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Os lojistas se preparam para as contratações de final de ano e a expectativa é de que 233 mil trabalhadores temporários sejam absorvidos pelos setores do comércio e de serviços. Isso é o que aponta levantamento feito pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), que revelou ainda que a maior parte das novas vagas deva ser preenchida em novembro.

Dos empresários consultados que têm a intenção de fazer alguma contratação, 48% afirmaram que deixarão para realizá-la em novembro. Outros 27% declararam que pretendem dar início às seleções ainda em outubro; 19% alegaram já ter realizado a contratação e apenas 5% esperariam até dezembro para contratar.

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Em nota divulgada pela CNDL, o presidente da entidade, Roque Pellizzaro Junior, afirma que o ideal é que as contratações tivessem sido feitas até outubro. Isso permitiria, na avaliação dele, que os novos funcionários passassem por um período de treinamento e adaptação. "No entanto, a pesquisa mostra que muitos empresários acabam deixando para reforçar o quadro de funcionários no mês de novembro."

Com relação às características pessoais e habilidades profissionais dos empregados procurados pelos comerciantes, o levantamento apontou que 91% dos contratados devem ter entre 18 e 34 anos e as funções mais demandadas são vendedor (32%), caixa (16%) e estoquista (13%).

A pesquisa aponta ainda um quadro positivo para as perspectivas de vendas para o fim de ano. Entre os empresários entrevistados, 83% esperam vendas iguais ou maiores do que as de 2012 e apenas 12% acreditam que a situação será pior. O levantamento mostra que o principal motivo para o otimismo, citado por 36% dos entrevistados, é a maior disponibilidade de crédito.

Na opinião dos economistas do SPC Brasil, apesar dos recentes indicadores mostrarem mais cautela do consumidor nas compras a prazo, é natural que o período natalino impulsione as vendas no comércio. Tradicionalmente, lembram, é a data de maior lucratividade para o varejo nacional.

Pesquisa encomendada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) revela que 293,2 mil comerciantes devem contratar pelo menos um funcionário temporário para as vendas de fim de ano. O estudo mostra também que, após o período de festas, pelo menos 205,3 mil temporários devem ser efetivados.

O setor de roupas e calçados é o que deve contratar mais temporários, seguido pelo de perfumaria e cosméticos e diversos, como moda esportiva, ótica e brinquedos. Ainda de acordo com a pesquisa, boa parte dos contratados para serviços temporários deve ter entre 18 e 24 anos com ensino médio completo. Os salários serão de até dois mínimos, além da comissão por venda. A pesquisa ouviu 609 empresários de todo o País.

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Mesmo com previsões de crescimento modesto das admissões temporárias, está mais difícil neste fim de ano recrutar trabalhadores em algumas regiões do País. Com a economia funcionando praticamente em pleno emprego, os empresários usam as estratégias mais inusitadas para fisgar os trabalhadores.

Na região de Jundiaí, no interior de São Paulo, a Câmara dos Dirigentes Lojistas e o Sindicato do Comércio Varejista estão "laçando" trabalhadores nas ruas. Edison Maltone, que preside as duas entidades, conta que desde o fim de setembro foi iniciada uma campanha batizada de Pit Stop do Comércio para recrutar mão de obra local.

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Carros de som percorrem os bairros mais distantes das cidades da região avisando onde será instalada a tenda ao ar livre que receberá os currículos dos candidatos a uma vaga temporária.

Maltone conta que, além de receber os currículos que vão para o banco de dados, os funcionários desses serviços ajudam o candidato a fazer o currículo padrão e dão orientações sobre como proceder na entrevista. "Até agora já cadastramos 1.500 trabalhadores", diz ele, acrescentado que a tenda já percorreu 15 locais diferentes.

Ele aponta vários fatores que contribuíram para a falta de mão de obra para o comércio na região de Jundiaí. Um deles foi a recente inauguração de um shopping com 200 lojas, além das admissões feitas pela indústria de eletrônicos Foxconn na região. O aumento do número de microempreendedores individuais também ajudou a reduzir a oferta de mão de obra.

"Pela primeira vez, o interior do Estado vai ultrapassar a capital na abertura de vagas temporárias", diz o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo, Maurício Stainoff. Das 44 mil vagas projetadas para o Estado, 24 mil serão no interior. "Muitas empresas estão saindo da capital." A diretora de Gestão de Gente do Grupo Pão de Açúcar, Magna Santos, confirma que há maior dificuldade de contratações no interior do Estado, nas regiões de Campinas e Ribeirão Preto, além de Curitiba (PR).

A dificuldade de recrutar mão de obra temporária fez com que algumas grandes empresas varejistas passassem a oferecer vale-refeição a esses trabalhadores neste fim de ano, conta Michelly Takabayashi, gerente corporativa da Randstad, multinacional voltada ao recrutamento de pessoal.

Diante da escassez de profissionais qualificados de vendas, ela conta que há companhias que passaram a admitir auxiliares de loja para executar funções normalmente do vendedor, como arrumar os produtos nas prateleiras. "O vendedor agora só está vendendo", diz ela. Com isso, a intenção é que ele concentre a sua atenção na venda e as demais tarefas sejam desempenhadas por uma equipe de apoio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

O comércio deve gerar 160 mil empregos temporários para o Natal deste ano, de acordo com estimativa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Segundo a entidade, o número corresponde a um crescimento de 11% em relação às 144 mil vagas temporárias geradas no fim de 2010 e de 28% comparado aos 125 mil postos gerados em 2009. Mas a previsão da CNDL é de que apenas 5% dos temporários sejam mantidos no início de 2012, índice três vezes menor do que os 15% registrados na passagem de 2010 para 2011.

Segundo o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, as vendas do comércio varejista no fim do ano devem crescer entre 6% e 7% ante o ano passado, apesar do cenário de acomodação da economia e da alta de preços de produtos e serviços. "Isso é absolutamente espetacular, porque estaremos crescendo sobre uma base altíssima de vendas", disse. A CNDL projeta um crescimento de 6% das vendas do comércio, em 2011.

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