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Defensor da liberação da maconha, o ex-vereador e presidente do PT no Recife, Osmar Ricardo, disse que muitas pessoas têm a mesma opinião que ele sobre o assunto, mas ficam com “medo de assumir”. Em entrevista concedida ao LeiaJá, Osmar declarou que não tem receio de falar do que acredita. “Eu sou daqueles que ninguém vai me iludir. Tudo que eu falo, eu acredito e faço com vontade”, cravou.

O militante disse que luta a favor da causa porque acha muito importante. “Fizemos várias audiências públicas antes da Marcha da Maconha, no Centro da cidade, para debater e mostrar à sociedade o que era que a gente defendia: a liberação para fins terapêuticos”, relembrou.

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Osmar destacou que a liberação da maconha para esse fim foi reconhecido pela Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária]. “Foi um ganho para o povo. Algumas pessoas tem epilepsia especial, que sente dores, e a Cannabis tem uma substância que acalma, que tira a dor, então isso é importante, inclusive, tem gente aqui no estado de Pernambuco que já ganhou o direito de plantar a maconha em sua casa para uso medicinal, que tem todo uma preparação de cuidado. É uma coisa polêmica, mas importante para quem precisa dela”, declarou. “Eu acho que é uma luta da gente importante como a do movimento LGBT. Há vários projetos como a questão dos servidores municipais. Eu sou presidente do sindicato dos servidores municipais do recife, fui reconduzido no mês passado”, acrescentou.

Mandato no PT

Como presidente do PT no Recife, ele declarou que seu trabalho será o de continuar junto à sociedade. “Eu acho que é isso, continuar defendendo o que a gente acredita: estar junto da sociedade. É o papel do vereador, do papel do diretório municipal, que é estar juntos participando dos atos e das atividades nos bairros. É o que o PT precisa voltar e já está voltando, há um certo tempo, e que a gente vai avançar nas lutas da cidade do Recife e do estado”.

Para isso, Osmar disse que é preciso fortalecer o PT. “Buscar as pessoas que saíram do nosso partido, pessoas importantes. Começar a resgatar e trazer de volta para o debate político socialista. Trazer também pessoas novas para o PT, para se filiar, e que defendemos movimentos populares”, frisou.

O governador de Nova York, Andrew Cuomo, sancionou uma lei que autoriza o uso de maconha com fins terapêuticos, fazendo desse estado americano o 23º a flexibilizar a legislação sobre o tema.

Essa lei compreende apenas a distribuição, por profissionais registrados, para pessoas que sofram de patologias graves, como câncer, Aids, doença de Lou Gehrig, Mal de Parkinson, esclerose múltipla, ferimentos na medula espinhal e epilepsia, entre outras.

Essas pessoas deverão ter sido previamente aceitas no programa. Apenas cinco empresas terão permissão para cultivar a planta e distribuí-la no estado, em um máximo de 20 locais.

A droga não poderá ser fumada, e as doses serão limitadas. O tratamento não poderá passar de 30 dias. "Nova York se orgulha de ter estado em sua história na vanguarda de muitos avanços médicos", declarou Cuomo, ao assinar a lei.

"Estamos aqui para ajudar as pessoas e, se houver um avanço na medicina, queremos que os nova-iorquinos possam se beneficiar disso", acrescentou, em uma entrevista coletiva.

Cuomo, que durante muito tempo se opôs a essa medida e disputará a reeleição no outono (hemisfério norte), saudou essa legislação. Segundo ele, "oferece o melhor do que a maconha com fins terapêuticos pode dar, da maneira mais controlada possível".

"Trata-se da decisão mais inteligente que o Estado já tomou até agora em relação ao tema", garantiu.

Ao todo, 23 estados americanos e a capital federal, Washington, D.C., autorizam o uso de maconha com fins terapêuticos e com limites variáveis. Alguns estados até permitem que os pacientes tenham algumas mudas.

Dois estados legalizaram a maconha completamente: Colorado (oeste) e Washington (noroeste).

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