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Depois de quase 30 anos de espera a população que mora nas proximidades do Rio Beberibe pode presenciar nesta quarta-feira (2) o início das obras de dragagem do rio. A primeira fase do serviço se estenderá por cerca de 2,3 quilômetros, no trecho que vai da avenida Olinda até a foz do rio. A obra será coordenada pela secretaria de Recursos Hídricos e Energéticos (SRHE) e tem prazo de conclusão de 10 meses, segundo o secretário Almir Cirilo.

Além da dragagem o projeto de revitalização do rio, que terá investimento total de R$ 63 milhões, incluirá a renaturalização da bacia hidrográfica, o alargamento das calhas, composição da mata ciliar, urbanização, construção de ciclovias e pontes. O projeto será estendido a 13 dos 23 quilômetros do rio, nas partes que a situação está mais crítica. De acordo com o governador Eduardo Campos (PSB), para a realização dos serviços será necessária a retirada de aproximadamente 400 famílias que moram às margens do rio. 

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“Nesse momento estamos construindo no Córrego do Sapa às margens do Beberibe as 400 casas que vão nos permitir retirar da nascente do rio àqueles que foram morar ali por falta de alternativa, ou seja, um rio tão importante para o Estado e para a Região Metropolitana começa a ser tratado para a gente salvar o rio que estava praticamente morto”. O governador ainda reforçou que com a realização da revitalização do rio será possível evitar enchentes. “Qualquer inverno seja intenso ou não, as pessoas do Recife e Olinda que moram próximo ao rio têm as casas invadidas pela água, então esse é o primeiro ganho objetivo. O segundo ganho é para as pessoas que vivem da pesca e outro ponto é dar moradia digna as pessoas que moram às margens do rio”, detalhou.

A professora Eunice Ribeiro, moradora da bairro de Cajueiro, no Recife foi ao evento cobrar do governador Eduardo Campos (PSB), a continuidade do projeto. “Quando esta primeira parte do projeto chegar a metade faça a licitação, para garantir que a obra não fique parada. Faço esse apelo em nome da minha comunidade, pois não aguentamos mais ver as obras paralisadas por causa das licitações que precisam ser feitas e que demoram para acontecer”, cobrou. A professora disse a comunidade em que mora sofre com os efeitos das chuvas devido a falta do serviço de dragagem do rio. “Não só a água invade nossas casas quando chove, com ela vem o lixo do rio, além das pessoas serem atingidas com doenças como leptospirose. Esperamos que a revitalização do rio seja realmente concluída”, pontuou.

O projeto de revitalização do Rio Beberibe, faz parte de programas governamentais como o Prometrópole. Os recursos são oriundos de um empréstimo do Governo do Estado junto à Caixa Econômica Federal (CEF).

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