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As forças de segurança do Líbano anunciaram nesta sexta-feira (1°) que desmantelaram a maior rede de tráfico de escravas sexuais desde o início do conflito na vizinha Síria e que libertaram 75 mulheres, a maioria deste país em guerra.

As mulheres, que foram agredidas e violentadas, mostravam em alguns casos sinais de mutilação, segundo um comunicado das forças libanesas. "Esta é a maior rede de tráfico sexual descoberta desde o início da guerra na Síria", disse uma fonte libanesa à AFP.

A operação aconteceu ao norte de Beirute, onde "foram resgatadas 75 mulheres, em sua maioria sírias, que haviam sido agredidas e submetidas a tortura física e psicológica, forçadas a realizar atos sexuais que depois foram gravados e distribuídos", afirma o comunicado.

Dez homens e oito mulheres que vigiavam os apartamentos onde as vítimas eram mantidas como reféns foram detidos. A polícia também encontrou um bebê de oito meses, provavelmente filho de uma das mulheres resgatadas.

Antes da guerra na Síria, iniciada em 2011, mulheres deste país já eram vítimas de exploração sexual no vizinho Líbano, mas com o conflito as mulheres e as crianças sírias se tornaram mais vulneráveis neste aspecto.

O ministro de Relações Exteriores da Síria, Walid Moallem, desafiou Washington a apresentar provas de que o regime do presidente Bashar Assad usou armas químicas em ataques nos arredores de Damasco.

Segundo a autoridade, a Síria usará "todos os meios disponíveis" em caso de uma ataque dos EUA e tem defesas que poderão surpreender o mundo.

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"Temos duas opções: ou nos render, ou nos defender com os meios à nossa disposição A segunda opção é a melhor: vamos nos defender", disse Moallem em uma entrevista coletiva.

O ministro também afirmou que o seu país possui meios de defesa que devem "surpreender" o mundo e que qualquer ação contra Damasco servirá os interesses de Israel e da Al-Qaeda. "A Síria não é um caso fácil. Nós temos defesas que surpreenderão os outros" países, disse ele.

"O esforço de guerra liderado por Estados Unidos e seus aliados vão servir os interesses de Israel e, em segundo, a frente Al-Nusra", um grupo de jihadistas ligados à Al-Qaeda na Síria, disse Moallem.

O ministro desafiou os Estados ocidentais a apresentarem provas de que o regime do presidente sírio havia usado armas químicas durante os conflitos com os rebeldes.

"Estamos ouvindo tambores de guerra ao nosso redor. Se eles querem lançar um ataque contra a Síria, eu acho que usar a desculpa de armas químicas não é legítimo. Eu os desafio a mostrar quais provas eles têm", disse Moallem.

Na segunda-feira, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, declarou nesta segunda-feira que o emprego de armas químicas na Síria é "inegável e indesculpável" e acusou o governo da Síria de ter destruído evidências do uso desse tipo de armamento.

De acordo com Kerry, os Estados Unidos e seus aliados estão analisando informações sobre o emprego de armas químicas na Síria e o presidente norte-americano, Barack Obama, acredita na necessidade de responsabilização dos culpados, mas ainda avalia a melhor maneira de reagir.

Kerry enfatizou que ataques com armas químicas desafiam o "código de moralidade" e deveriam "chocar a consciência do mundo".

Sobre seus aliados, Walid Moallem disse que a Rússia não vai abandonar o regime de Damasco. "Posso assegurar-lhe que a Rússia não abandonou a Síria. Nossas relações continuam em todos os campos, e agradecemos a Rússia pelo seu apoio, não só em defesa da Síria, mas também a sua própria defesa", Moallem disse em entrevista coletiva em Damasco. Fonte: Dow Jones Newswires.

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