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Paul McCartney causou furor nesta segunda-feira ao liderar uma invasão de famosos ao desfile da coleção outono/inverno de sua filha, Stella, que incluiu Woody Harrelson e Kanye West.

As modelos britânicas Cara e Poppy Delevingne e o fotógrafo peruano Mario Testino também estavam na plateia renomada, que dominou a primeira fila do evento, na Ópera de Paris.

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O ex-Beatle apareceu minutos antes do início do desfile, gerando uma explosão de flashes e dando trabalho para os produtores e a equipe de segurança, que tiveram que pedir ao público que retornasse a seus lugares para o início do show.

Stella McCartney apresentou uma coleção à altura da atenção gerada pelos convidados famosos na imprensa e nas redes sociais.

As modelos apresentaram uma coleção que combinou silhuetas simples e largas, com mangas exageradamente longas. Para o frio, foram exibidos casacos pesados de pele sintética em branco e preto.

A ideia geral da coleção era "celebrar a liberdade, explorar os clássicos e estimular a sensualidade", explicou a estilista aos convidados.

Ao fim do desfile, jornalistas e fãs voltaram a cercar Paul McCartney, que abraçou Harrelson e West e seguiu para cumprimentar a filha.

A estilista Stella McCartney fez uma passagem relâmpago por São Paulo. Ficou apenas 12 horas na cidade para lançar sua segunda coleção em parceria com a C&A. Adepta da moda sustentável, sem crueldade animal, a inglesa, filha de Paul McCartney, usa apenas couro sintético e abomina o uso de peles (para a entrevista, foi recomendado que os jornalistas não usassem peças de couro).

Conhecida por sua alfaiataria com ares masculinos, Stella fala sobre o fast fashion, o processo de produção acelerado que tomou contas dos grandes magazines.

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No cerne da sua marca, está a sustentabilidade. Foi possível manter a ideologia na parceria?

Tentei fazer uma coleção que fosse o mais responsável possível e o fast fashion é um ramo em que temos que ter muito cuidado. Sempre fui interessada na mulher que veste as minhas roupas. Sei o quanto é bom usar uma calça bem cortada, com um tecido de boa qualidade, então me certifiquei de que tudo fosse feito por empresas corretas.

Você declarou que gostaria de ver um fast fashion mais devagar. Como isso seria possível?

Acho que esta coleção que fizemos é um ótimo exemplo. São dois mundos se unindo para aprimorar o fast fashion. Eu quis trazer um pouco daquilo que faço, que são peças mais duráveis. Definitivamente, encorajo as mulheres a usarem roupas que foram feitas dez anos atrás, que foram de suas avós, e a combiná-las com coisas novas. É importante não estar tão dentro da tendência e não ser tão consumista.

E a coleção da C&A?

São releituras daquilo que nós acreditamos que é o forte da marca. Nessa coleção, temos coisas boas. Se escolher as peças certas, vai resolver o guarda-roupa por 10 anos!

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Dois gigantes da moda, Stella McCartney e Versace, lançam nessa semana coleções exclusivas para duas lojas populares no Brasil, que apesar da economia em estagnação continua sendo um paraíso para grandes marcas internacionais.

A filha do ex-Beatle Paul McCartney vai lançar nessa semana sua segunda colaboraão para a rede internacional C&A, enquanto a irmã do famoso estilista italiano Gianni Versace, Donatella, vai levar sua marca para peças da Riachuelo.

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Os lançamentos - exclusivos para o mercado brasileiro - acontecem em plena Semana de Moda de São Paulo (SPFW), a maior passarela da América Latina, que começou nesta segunda-feira e acontece até sexta-feira na cidade mais rica do país.

"Essas colaborações da C&A e da Riachuelo só corroboram a maturidade e a grandiosidade da moda brasileira; sua importância, dimensão e sua força", disse Paulo Borges, diretor do evento, em entrevista à AFP.

Para ele só existem aspectos positivos nestas parcerias focadas no grande público.

"A 'fast fashion' (moda rápida) é um processo que possibilita um número muito maior de consumidores saciar seus desejos em relação ao consumo de moda", acrescentou.

Moda para todos

Na última década o país experimentou uma forte transformação social. Cerca de 40 milhões de pessoas saíram da pobreza e o consumo de bens e serviços foi impulsionado.

O Brasil se transformou em um destino de sonhos para marcas de roupas, sapatos, maquiagem e acessórios. Shoppings e lojas de marcas variadas brotaram em todos os lugares do país.

Grandes marcas de luxo como Carolina Herrera, Chanel, Gucci, Dolce & Gabbana, Louboutin, Prada, Tiffany e Valentino, entre muitas outras, chegaram ao país. E não foram só cidades de grande concentração urbana e financeira como São Paulo e Rio de Janeiro, mas Fortaleza e Recife também se beneficiaram.

Marcas como Zara, emblema da 'fast fashion', causaram furor e uma onda de consumo no país.

"O Brasil é um mercado enorme, mas focado principalmente no grande público. Nós estamos aqui apostando no futuro, posicionando nossa marca", disse em entrevista à AFP um alto executivo de uma empresa de luxo italiana que pediu para não ser identificado.

Segundo dados da consultora londrina Euromonitor, o faturamento do mercado de roupas e sapatos aumentou 62% entre 2008 e 2013.

Para o período 2013-2018 ela prevê um aumento de 20%.

"Ainda que a economia esteja estagnada, o Brasil tem poder econômico e um crescimento no mercado da moda que é muito favorável", disse à AFP Luciane Robic, especialista do Instituto Brasileiro de Moda.

A economia do país vai crescer em 2014. Analistas esperam um PIB de 0,2% no quarto ano de uma expansão moderada.

O famoso 'custo Brasil'

Em todo o país são 300.000 empresas na indústria da moda. Apesar do mercado ainda estar saudável, a indústria não passa por seu melhor momento.

O problema é o chamado 'custo Brasil' que, com impostos muito altos, burocracia, valor alto das matérias-primas e da mão de obra, encarece a produção local.

Somando a isso a qualidade que está longe dos padrões internacionais de luxo, a indústria brasileira está em uma posição desfavorável em relação às grandes marcas estrangeiras, porque não tem custo nem qualidade para enfrentá-las.

"Na Europa uma marca de luxo é muito mais acessível que no Brasil", diz Luciane Robic.

O mesmo ocorre em relação a gigantes de produção em massa como a China e outras nações asiáticas, com as quais os brasileiro não conseguem competir. O Brasil fica, então, um pouco no meio de tudo isso.

"Sem reduzir custos não haverá sucesso", alerta Paulo Borges.

Toda a coleção da Versace para Riachuelo foi produzida no Brasil. Para a C&A, somente uma parte.

Mas enquanto a indústria busca maneiras de se manter e expandir, o mercado por agora tem indicadores de boa saúde econômica.

As coleções da C&A e da Riachuelo serão promovidas na SPFW com a presença de Stella McCartney e Donatella Versace. A primeira terá peças de alfaiataria em tons pastéis com toques de azul marinho, dourado e preto.

A coleção da Versace para Riachuelo é a primeira colaboração internacional desta gigante brasileira que tem 228 lojas próprias e 22 milhões de clientes de suas próprias etiquetas.

"Versace é perfeita para o Brasil. Somos ousados, coloridos, vibrantes, sensuais, atrevidos e apaixonados, tudo o que a mulher brasileira ama", afirmou Donatella em entrevista à revista Elle.

Nesta coleção aparecem estampas de 'animal print' e cores como roxo, amarelo e coral, sem deixar de lado o clássico preto e o elegante 'off white'. O preço das peças flutuam entre 20 e 200 dólares, aproximadamente.

"O Brasil está atrasado dez anos em seus níveis de consumo com relação aos mercados internacionais. E continuará consumindo muito mais", disse Paulo Borges.

Sapatos biodegradáveis, tecidos nobres, e onde o couro e as peles brilharam, como sempre, por sua ausência: a britânica Stella McCartney, que apresentou nesta segunda-feira, em Paris, sua coleção para o próximo inverno, foi a única estilista que conseguiu a façanha de construir um império econômico com uma moda "ética". Desde o convite, a filha do ex-Beatle Paul McCartney - que assistiu ao desfile da primeira fila - reafirmou seu ideal ambientalista, pedindo a manutenção da proibição da caça de ursos polares com fins comerciais.

Stella publicou, em sua conta no Twitter, que viajou a Manitoba, Canadá, para admirar estas "criaturas espetaculares" presentes na natureza, e lamentou que, até 2050, dois terços da população mundial de ursos polares irão desaparecer. Sua coleção mostrou casacos longos e tecidos listrados, combinados com pantalonas ou saias compridas, nas cores azul-escuro, preto e cinza, para criar uma silhueta dinâmica, inspirada na vida agitada da mulher moderna.

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A estilista, 42, também propôs vestidos românticos e acetinados, enfeitados com renda ou desenhos, que deram um ar romântico a parte da coleção. Stella não economizou nas cores vibrantes, como violeta, berinjela e ametista, que deram um toque luminoso à coleção, de prêt-à-porter. A estilista, que estreou no mundo da moda em 1997, à frente da marca francesa Chloé - que deixou em 2001, para criar sua própria marca dentro da Gucci -, propriedade do grupo de luxo PPR, dirige agora um império estimado em 100 milhões de euros.

O crescimento de sua marca, que nunca se desviou dos valores ecológicos, foi de 30% em 2012 e 2011, segundo o jornal econômico francês "Les Echos". A estilista, vegetariana como a mãe, Linda McCartney, que morreu em 1998, conseguiu este resultado mantendo os compromissos com a causa ambientalista e o desenvolvimento sustentável. Ao contrário da maioria das coleções desfiladas nesta temporada em Nova York, Londres, Milão e Paris, na passarela de Stella não se viu couro, peles ou qualquer outro produto produzido a partir de cadáveres de animais.

A estilista britânica substituiu estes materiais por tecidos orgânicos, como lã e algodão, e mostrou que a palavra "ética" não vai de encontro ao desenvolvimento de uma marca de moda. A organização ambientalista Greenpeace divulgou, em fevereiro, uma classificação das 15 grandes marcas de moda com base em critérios ecológicos, em que criticou empresas como Louis Vuitton, Hermes, Chanel, Alberta Ferretti, Dolce&Gabbana e Prada, por não os levarem em conta. Em troca, a organização deu uma boa nota à italiana Valentino, por seu compromisso em promover "uma política de compras que implica o desmatamento zero".

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