, o tumulto fez 863 feridos.

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A bordo de veículos do ministério da Saúde, as equipes médicas correram para o local do desastre para transportar os feridos para quatro hospitais mobilizados desde os primeiros momentos do ocorrido. No Hospital de Emergência de Mina, um helicóptero pousou no momento em que dezenas de ambulâncias chegavam com novas vítimas.

Em um caos indescritível, os peregrinos foram transportados um após o outro em macas, com um crachá de identidade no peito, enquanto as autoridades tentavam manter afastados os espectadores.

Repórteres da AFP viram pelo menos duas mulheres, uma carregada por quatro homens, e outra, uma africana, aparentemente inconsciente, empurrada em uma cadeira de rodas em direção ao hospital onde receberam os primeiros socorros.

Um homem idoso, cujas duas filhas sofreram de vertigens por causa do calor abrasador, foi expulso da entrada do hospital. "Todo mundo sofre de tonturas no hajj. Procurem um outro centro de saúde", gritou um guarda de segurança, enquanto duas ambulâncias chegavam simultaneamente com novos feridos.

Alguns peregrinos discutiam a debandada que provocou cenas terríveis. Imagens de vídeo mostram muitos corpos sem vida no chão, cobertos ou não com lençóis brancos e pertences pessoais espalhados, sapatos e guarda-sóis, que os peregrinos utilizados para se proteger do sol.

'Alguma coisa vai acontecer'

Quase dois milhões de muçulmanos de todo o mundo vieram para o hajj, um dos maiores encontros religiosos do mundo, que já viveu uma tragédia em 11 de setembro, antes mesmo de começar, pela queda de um guindaste na Grande Mesquita em Meca (109 mortos).

O drama desta quinta-feira ocorreu perto da ponte Jamarat, construída durante a última década a um custo de mais de um bilhão e que deveria melhorar a segurança dos peregrinos e precisamente evitar que uma multidão entrasse em colisão com outra.

Ao longo de um quilômetro, parece uma garagem de estacionamento e permite que 300.000 peregrinos realize um ritual. No começo do dia, os jornalistas da AFP assistiram cenas de mal-estar. Uma mulher quase desmaiou ao subir as escadas, enquanto dois amigos espirravam água em seu rosto e gritavam por ajuda.

Um peregrino sudanês que estava na Mina considerou que este era o pior hajj já organizado entre os quatro que participou. "As pessoas já estavam desidratadas e desmaiavam. Os peregrinos tropeçavam uns sobre os outros", relatou.

Ele disse que um saudita que estava ao seu lado lhe disse antes da tragédia: "alguma coisa vai acontecer".

A chuva que matou cinco pessoas e deixou quase 1 mil desalojados em Teresópolis (RJ) colocou em teste o sistema de sirenes montado desde a tragédia do ano passado - e expôs suas falhas. Das 20 sirenes espalhadas nas 12 comunidades em áreas de risco, seis não precisaram ser acionadas, mas quatro falharam: mesmo depois de ligadas, não tocaram, o que dificultou a retirada de moradores de áreas de risco. O prefeito de Teresópolis, Arlei Rosa, reconheceu que houve dificuldade no acionamento de parte do sistema sonoro instalado no município.

"O coronel Roberto Silva (secretário de Defesa Civil e Meio Ambiente da cidade) está preparando um relatório para me passar, e a minha cobrança com ele é essa, o porquê que elas não foram acionadas", disse Rosa.

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Silva atribuiu o problema a uma falha de conexão do sistema 3G, o que impossibilitou o monitoramento remoto do índice pluviométrico nas regiões afetadas da cidade, na Região Serrana fluminense, e o consequente acionamento dos alarmes. "Nenhum de nós quer que isso ocorra, mas a gente sabe que qualquer equipamento eletrônico pode falhar", justificou. Silva informou ainda que o sistema será substituído por fibra ótica.

A força da chuva também impediu que o acionamento manual dos alarmes fosse realizado por moradores das próprias áreas afetadas, que são voluntários dos Núcleos Comunitários de Defesa Civil (Nudocs) com capacitação para atuar em situações de emergência. Em outras regiões, mesmo todo o esforço dos moradores não foi suficiente para ativar o sistema. "Meu filho estava com um colega e andou pelas ruas com água no peito para conseguir abrir a caixa e soar o alarme, mas a chave que a Guarda Civil tinha dado pra ele não funcionou", disse a funcionária pública Mônica Rocha, moradora do bairro Quinta Lebrão.

Das 20 sirenes instaladas em 12 comunidades, a Defesa Civil do município confirmou que não funcionaram aquelas localizadas nos bairros de Pimentel, Perpétuo e Fonte Santa. Essa comunidade foi cenário de um protesto feito por moradores na tarde de domingo. Revoltados com o não acionamento dos alarmes, eles chegaram a fechar a Rio-Bahia por alguns minutos.

Moradora do Fonte Santa há mais de 30 anos, Yolanda Rodrigues disse que o alarme soou somente durante o protesto de domingo, após um homem não identificado instalar uma peça em uma das sirenes ali localizadas. "Minha família mora no Rosário, lá tocou a sirene e todo mundo saiu das casas correndo. Se essa sirene tocasse, claro que eu não ia ficar aqui", afirmou. A família da dona de casa Márcia Florêncio dos Santos teve que sair de casa pelo telhado para se salvar da enchente. A água avançou quase dois metros de altura. "Meu marido teve que mergulhar no lamaçal para pegar a escada que tinha caído e subir com meus dois filhos pequenos, de oito e de um ano".

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