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A torcida do Timbu não se adaptou à Arena Pernambuco. Após mais de três anos mandando jogos no estádio, as reclamações continuam em relação a: distância, falta de mobilidade e poucos benefícios aos sócios. Em paralelo, os alvirrubros clamaram pela volta aos Aflitos e o presidente Marcos Freitas - eleito em janeiro deste ano - tomou a ação como uma das principais metas do mandato. Mas o objetivo esbarra em dificuldades para a reforma como: custos, prazos e apoio. A reportagem do LeiaJá fez um tour com o diretor de Patrimônio do Náutico, Stênio Cuentro e constatou a insalubridade do equipamento e a necessidade de uma obra grandiosa para chegar aos padrões mínimos de exigência.

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As enquentes e pesquisas apontaram um interesse majoritário da torcida para a volta do Náutico aos Aflitos. A vontade, entretanto, não se converteu em apoio financeiro quando a diretoria alvirrubro criou campanha para os alvirrubros ajudarem a sanar necessidades do clube. Foram enviados 6 mil boletos para os associados com carnês separados por: Despesas iniciais da gestão, salários atrasados de funcionários, futebol de base, centro de treinamento e reforma dos Aflitos.

De todo investimento feito pelos torcedores, apenas 15% foi voltado para a reforma dos Aflitos, um valor de R$56 mil. Diretor de Patrimônio do Náutico, Stênio Cuentro se mostra confuso quanto à resposta dos alvirrubros na campanha. "Ligamos e procuramos muitos amigos, além de ver os resultados de enquetes na internet e em veículos de comunicação. Todos se mostraram favoráveis à volta ao estádio, mas poucos ajudaram com investimentos", dize. E completa: "Fica difícil trabalhar com essa volta para a nossa casa se não houver um apoio real de toda a torcida".

Cuentro é o engenheiro que está à frente do processo de revitalização dos Aflitos. Enquanto a diretoria tenta captar financiamento suficiente para custear a reforma, o diretor de Patrimônio toca o projeto e todo processo burocrático. O gestor, porém, encontrou vários problemas nas instalações: hidráulica, elétrica, de estrutura, cadeiras e gramado. Quase tudo está fora de ordem e precisa ser modificado.

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O Estádio Eládio de Barros Carvalho foi fundado em 1939, e por isso está fora dos padrões de exigências de vários órgãos, como Bombeiros, Celpe (Companhia Energética de Pernambuco), Vigilância Sanitária, Prefeitura do Recife e até mesmo a CBF. Por conta dos requisitos, por exemplo, a capacidade de torcedores dos Aflitos deve passar por uma redução de cerca de 30%. Outro problema é o tempo de inatividade do equipamento.

Insalubridade

O estádio dos Aflitos não tem a menor condição de receber qualquer evento. A estruturas de concreto expõem ferrugem nas vigas e até rachaduras. O equipamento elétrico ao alcance o público gera um alto risco. Parte das cadeiras possuem ferrugem. Alguns banheiros não têm condições de uso por altura mínima do teto. Camarotes suspensos também não atendem às medidas de segurança.

Prazos

A diretoria ainda trabalha no projeto para apresentar aos órgãos e receber as licenças específicas para só então iniciar as obras. Este primeiro passo está no final, mas não deve ser finalizado antes de agosto. Já o andamento da construção está ligado diretamente à captação de recursos financeiros para a reforma. A previsão média é que dure cerca de seis meses, porém a última etapa será a de reestruturação do gramado e essa etapa não pode ser realizada no período de inverno. "Nossa expectativa real é terminar todo processo antes do fim deste mandanto de Marcos Freitas", disse Stênio Cuentro. A gestão do presidente vai até o fim de 2017. O mandatário ainda poderá tentar a reeleição.

Custos

Stênio Cuentro ainda está no processo investigação dos custos. Ainda assim, admite que não poderá utilizar nenhuma das cadeiras e precisará mudar também toda parte elétrica, incluindo os refletores. O único custo com valor determinado é a respeito do gramado, orçado em R$ 1 milhão. Ainda assim, o diretor de Patrimônio reconhece: "Os maiores gastos serão com a parte estrutural". A portas de saída precisarão ser alargadas para quase o dobro do tamanho. É uma exigência dos Bombeiros para garantir a evacuação do público em até oito minutos.

Capacidade

A medida de evacuação do estádio, exigida pelos Bombeiros, acarretará na diminuição da capacidade dos Aflitos - que é atualmente de 22.856 - para um número entre 13 mil e 18 mil. Algumas competições exigem capacidade mínima dos estádios e excluiriam os Aflitos. As fases semifinal e final da Copa do Brasil, por exemplo, exigem um mínimo de 15 mil lugares.

Opções

A diretoria do Náutico trabalha com cenários possíveis para o clube. Stênio Cuentro destaca que o Timbu tem contrato vigente com a Arena Pernambuco e atualmente não paga para mandar jogos no local, mas os termos estão sendo renegociados com o Governo do Estado, que é o novo gestor do equipamento. O diretor também não elimina a possibilidade de levar maiores partidas ao Arruda. Assim, a volta aos Aflitos seria principalmente por uma questão de comodidade em partidas menores e reaproximação da torcida.

Financiamento

Os dirigentes do Náutico esperavam uma colaboração maior dos associados para começar a reforma dos Aflitos. Stênio Cuentro disse que a diretoria está estudando a possibilidade de fazer uma pesquisa entre os sócios para saber quem realmente apoia e está interessado em ajudar nos custos das obras para levar o Timbu de volta para o Eládio de Barros Carvalho. Ainda sem encontrar empresas interessadas em fazer parceria para tocar o negócio, o diretor de Patrimônio tem uma outra esperança. "Se o time subir para a Série A, nossa receita crescerá e viabilizará completamente essa reforma", disse.

Novo camarote

Outra ideia de Stênio Cuentro é construir camarotes mais modernos, já que o aluguel pode ajudar no custeio para reformas. As estruturas ficariam suspensas acima da arquibancada geral próxima à Rua da Angustura.

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