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A primeira-dama Michelle Bolsonaro reproduziu, em uma rede social, uma captura de tela com a manchete da Folha de São Paulo para um estudo que defende a tese de que Jesus Cristo foi vítima de abuso sexual antes de ser crucificado. Na publicação da esposa do presidente da República, ela condenou a opinião do teólogo inglês David Tombs, de 57 anos, autor do estudo. “Cristofobia e insanidade”, escreveu. 

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*Perfil que replica as publicações de Michelle Bolsonaro 

Segundo a reportagem da Folha, "por séculos, as artes plásticas traduziram o desnudamento antes da execução como um aspecto lateral, que Jesus encarou serenamente ao subir à cruz que marcou o pensamento do Ocidente." 

Para o teólogo David Tombs, isso significaria que Jesus Cristo foi vítima de um abuso sexual: "exposto em sua nudez, espancado e humilhado enquanto nu, em uma recreação sádica que contou com 500 soldados, entre participações diretas e olhares curiosos". 

David Tombs é professor de teologia e questões públicas na Universidade de Otago, na Nova Zelândia, e publicou em 1999 seu primeiro artigo sobre o tema, intitulado "Crucificação, terrorismo de Estado e abuso sexual". 

Michelle tem boa parte da sua atuação filantrópica baseada em princípios cristãos e se considera "uma mulher de Deus". A primeira-dama costuma ser neutra diante de assuntos polêmicos, mas compartilha dos mesmos ideais que o marido, o presidente Jair Bolsonaro (PL), e é uma conservadora convicta do bom exemplo que representa, apesar do envolvimento com supostos privilégios em ações do Governo Federal. 

Print da publicação original de Michelle Bolsonaro, no Instagram. Foto: Reprodução

Qual seria a postura de Jesus Cristo diante de alguns temas sociais da atualidade? Como ele se posicionaria, que lado defenderia? Um teólogo e um padre foram convidados a responder essas perguntas. Em comum, os dois acreditam que Jesus estaria envolvido com as pautas de direitos humanos.

“É impossível ser um seguidor de Jesus Cristo sem um profundo compromisso com os direitos humanos”, avalia Sérgio Vasconcelos, coordenador do departamento de teologia da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap).

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 Violência

 De janeiro a setembro deste ano, o Brasil teve mais de 30 mil mortes violentas. Apesar de elevado, há uma queda de 22% no número de homicídios em relação a 2018. As mortes cometidas pela polícia, entretanto, aumentaram, assim como superlotação dos presídios e o número de presos provisórios.

"Existe um desejo nosso quase antropológico do olho por olho, dente por dente. Mas Jesus representa uma outra lógica, do perdão, da misericórdia, de estar disposto a acolher qualquer pessoa em atitude de reconhecimento de culpa. É uma incoerência um cristão que é a favor da pena de morte”, diz o teólogo. 

 Segundo o padre Josenildo Tavares, coordenador arquidiocesano de pastorais, Jesus não estaria do lado do punitivismo, pois teve um estilo de vida de não-violência. “Com o próprio Judas, que o traiu, ele não usou de violência. É inadmissível que da boca de um cristão saiam palavras como essa de 'bandido bom é bandido morto'. Lamentamos muito outras igrejas e até líderes católicos posando com arma na mão, lideranças de comunidades fazendo 'arminhas'”, avalia o religioso.

Foi-lhe entregue o livro do profeta Isaías. Abriu-o e encontrou o lugar onde está escrito: O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para pregar boas novas aos pobres. Ele me enviou para proclamar liberdade aos presos e recuperação da vista aos cegos, para libertar os oprimidos e proclamar o ano da graça do Senhor. Então ele fechou o livro, devolveu-o ao assistente e assentou-se. Na sinagoga todos tinham os olhos fitos nele; e ele começou a dizer-lhes: ‘Hoje se cumpriu a Escritura que vocês acabaram de ouvir’. (Lucas 4:17-21)

 Crise migratória

 O drama de pessoas refugiadas ocorre em todo o planeta. O Brasil tem lidado com refugiados venezuelanos, que fogem da crise instalada em seu país. A Operação Acolhida, criada durante o governo de Michel Temer, já interiorizou mais de 13 mil venezuelanos. Há um temor que o país, principalmente o estado de Roraima, esteja à beira de um colapso social. 

Vasconcelos destaca que, desde o antigo testamento, um dos critérios para salvação é o acolhimento do estrangeiro, do órfão e da viúva. "A gente não pode esquecer que o próprio Jesus também foi estrangeiro. Ele teve que fugir do Egito por causa da perseguição de Herodes.”

"Jesus diria: 'eu também fui imigrante'", diz o padre, fazendo um paralelo com a atualidade. "Eu sou pároco das Graças [no Recife] e lá estamos presente na vida dos venezuelanos. É triste, eles são índios, não falam espanhol, não falam português."

“Bem-aventurados os misericordiosos, pois obterão misericórdia.” (Mateus 5:7)

Desigualdade social

 O teólogo Sérgio Vasconcelos diz que pobreza, injustiça e exclusão do ser humano são sinais do anti-reino de Deus. "Nesse sentido, diante dessas injustiças, com certeza Jesus teria uma postura profundamente crítica. Jesus se colocaria no centro dessa questão, combateria a opressão."

O padre reforça que Cristo nasceu em um contexto de desigualdade social. "Jesus tinha um vínculo com os marginalizados. Hoje dizem que isso é comunismo, socialismo. A gente lamenta muito que as pessoas polarizem algo que está além do partidarismo". Tavares acrescenta: "Com certeza Jesus estaria do lado dos mais pobres."

 Segundo relatório divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) neste ano, o Brasil é o sétimo país com maior desigualdade de renda, ficando à frente apenas de países do continente africano. Os dados foram coletados em 2017. A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) mostrou, também este ano, que apesar da melhora nos índices de desnutrição no país, a parcela que passa fome no Brasil ainda é considerável. 

 “Pois eu tive fome, e vocês me deram de comer; tive sede, e vocês me deram de beber; fui estrangeiro, e vocês me acolheram; necessitei de roupas, e vocês me vestiram; estive enfermo, e vocês cuidaram de mim; estive preso, e vocês me visitaram.” (Mateus 25:35-36)

Homofobia

Sobre a homossexualidade, Vasconcelos destaca que não há relatos bíblicos de Jesus se confrontando com essa temática. "Nesse sentido, a gente entra em um terreno imaginativo", salienta o professor. "O que a gente sabe é que ninguém, absolutamente ninguém, hétero ou homo, ou trans, seja que categoria for, é excluído do desejo universal de salvação de Jesus", diz o teólogo.

O padre Tavares é mais cauteloso em sua fala, mas acredita que Jesus estaria do lado das vítimas. "Eu posso dar minha opinião, mas não posso usá-la para lhe agredir. Eu posso discordar, mas não tenho o direito de lhe reduzir a uma coisa. Recife é uma cidade em que já mataram muitos travestis. Em nome de quem? De Deus, de Cristo? Que sacristia é essa que leva a eliminar?", questiona o pároco. "No outro mora Deus, mora o sagrado, é um irmão. Quando a gente acolhe, a gente cresce", completa. 

 No início deste ano, o Grupo Gay da Bahia, entidade que registra dados de violência contra LGBTs há décadas, divulgou o relatório de 2018. Foram registradas no último ano 420 mortes de LGBT, sendo 320 homicídios e 100 suicídios. Segundo os dados, a cada 20 horas um LGBT é morto ou comete suicídio no Brasil.

“Bem-aventurados os pacificadores, pois serão chamados filhos de Deus.” (Mateus 5:9)

Ataque aos direitos humanos

O teólogo Sérgio Vasconcelos diz que, "de forma clara e absoluta", Jesus seria um defensor dos direitos humanos. "Seria impossível a Declaração de Direitos Humanos sem a contribuição da cultura judaica cristã. Mesmo pensadores que são ateus dão esse reconhecimento", salienta o professor.

Segundo o pesquisador, os direitos humanos buscam preservar a dignidade humana, mesmo intuito de Cristo. "Jesus tinha profunda convicção  que o reino de seu pai passa pela dignidade da pessoa humana. Não há um biblista ou teólogo sério que discorde disso."

 O padre Tavares destaca que a sociedade costuma criticar os direitos humanos, mas que essa não seria a postura do filho de Deus. "Não tenho dúvida que ele estaria dando voto de aplauso aos direitos humanos."

     O teólogo Leonardo Boff visitou o ex-presidente Lula, nesta segunda-feira (12), na cela especial onde se encontra preso, em Curitiba. Após o encontro com o amigo, Boff expôs que Lula pensava que seria solto após a eleição. Também falou que o líder petista, que se encontra preso desde o dia 7 de abril deste ano, deseja que o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) faça "um bom governo".   

"Nos abraçamos como velhos amigos. Ele está com um humor que me surpreendeu. Ele disse que está com a alma tranquila, serena, embora como sempre indignado porque acha que a condenação não tem nenhuma base material. Ele pensava que passando a eleição o liberasse (sic), mas não o liberaram e usam ele como troféu para sustentar as mentiras que fizeram, especialmente aquele desenho onde ele era a cúpula de todo o mal", declarou. 

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Leonardo Boff também falou que foi montada uma narrativa fazendo Lula um "chefe de quadrilha", mas garantiu que não há provas. "Vasculharam todas as contas, não encontraram um centavo, nada que possa incriminá-lo, então ele me repetiu 'faça o desafio novamente ao Moro que se ele apresentar uma única prova sobre o triplex, eu quero ir na hora para a prisão', só que nao apresentam porque não tem".   

Segundo ele, durante a conversa, Lula também teria desejado que o Brasil tivesse um "futuro bom". "Quero que o governo dê certo", teria afirmado. No entanto, teria se mostrado preocupado com os que já estão sofrendo, ressaltando que as políticas sociais que vierem não podem aumentar o sofrimento do povo porque, caso contrário, o governo se tornará "inimigo do povo".   

O teólogo deixou de presente para Lula 40 cordéis sobre literatura popular porque, de acordo com ele, o petista adora. "Então, ele está muito animado, eu não encontrei modificação nenhuma, cheio de humor. Me contou várias histórias, ria para caramba e só sai porque os advogados me expulsaram", brincou.

Na quarta-feira (4), durante uma conversa entre Adrilles e Marco na casa do Big Brother Brasil, o poeta quis saber a opinião do teólogo sobre o casamento gay e adoção de crianças por casais homossexuais. Marco afirmou que era 'contra o casamento homossexual dentro da igreja' e que 'não teria como sustentar, biblicamente, um negócio desses'.

Em seguida, Marco admitiu que sua opinião poderia lhe complicar no jogo e tentou medir as palavras. Adrilles também quis saber se Marco tinha a mesma opinião com relação ao caso de adoção de crianças por casais gays.

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Marco afirmou que não acredita que acontece um suprimento familiar completo. "Vai de caso para caso. Uma criança que fica em um abrigo, eu acredito que ela não está sendo suprida afetivamente do jeito que seria em um núcleo familiar", explicou. 

O teólogo entrou no reality substuindo o bailarino pernambucano Rogério, que desistiu de participar do programa ainda no período de confinamento do hotel. Na época, Rogério afirmou em entrevista eo LeiaJá que não conseguiria ficar longe da esposa e das 'cachorras'.

A pouco mais de um dia para o início do reality show mais queridinho da televisão brasileira, a lista de participantes passou por uma mudança. O bailarino recifense Rogério não aguentou a pressão do confinamento - realizado uma semana antes do início do programa - e desistiu de participar do Big Brother Brasil 15.

A produção da atração anunciou rapidamente um novo concorrente ao prêmio de R$ 1,5 milhão. Jogador de pôquer durante seis anos, Marco trocou as cartas pelo estudo da Teologia e agora estará na casa mais vigiadada Brasil.

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Marco já passou pela Aeronáutica e por uma faculdade de Engenharia Civil. Em 2009, o novo participante do BBB 15 foi campeão brasileiro de pôquer. Marco também chegou a disputar o mundial da modalidade em Las Vegas, nos Estados Unidos, e faturou sua maior quantia na atividade: 36 mil dólares. De acordo com informações da produção do programa, Marco também estudou teologia. 

O bailarino Rogério ainda não comentou publicamente qual teria sido o motivo da sua desistência. Procurada pela reportagem do LeiaJá, a esposa de Rogério, Camila Sérgio, disse que ele ainda não chegou ao Recife e nem entrou em contato com ela. Camila preferiu não entrar em detalhes e afirmou que o bailarino, provavelmente, não comentará o fato.

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