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Com a alta do preço do leite, 23% dos brasileiros substituíram o produto por soro de leite na hora da compra, de acordo com uma pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada nesta terça-feira (2). Um quinto dos entrevistados, ou seja, 20%, também disseram ter adquirido sobras de frango, carne ou pele de frango, ao invés de mercadorias que ficaram mais caras ou não couberam no orçamento. 

A pesquisa ouviu 2.556 pessoas em 183 cidades do Brasil de forma presencial nos dias 27 e 28 de julho. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. 

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Quase 61% dos entrevistados também disseram que compram produtos de marcas mais baratas, e 29% adquirem mercadorias próximas do vencimento. A busca por produtos mais baratos é maior entre os que recebem o Auxílio Brasil (31%) compraram sobras de carnes, mesmo número dos que adquiriram soro de leite. 

Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o preço do leite longa vida cresceu 42% de janeiro a junho deste ano. Alguns mercados vendem o litro acima de R$ 10, enquanto o soro do leite é encontrado na casa dos R$ 5. 

Brasileiros sem comida suficiente em casa

A pesquisa também mostrou que um em cada três brasileiros declara não ter quantidade suficiente de comida em casa para alimentar a família. O levantamento mostra um aumento no percentual de pessoas que têm menos comida do que o suficiente em casa. De maio até junho, o índice subiu de 26% para 33%. Enquanto isso, também diminuiu a quantidade de brasileiros que relatam ter comida suficiente, de 62% em maio para 55% em julho. 

A quantidade de pessoas que não têm comida suficiente é maior entre as mulheres (37%), famílias com renda de até dois salários mínimos (46%), autodeclarados pretos (40%) e residentes da região Nordeste (42%). 

Ainda de acordo com a pesquisa, 45% dos que dizem não ter comida suficiente pretendem votar no ex-presidente Lula (PT). Os outros 32% votam em Ciro Gomes (PDT) e 12% no presidente Jair Bolsonaro (PL). 

Neste levantamento, 17% dos entrevistados estão em famílias que venderam algum bem ou objeto de valor para comprar alimentos e itens básicos de supermercado nos últimos meses. O contingente vai a 32% entre desempregados, 27% entre famílias beneficiárias do Auxílio Brasil, e 24% entre os mais pobres.

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