O ministro de Relações Exteriores da Síria, Walid Moallem, desafiou Washington a apresentar provas de que o regime do presidente Bashar Assad usou armas químicas em ataques nos arredores de Damasco.
Segundo a autoridade, a Síria usará "todos os meios disponíveis" em caso de uma ataque dos EUA e tem defesas que poderão surpreender o mundo.
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"Temos duas opções: ou nos render, ou nos defender com os meios à nossa disposição A segunda opção é a melhor: vamos nos defender", disse Moallem em uma entrevista coletiva.
O ministro também afirmou que o seu país possui meios de defesa que devem "surpreender" o mundo e que qualquer ação contra Damasco servirá os interesses de Israel e da Al-Qaeda. "A Síria não é um caso fácil. Nós temos defesas que surpreenderão os outros" países, disse ele.
"O esforço de guerra liderado por Estados Unidos e seus aliados vão servir os interesses de Israel e, em segundo, a frente Al-Nusra", um grupo de jihadistas ligados à Al-Qaeda na Síria, disse Moallem.
O ministro desafiou os Estados ocidentais a apresentarem provas de que o regime do presidente sírio havia usado armas químicas durante os conflitos com os rebeldes.
"Estamos ouvindo tambores de guerra ao nosso redor. Se eles querem lançar um ataque contra a Síria, eu acho que usar a desculpa de armas químicas não é legítimo. Eu os desafio a mostrar quais provas eles têm", disse Moallem.
Na segunda-feira, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, declarou nesta segunda-feira que o emprego de armas químicas na Síria é "inegável e indesculpável" e acusou o governo da Síria de ter destruído evidências do uso desse tipo de armamento.
De acordo com Kerry, os Estados Unidos e seus aliados estão analisando informações sobre o emprego de armas químicas na Síria e o presidente norte-americano, Barack Obama, acredita na necessidade de responsabilização dos culpados, mas ainda avalia a melhor maneira de reagir.
Kerry enfatizou que ataques com armas químicas desafiam o "código de moralidade" e deveriam "chocar a consciência do mundo".
Sobre seus aliados, Walid Moallem disse que a Rússia não vai abandonar o regime de Damasco. "Posso assegurar-lhe que a Rússia não abandonou a Síria. Nossas relações continuam em todos os campos, e agradecemos a Rússia pelo seu apoio, não só em defesa da Síria, mas também a sua própria defesa", Moallem disse em entrevista coletiva em Damasco. Fonte: Dow Jones Newswires.