Tópicos | TCM

O Instituto Via Pública negou, por meio da assessoria de imprensa, que tenha desviado recursos da parceria com a Secretaria Municipal da Saúde e informou que tem "total comprovação de despesas e gastos" registrados nos extratos bancários e nas auditorias contábeis.

"O Via Pública vai contestar com evidências corroboradas pelos trabalhos executados esse entendimento, reafirmando que todos os gastos foram realizados conforme o que previra o plano de trabalho e os orçamentos aprovados pela Secretaria Municipal da Saúde", disse.

##RECOMENDA##

Segundo o instituto, "é descabida" a afirmação do Tribunal de Contas do Município (TCM) de que houve remuneração indevida com serviços não mensuráveis "uma vez que mobilizou seu patrimônio cognitivo e desenvolveu metodologias e conhecimentos que estiveram na base de sustentação de todas as atividades executadas".

Quanto ao não pagamento de impostos, o instituto afirmou que a incidência ou não de tributos sobre desembolsos efetuados a favor do instituto "está sendo discutida judicialmente". Já em relação às diferenças contábeis, o Via Pública afirma que ela é de "existência transitória" e que os recursos "foram inteiramente aplicados".

Em relação ao "Atlas da Saúde", o Via Pública diz que "por se tratar de produto inédito e de grande significado, desdobrou-se por período superior ao originalmente previsto e envolveu atividades ampliadas".

Quanto à contratação das empresas de seus dirigentes, afirma que "além de não haver vedação legal ao fato de dirigentes atuarem em termos de parceria, é certo que os padrões praticados são adequados ao mercado profissional para as qualificações que exibem".

Secretaria

Em nota da assessoria de imprensa, o ex-prefeito Gilberto Kassab e o ex-secretário da Saúde Januário Montone afirmam que as questões apontadas "deverão ser devidamente esclarecidas ao longo do processo com o TCM, que aprovou as contas da gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab".

Segundo a nota, a parceria com o Via Pública "foi estratégica na construção e desenvolvimento" dos contratos de gestão com as Organizações Sociais, que, segundo Montone, "permitiu melhorar mais rapidamente a vida das pessoas".

A atual gestão diz que não foi notificada pelo TCM, mas adotou duas medidas em relação ao caso. A primeira foi "o encerramento da parceria em março e a glosa (anulação) no pagamento no valor de R$ 1,3 milhão". A segunda "foi a substituição da equipe contratada pelo instituto por profissionais de carreira e a apresentação dos relatórios listados no contrato para os responsáveis técnicos da pasta". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Relatório de inspeção do Tribunal de Contas do Município (TCM) aponta desvio de R$ 19,1 milhões numa parceria fechada pela Prefeitura de São Paulo com o Instituto Via Pública em 2006, para implementar e fiscalizar os contratos de gestão da rede municipal de Saúde com Organizações Sociais (OSs), dos quais quatro já foram julgados irregulares pelo próprio TCM.

O negócio foi firmado pela Secretaria da Saúde no início da primeira gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD) e se estendeu até março deste ano graças a 12 aditivos, que elevaram o valor da parceria de R$ 2,4 milhões para R$ 84,6 milhões, alta de 3.380%. O Via Pública nega as irregularidades e a gestão Fernando Haddad (PT) informou que já encerrou a parceria.

##RECOMENDA##

Segundo o TCM, os desvios ocorreram por meio de sonegação de impostos (R$ 9,7 milhões), remuneração indevida (R$ 7,6 milhões) e diferenças contábeis no saldo bancário da parceria e na prestação de contas (R$ 1,8 milhão). O relatório cobra ressarcimento do valor corrigido aos cofres públicos. Os técnicos do TCM estão finalizando a auditoria antes de o termo de parceria ser levado a julgamento no plenário.

"O que salta aos olhos é que o objetivo da parceria com o Via Pública era capacitar a secretaria para implementar os contratos de gestão. Mas as auditorias e os julgamentos do tribunal já mostraram que os contratos de gestão foram implementados de forma bastante irregular, o que demonstra que essa tarefa da parceria inexistiu", afirma o conselheiro Maurício Faria.

O Via Pública foi contratado em maio de 2006 pelo ex-secretário municipal de Saúde Januário Montone, sem concorrência, por ser considerado uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip). No ano seguinte, a Prefeitura assinou os primeiros contratos de gestão de hospitais, AMAs e UBS com as OSs. Quatro deles, como o do Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim (Cejam), que administra unidades na zona sul, já foram julgados irregulares pelo TCM por apresentarem falhas de atendimento e na fiscalização das metas.

Falhas

A inspeção do TCM detectou que, só em 2010, quando o instituto recebeu R$ 15,9 milhões, "89,5% das ações previstas no termo de parceria não foram entregues de acordo com o pactuado, sendo que 58% delas não se desdobraram na entrega de nenhum produto tangível e mensurável". Por exemplo: foi pago R$ 1 milhão para um item descrito como "desenvolvimento de ajuste organizacional" da secretaria.

Até o Atlas da Saúde, um mapeamento da rede pública na capital concluído em 2011, foi questionado pelo TCM. Segundo o órgão, dois aditivos prorrogaram o prazo e elevaram o custo do serviço que deveria ter sido finalizado em 2009 de R$ 648 para R$ 1,6 milhão. De acordo com o relatório, também não há evidências na entrega de uma pesquisa sobre implementação das AMAs Sorriso, que custaram R$ 416,4 mil.

Ao todo, o relatório lista 15 irregularidades nos quase sete anos de parceria com o Via Pública, destacando a terceirização de serviços que "são de responsabilidade exclusiva" do governo, como implementar políticas públicas e fiscalizar contratos, e a "subcontratação indevida" da empresa espanhola Gesaworld para realizar trabalhos de competência do instituto.

Em 2011, o TCM já havia declarado a inidoneidade do Via Pública por causa de um contrato de 2007 com a Secretaria de Assistência Social. O instituto foi contratado sem licitação por R$ 4,7 milhões para cadastrar famílias do Bolsa Família em São Paulo, mas não executou a tarefa. A Prefeitura chegou a cumprir a medida, que foi revogada pela ex-secretária Alda Marco Antonio no dia seguinte. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

SALVADOR (BA) - O Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) determinou, nesta quarta-feira (17), que Luiz Caetano, ex-prefeito de Camaçari, região metropoliotana de Salvador, realize o ressarcimento de R$ 737 mil aos cofres públicos e pague uma multa de R$ 15 mil sob a alegação de que o ex-administrador pagou por serviços não realizados pelo Instituto Brasil Preservação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável, entre 2005 e 2006.

Recentemente, Luiz Caetano teve seus bens bloqueados por supostas irregularidades em um convênio entre a Prefeitura de Camaçari e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

##RECOMENDA##

BAHIA - Na tarde desta quinta-feira (14), o tribunal de contas do Município (TCM) voltou a multar o ex prefeito de Salvador, João Henrique de Barradas Carneiro.

Ele terá que pagar o valor de R$ 3.904,29 por omissão no cumprimento do dever de adotar providências de cobrança de multa imputada pelo próprio TCM a Jorge Aristides Freides Sande, então gestor da empresa de Transportes Urbanos de Salvador (TRANSUR), no exercício de 2004.

##RECOMENDA##

Além do pagamento, o relator do processo, José Alfredo Dias, determinou a formulação de representação ao Ministério Público.

Por Daniele Vilas Bôas

O Tribunal de Contas do Município de Salvador (TCM-Salvador) condenou o prefeito João Henrique Carneiro (PP) a pagar três milhões de reais por dívidas públicas. O TCM de Salvador considerou parcialmente procedentes as conclusões no Relatório de Auditória Especial do exercício financeiro de 2009. No relatório foram constatadas falhas e irregularidades na publicidade da prefeitura.

O relator do processo, Paolo Marconi, multou o prefeito em 36 mil reais e determinou que ele devolvesse os dois milhões e novecentos mil reais à prefeitura com recursos próprios. No total, a equipe que elaborou o projeto afirmou que João Henrique gastou cerca de 75 milhões de reais em publicidade.

No relatório, alguns valores foram discriminados "em decorrência do pagamento de publicidade com caráter autopromocional do gestor (R$ 117.324,00)"; da falta de justificativa para o pagamento de R$ 10 mil a um jornal de outra cidade e "da falta de apresentação do conteúdo das publicidades relativas a 96 processos de pagamento (R$ 1.329.345,07); e apresentação de mídias defeituosas prejudicando a análise material dos respectivos conteúdos (R$ 1.451.531,70)".

##RECOMENDA##

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, derrubou ontem decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) de novembro, que determinava o pagamento de salários acima do teto constitucional para 168 servidores do Tribunal de Contas do Município (TCM) de São Paulo.

A decisão do TJ-SP suspensa por Barbosa também determinava o pagamento, de uma só vez, da diferença acumulada de fevereiro até novembro entre o teto constitucional e o contracheque original dos servidores - um montante de aproximadamente R$ 13 milhões. Os servidores tiveram os supersalários reduzidos em fevereiro, por decisão do presidente do TCM, Edson Simões. Alguns deles tinham contracheques superiores a R$ 50 mil, mais que o dobro do teto constitucional, que na cidade equivale ao salário do prefeito, Gilberto Kassab (PSD), hoje em R$ 24.117,62.

##RECOMENDA##

À época, Simões amparou a decisão na Emenda Constitucional 41/03, que define o teto do funcionalismo em todo o País, e na Lei Municipal 15.401/11, que estabeleceu o valor do subsídio do prefeito da capital paulista.

Recurso

Insatisfeitos, 168 servidores que ganhavam acima do teto, assessorados pelo escritório Duarte Garcia, Caselli Guimarães e Terra, recorreram à Justiça. Alegaram que o corte lhes causava "danos gravíssimos, abalando toda a estrutura familiar" e lembravam que tinham "compromissos e obrigações para honrar". Afirmavam ainda que seus holerites eram "direito adquirido" e não poderiam ter os vencimentos reduzidos.

O Órgão Especial do TJ-SP acolheu o argumento dos servidores e determinou, no fim de novembro, por 12 votos a 7, que a redução dos vencimentos era inconstitucional. A decisão, no entanto, acabou suspensa por Barbosa até que o Supremo discuta o mérito da questão.

O TCM afirmou, por meio de nota, que recorreu ao Supremo por "questões econômicas" e a concessão da liminar era "o esperado e o correto". O advogado dos servidores, Luis Eduardo Menezes Serra Netto, afirmou que aguardava a decisão de Barbosa com "curiosidade, pois não dá para saber para que lado ele vai correr" e que recorrerá.

Demora

A batalha para aplicar um teto remuneratório ao funcionalismo público começou em 1998, quando foi editada a primeira emenda constitucional para regulamentar o tema. Na capital paulista, a limitação salarial virou realidade somente no ano passado, com a edição da lei municipal que definiu o valor do subsídio do prefeito.

Além do TCM, a Câmara Municipal também impôs, em abril, o teto e reduziu os vencimentos de 96 servidores ativos e inativos que ganhavam supersalários. A lista, revelada pelo Estado, incluía um contracheque de R$ 46 mil pago a um procurador legislativo.

Servidores da Câmara acionaram a Justiça contra o teto constitucional e, assim como no caso do TCM, o TJ-SP decidiu favoravelmente aos funcionários, determinando a volta dos supersalários. A Câmara recorreu e ainda aguarda decisão do STF. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Servidores da prefeitura de Salvador realizaram protesto na manhã de hoje (20) na Praça Castro Alves. O protesto é contra a decisão do Tribunal de Contas do Município (TCM) que ameaça o atendimento médico-hospitalar da categoria. Na decisão, o TCM exige que as autarquias municipais cancelem o contrato com empresas de planos de saúde particulares para atendimento dos servidores.

Os trabalhadores estavam organizados em suas associações da classe negando a participação do Sindicato dos Servidores da Prefeitura do Salvador (Sindseps) com o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e tentam negociar diretamente com a prefeitura. Estavam representadas no protesto a Superintendência de Trânsito e Transporte de Salvador (Transalvador), a Superintendência de Conservação e Obras Públicas (Sucop) e a Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom).

##RECOMENDA##

"São  milhares de famílias que há 20 anos são atendidas e que agora podem interromper tratamentos e atendimentos de urgência. Com saúde não se brinca, não aceitaremos que seja cortado nosso plano de saúde, não permitiremos que nossos familiares e colegas fiquem sem cobertura, depos de ter trabalhado tanto tempo à serviço dessa cidade”, avaliou Mércia Arruti, uma das líderes do movimento. 

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando