O ator Stenio Garcia, de 91 anos, no início deste mês foi diagnosticado com septicemia aguda, precisando ser internado em um hospital da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro e gerou dúvidas entre as pessoas que desconhecem a doença. Também conhecida como sepse, a doença corresponde a uma infecção generalizada no sangue, causada por bactéria ou fungos.
Mesmo a doença sendo pouco conhecida pela população, traz um número alarmante para a saúde mundial: anualmente, mais de 11 milhões de pessoas morrem devido a septicemia aguda.
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Com isso, o LeiaJá entrevistou o biomédico Thiago França para entender como essa infecção generalizada no organismo pode ser tratada, evitando que ela afete o sistema imunológico e prevenindo problemas no funcionamento dos órgãos.
Como a septicemia aguda se manifesta no corpo?
"A sepse aguda pode ser causada por uma infecção bacteriana, viral ou fúngica. Geralmente, está associada a uma resposta inflamatória desregulada que deixa o sistema circulatório num estado em que ele deixa de suprir o transporte essencial de nutrientes e oxigênio, além das demais funções necessárias pelos órgãos. Com isso, os pacientes apresentam febre, calafrios, taquicardia, respiração acelerada e confusão mental", afirmou o especialista, alertando que, conforme a condição progride, podem surgir outros sinais, como pressão arterial baixa, falência de órgãos, erupções cutâneas e dificuldade respiratória.
Diagnóstico e tratamento
No laboratório, os biomédicos e os técnicos de análises clínicas conseguem identificar a síndrome através do aumento na contagem de leucócitos e a queda no número de plaquetas. O biomédico esclareceu que o diagnóstico é baseado na análise dos sintomas, exames de sangue, culturas de fluidos corporais e outras investigações clínicas.
Com a identificação destas alterações nos exames laboratoriais, o especialista recomenda que o "tratamento se comporte de forma imediata", pois a rapidez da equipe médica será essencial para alcançar a recuperação do paciente.
"Geralmente envolve a administração de antibióticos intravenosos, suporte hemodinâmico, controle da infecção de origem e suporte para órgãos comprometidos. A sepse aguda requer cuidados intensivos e monitoramento constante em ambiente hospitalar", pontuou.
Prevenção e conscientização
A prevenção envolve medidas simples, como lavagem regular das mãos, vacinação adequada, higiene hospitalar rigorosa e tratamento adequado de infecções. Porém, campanhas de conscientização podem ajudar muitas pessoas que ainda não entendem as características da doença.
"As secretarias de saúde de cada município, junto com o apoio do do Ministério da Saúde e de órgãos do Governo Federal precisam trabalhar com mais eficiência para conscientizar a população sobre as causas desta doença que ainda é desconhecida por muitas pessoas. É muito importante um trabalho que aumente a conscientização sobre a sepse aguda, pois assim, iremos garantir a rapidez no diagnóstico e no tratamento, salvando vidas e reduzindo complicações", disse o biomédico Thiago França.