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A mesma força gravitacional que gera marés altas quando a Lua e o Sol se alinham também pode ajudar a desencadear grandes terremotos, de acordo com um estudo divulgado nesta segunda-feira (12). Compreender melhor este mecanismo pode ajudar a prever quando as falhas geológicas conhecidas são mais propensas a produzir terremotos mortais, disseram os pesquisadores.

"Grandes terremotos são mais prováveis ​​durante períodos de estresse elevado das marés", concluíram os cientistas na revista científica Nature Geoscience. Quando a força da gravidade é mais forte, acrescentaram, "aumenta a probabilidade de uma pequena falha de rocha expandir para uma ruptura gigantesca".

Durante séculos após a descoberta de que as forças solares e lunares afetam as marés dos oceanos, cientistas especularam se elas também fazem a crosta terrestre ceder e quebrar. Mas só recentemente pesquisas estatísticas começaram a estabelecer uma ligação firme entre alinhamentos planetários e tremores de terra.

Satoshi Ide, professor da Universidade de Tóquio, e colegas concentraram a pesquisa em grandes tremores de terra - de magnitude 5,5 ou superior - em todo o mundo ao longo das duas últimas décadas.

A equipe reconstruiu o tamanho da força gravitacional nas duas semanas anteriores a cada tremor. Eles não encontraram nenhuma correlação clara com tremores menores. Muitos dos terremotos maiores, no entanto, ocorreram durante períodos em que a força gravitacional da Lua e do Sol estavam particularmente fortes.

Entre eles, está o terremoto de 26 de dezembro de 2004 em Sumatra, que devastou uma grande faixa da ilha e causou um tsunami mortal em direção ao sul e ao sudeste da Ásia. Cerca de 220.000 pessoas morreram.

A mesma associação foi encontrada em dois outros grandes sismos, o tremor de 2010 perto de Maule, no Chile, e o terremoto de 9,0 graus de magnitude ao largo da costa da ilha de Honshu do Japão em 2011, que deixou cerca de 19.000 mortos e afetou a usina nuclear de Fukushima.

Como exatamente grandes terremotos começam e evoluem ainda é pouco compreendido. Uma teoria sugere que todos os tremores começam com uma pequena fratura e evoluem até rupturas de grande escala. Se isso for verdade, então o novo estudo sugere que a probabilidade de isso acontecer aumenta no período logo após a lua nova ou cheia.

As descobertas "podem ser usadas ​​para melhorar a previsão probabilística de terremotos, especialmente para terremotos extremamente grandes", concluíram Ide e seus colegas.

Os desastres naturais causaram mais de oito milhões de mortes em todo o mundo desde o início do século XX - cerca de 50.000 por ano - e custaram sete trilhões de dólares, segundo um estudo publicado nesta segunda-feira (18).

As inundações (38,5% dos danos) e as tempestades (20%) representam quase 60% desses custos, de acordo com o estudo, apresentado em Viena durante uma reunião da União Europeia de Geociências. Desde 1900, os terremotos provocaram cerca de 30% das vítimas fatais de catástrofes naturais.

Os sismos causaram 26% das perdas econômicas atribuídas aos desastres naturais, e as erupções vulcânicas, 1%. A esses fenômenos se acrescentam os incêndios florestais, as estiagens, as ondas de calor e outros.

James Daniell, engenheiro do Instituto Tecnológico de Karlsruhe (oeste da Alemanha), registrou 35.000 desastres naturais entre 1900 e 2015, o que representa a maior base de dados que existe hoje sobre esse tema.

"As inundações são as primeiras responsáveis" pelas perdas econômicas e pelo número de mortos (a metade), declarou à AFP este cientista australiano especialista em estudo de riscos. Não obstante, afirma Daniell, desde 1960 as tempestades se tornaram mais destrutivas que as inundações a nível econômico.

Desde o início do século XX, acrescenta o cientista, "o número de falecimentos atribuídos a catástrofes naturais se manteve constante, de maneira surpreendente, con una ligeira queda", ainda que a população mundial tenha aumentado consideravelmente. "Cerca de 50.000 pessoas morrem a cada ano por causa delas", diz.

Forças do exército e outras equipes de resgate trabalham neste sábado na tentativa de encontrar sobreviventes nos escombros após dois fortes terremotos atingirem a região sudoeste do Japão. Até agora, as autoridades relatam que 32 pessoas morreram nos tremores e cerca de 1.500 pessoas ficaram feridas. São esperadas chuvas na região, o que deve complicar ainda mais os trabalhos de resgate. As chuvas também aumentam os riscos de deslizamentos de terra em áreas rurais isoladas.

Na madrugada de sábado, um tremor de 7,3 graus atingiu a região de Kumamoto, na ilha de Kyushu, deixando ao menos 22 mortos. O primeiro terremoto, de 6,5 graus, atingiu o local na noite de quinta-feira, matando dez pessoas.

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A mídia local reporta que quase 200 mil domicílios estão sem energia elétrica e que os sistemas de distribuição de água potável também falharam na região. Há pelo menos 184 pessoas gravemente feridas e cerca de 91 mil habitantes tiveram de deixar suas casas.

O primeiro-ministro, Shinzo Abe, expressou preocupação sobre desastres secundários, que podem ser causados pela chuva e pelos ventos fortes previstos. Deslizamentos de terra foram registrados e bloquearam estradas e destruíram pontes. Fonte: Associated Press.

Um forte terremoto de 8 graus abalou nesta quarta-feira (16) a região central do Chile, balançando prédios, provocando um alerta de tsunami e deixando a população em pânico, informou o Centro Simológico Nacional da Universidade do Chile (CSN). Inicialmente, a Marinha chilena tinha estimado o sismo em 7,2 graus, mas posteriormente, o governo ajustou a magnitude para 8 graus na escala Richter.

O Serviço Sismológico dos Estados Unidos (USGS) informou um terremoto de 8,3 graus de magnitude, situando o epicentro 230 km ao norte de Santiago. O tremor ocorreu às 19H54 local (e Brasília), com epicentro situado 36 km a oeste da localidade de Canela Baja, na região de Coquimbo (500 km ao norte de Santiago), a uma profundidade de 11 km, segundo o CSN.

O Serviço Hidrológico e Oceanográfico da Marinha (Schoa) emitiu um alerta de tsunami para toda a costa do país, ordenando a evacuação das cidades situadas à beira-mar. O terremoto foi de longa duração e seguido de vários tremores secundários muito fortes.

Em Santiago, capital chilena com 6,6 milhões de habitantes, o terremoto causou pânico e milhares de pessoas foram às ruas, constatou um jornalista da AFP. "Preliminarmente, não foram reportados danos a pessoas, alteração de serviços básicos ou infraestrutura em virtude deste sismo", indicou um informe do Escritório Nacional de Emergência (Onemi).

Katmandu, 31/05/2015 - Milhares de escolas dos distritos mais atingidos por terremotos no Nepal reabriram neste domingo. Com a maioria dos edifícios escolares danificados ou inseguros, o Ministério da Educação ordenou que as aulas sejam realizadas em salas de aula temporárias.

Os terremotos de 25 de abril e 12 de maio mataram 8.693 pessoas e feriram outras 22.221. Estima-se que mais de 90% das escolas foram destruídas nos distritos mais atingidos de Gorkha, Sindhupalchok e Nuwakot.

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Segundo comunicado do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), 32 mil salas de aula foram destruídas e 15.352 ficaram danificadas após os dois terremotos no Nepal. A alta taxa de evasão escolar do país já era uma grande preocupação, segundo a Unicef, que estimou que 985 mil crianças não conseguiriam retornar às aulas neste domingo, enfrentando grande risco de abandonar a escola.

Niraj Kayanstha, professor na escola Changuranayan, a leste de Katmandu, disse à Rádio Nepal que cerca de metade dos 400 alunos foram à escola no domingo. Conforme Kayanstha, eles não estavam estudando, mas cantando e dançando e conversando com os professores sobre as suas experiências durante os terremotos. Fonte: Associated Press.

Números atualizados sobre as vítimas do terremoto que atingiu o Nepal no último sábado (25) apontam para 5.057 mortos e 10.915 feridos. As equipes de resgate começam a se aproximar das áreas mais devastadas do interior, entre Katmandu e Pokhara, onde estava o epicentro do terremoto.

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Os relatos apontam para vilarejos inteiros devastados e centenas de vítimas ainda não contabilizadas. Desde segunda-feira (27), helicópteros passam o dia sobrevoando a capital nepalesa, trazendo centenas de vítimas das regiões mais afetadas. As estimativas do governo local indicam que o total de mortes pode chegar a 10 mil.

Em entrevista na manhã desta terça-feira, 28, o primeiro-ministro nepalês, Sushil Koirala, voltou a pedir doações da comunidade internacional, especialmente de água, remédios e tendas. "O governo está fazendo tudo o que pode em resgate e ajuda", afirmou, mas reconheceu que a administração pública foi pega de surpresa pela escala das necessidades e o atendimento no interior, especialmente nas vilas do sopé do Himalaia, prejudicado pela falta de equipamentos e pessoal de resgate treinado.

O mundo já viu terremotos mortíferos na última década, além do tremor de magnitude 7,8 que atingiu neste sábado (25) várias regiões de Nepal, Bangladesh e Índia, deixando mais de 1.000 mortos, segundo um balanço provisório. 

 

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Conheça os abalos sísmicos mais fatais registrados nos últimos dez anos:

- 3 de agosto de 2014 - China - Um terremoto de magnitude 6,1 deixou 600 mortos e mais de 2.400 feridos em uma região montanhosa da província de Yunnan (sudoeste). Cerca de 80.000 casas desabaram, sobretudo em Longtushan, uma cidade de 50.000 habitantes situada no epicentro do tremor.

- 23 de outubro de 2011 - Turquia - Mais de 600 pessoas morreram e ao menos 4.150 ficaram feridas em terremoto de magnitude 7,2 na província oriental de Van.

- 11 de março de 2011 - Japão - Cerca de 19.000 pessoas morreram em terremoto de magnitude 9, seguido de enorme tsunami que arrasou a região de Tohoku (nordeste) e provocou um grave acidente nuclear na central de Fukushima.

- 14 de abril de 2010 – China - Um terremoto de magnitude 6,9 deixou cerca de 3.000 mortos na província remota de Qinghai (noroeste).

- 27 de fevereiro de 2010 - Chile - Mais de 520 pessoas morrem em terremoto de magnitude 8,8, seguido de tsunami que alcançou o sul do país, sobretudo a região do Maule.

- 12 de junho de 2010 - Haiti - Um terremoto de magnitude 7 deixou mais de 200.000 mortos e destruiu grande parte da capital, Porto Príncipe. A catástrofe deixou mais de um milhão de deslocados.

- 30 de setembro de 2009 - Indonésia - Mais de 1.100 pessoas morreram em terremoto de magnitude 7,6 que atingiu o oeste da ilha de Sumatra, em particular a grande cidade portuária de Padang. Cerca de 500.000 pessoas ficaram desabrigadas.

- 12 de maio de 2008 - China - Um terremoto de magnitude 8 deixou quase 87.000 mortos, em sua maioria na província de Sichuan (sudoeste). Foi o terremoto mais mortífero na China em 32 anos.

- 15 de agosto de 2007 - Peru - Terremoto de magnitude 7,7 deixou mais de 900 mortos e desaparecidos no sul do país e em sua capital Lima.

- 27 de maio de 2006 - Indonésia - Terremoto deixou cerca de 6.000 mortos e 1,5 milhão de deslocados na região de Yogyakarta, na ilha de Java.

- 8 de outubro de 2005 - Paquistão/Índia - Terremoto deixou ao menos 75.000 mortos na região da Caxemira, entre eles 73.300 no Paquistão.

- 26 de dezembro de 2004 - Mais de 220.000 pessoas morreram em uma dezena de países do oceano Índico, entre elas 170.000 na Indonésia, após um terremoto de magnitude 9,3 em frente à costa indonésia de Sumatra, seguido de um enorme tsunami.

Milhares de pequenos terremotos na Islândia elevaram os riscos de erupção de um dos vulcões do país. Sismólogos afirmaram nesta terça-feira que o magma já está se movendo, mas ainda de forma horizontal.Por conta dessa possibilidade, as autoridades locais subiram o nível de alerta da aviação para a cor laranja, a segunda mais grave.

O alerta é preocupante por causa do caos gerado pela erupção do Eyjafjallajokul, ocorrida em abril de 2010 e que resultou no cancelamento de mais 100 mil voos. As cinzas vulcânicas que flutuam na atmosfera são uma ameaça à segurança dos aviões.

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Desde sábado, cerca de 3 mil terremotos foram relatados em Bardarbunga, um estratovulcão subglacial localizado abaixo da maior geleira do país. O serviço de meteorologia da Islândia informou que tremores acima da magnitude 3 foram registrados nas últimas 24 horas. Fonte: Associated Press.

São Paulo, 03/04/2014 - Depois de a região norte do Chile registrar um novo tremor de 7,8 graus na escala Richter na noite de ontem e ter novos alertas de possíveis tsunamis, a população chilena ainda sofre com as incertezas e possibilidades de novos terremotos. Segundo o Centro Sismológico Nacional (CSN), mais de 50 réplicas de temores foram registrados nesta madrugada nas localidades de Arica, Parinacota e Tarapacá. Na média, a cada seis minutos acontece uma réplica dos terremotos registrados nos últimos dois dias, segundo o CSN.

Um desses terremotos registrou 6,3 graus e outros sete sismos atingiram 5 graus. Além disso, 19 temores estiveram entre 4 e 4,9 graus. Com essa sequência de abalos sísmicos, os habitantes da região tiveram que, novamente, sair de suas casas e se dirigirem para zonas mais altas das cidades, como forma de proteção. Durante à noite, a presidente chilena, Michele Bachelet, precisou ser retirada do hotel em que estava hospedada em Arica e foi conduzida a uma zona de segurança.

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"Fui removida como qualquer outro cidadão chileno. Podemos perceber que nos últimos anos a nossa população se preparou para incidentes como esse", disse a presidente no Twitter.

Em entrevista à mídia local, o diretor do centro, Sergio Barrientos, assegurou que é "normal" que se produzam fortes abalos sísmicos como registrados na noite anterior, mas não descartou a possibilidade de ocorrerem novos terremotos de grande escala na região norte.

Após o tremor de 7,6 graus, o Ministério da Educação do Chile decidiu suspender por tempo indeterminado as aulas na parte norte do país. Nos aeroportos, a orientação é para que os passageiros entrem em contato com as companhias aéreas para confirmar os voos.

Até o momento, seis mortes foram confirmadas em função dos terremotos dos últimos dois dias. O Chile é um dos países mais sujeitos a terremotos no mundo e os tsunamis são um perigo constante devido a proximidade do país com a placa tectônica Nazca. (Edgar Maciel - edgar.maciel@estadao.com)

Terremotos atingiram o nordeste da China neste sábado - o mais forte de magnitude 5,5, de acordo com sismólogos. Esse tremor ocorreu às 19h04 (horário local), a 34 quilômetros ao norte de Changling, na província de Jilin, a uma profundidade de 12,5 quilômetros, informou o Serviço de Pesquisa Geológica dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês). Cerca de 30 minutos depois, um novo tremor, de 4,9 graus, foi sentido no sul da cidade de Qian'an.

Mais de 58 mil pessoas foram afetadas pelos terremotos. De acordo com o escritório de comunicação da província de Jilin, 16.094 pessoas foram retiradas de seus lares e mais de 18 mil casas foram danificadas. A agência de notícias oficial do país, a Xinhua, informou que algumas vilas ficaram sem luz. Fonte: Dow Jones Newswires.

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Recentemente a empresa Kast desenvolveu o primeiro tecido de revestimento para paredes capaz de retadar e até evitar rachaduras. O "papel de parede" sísmico é composto de fibras de vidro e polímeros. Segundo o professor do Instituto Karlsruhe, Lothar Stempniewisky "o grau de destruição depende do tempo de duração do que da intensidade que o abalo atinge na escala Richter". O objetivo do papel é atrasar ou mesmo impedir a ruína das paredes. 

Depois de inúmeros testes simulando tremores de diferentes magnitudes, o trabalho de pesquisa resultou no EQ-Top, um tecido especial de fibra de vidro e adesivo de alta tecnologia, que é colado como um papel de parede convencional. O principal componente do sistema é o adesivo formulado com Dispercoll U, que nada mais é que dispersão de poliuretano desenvolvida pela Bayer MaterialScience.                                

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Os mecanismos de proteção do tecido funcionam como pequenos pilares diagonais, fazendo com que a energia liberada pelo tremor seja distribuída ao longo da parede, o que ajuda a reduzir a sobrecarga nos pontos de maior risco da estrutura. Além disso, o "papel" pode ser aplicado facilmente em edifícios existentes e coberto com qualquer tipo de revestimentos.

O prefeito de Pedra Preta (RN), Luiz Bandeira, decretou nesta sexta-feira (1), estado de calamidade pública na cidade, que em uma semana registrou mais de 240 abalos sísmicos. O maior tremor aconteceu na noite de quinta-feira (31), com 3,5 graus de magnitude. A população de pouco mais de 2 mil habitantes está fora de suas casas e a orientação é as famílias se transferirem para residências de parentes em cidades vizinhas. Casas tiveram as paredes rachadas e a população teme por danos humanos. A situação na pequena cidade a 115 quilômetros de Natal é de temor.

Pedra Preta tem atividade sísmica há três anos. Os abalos com mais intensidade acontecem há uma semana. Pedra Preta está montada numa falha geológica e a terra neste momento faz uma adaptação do subsolo. A maioria dos últimos tremores é abaixo de 2 graus, mas os de 3 graus causam grande preocupação nas autoridades e moradores. Pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) alertam para que, em face da atual situação, "é aconselhável as pessoas de Pedra Preta ficarem fora de suas residências, pois a ocorrência de um tremor de maior magnitude não está descartada".

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"Solicitamos para que possamos abrigar a população que mora em residências com estrutura precária, que não oferecem segurança para o período de tremores", disse o prefeito. Bandeira monitora a situação por meio de relatos das pesquisas do Laboratório Sismológico do Nordeste. "Além disso, estamos avaliando os riscos para que saibamos se mantemos as aulas nas duas escolas municipais, mesmo elas sendo de boas estruturas."

Os pais dos alunos não deixaram os filhos irem as escolas nesta sexta-feira, 1. "O alerta está dado. Estamos em alerta permanente levando sempre em conta que, no caso de ocorrência de um tremor, deve tentar se proteger, principalmente da queda de objetos como telhas, por exemplo", disse o pesquisador Joaquim Ferreira, que estuda há mais de 15 anos os tremores no Nordeste brasileiro. No Nordeste, em outubro, foram registrados abalos menores de 3 graus também no Ceará e Sergipe.

A Defesa Civil do Rio Grande do Norte ordenou que os mais de 2 mil moradores de Pedra Preta, a 115 quilômetros de Natal, deixem a cidade o mais breve possível. Da noite de quinta-feira (31), até a madrugada desta sexta-feira (1), foram anotados mais de 20 terremotos acima da magnitude de dois graus na escala Richter. Seis tremores foram acima de 2,5 graus. O maior, de 3,5 graus, aconteceu às 22h46 da quinta-feira (31). Já na manhã desta sexta, por volta das 8h51, ocorreu um tremor de 3,3 graus

Inicialmente, a orientação da Defesa Civil era a de que os moradores de Pedra Preta ficassem em casa, levando em consideração que situação semelhante ocorreu na década de 1980 em João Câmara (RN) e Palhano (CE). Mas, com o terremoto de 3,5 graus, o órgão decidiu retirar os moradores, que estão assustados.

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A evacuação se dá no sinal de alerta emitido pelo Corpo de Bombeiros, que teme que as casas caiam. Uma equipe do Laboratório Sismológico do Nordeste (LabSis), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, está em Pedra Preta.

A atividade sísmica em Pedra Preta vem se manifestando desde dezembro de 2010 com fases de alta e baixa atividade, segundo o LabSis. A atual fase, de alta atividade, começou em 24 de outubro. Um levantamento feito a partir dos registros da estação Riachuelo a aproximadamente 46 quilômetros do epicentro em Pedra Preta mostra que já foram registrados 170 tremores. A fase atual é de intensa atividade sísmica.

Dois terremotos mataram pelo menos 75 pessoas na China nesta segunda-feira, segundo relatos da mídia local e de autoridade do governo. Os tremores atingiram o noroeste do país e deixaram mais de 21 mil edifícios severamente danificados, além de mais de 1.200 construções destruídos.

O Serviço Geológico dos EUA informou que o primeiro terremoto de magnitude 5,9 ocorreu às 7h45 da segunda-feira (horário local; 20h45 de domingo em Brasília), com epicentro na província de Gansu. Já um segundo tremor de magnitude 5,6 atingiu a mesma região às 9h12 (horário local).

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Segundo o governo da província de Gansu, os terremotos deixaram 14 pessoas desaparecidas e 412 feridas.

O líder de uma equipe de resgate de 120 membros da Polícia Armada do Povo, Su Wei, disse à emissora estatal CCTV que o grupo estava a caminho do epicentro, mas estava encontrando dificuldades de locomoção por causa dos deslizamentos de terra e rochas, que bloquearam a estrada.

A Cruz Vermelha chinesa informou que enviou 200 tendas e 1.000 conjuntos de utensílios domésticos para a região afetada. A organização também disse que está enviando equipes de Lanzhou e Pequim para ajudar no trabalho de socorro e avaliar outras necessidades.

A região deve ser castiga por fortes chuvas na semana, elevando a necessidade de abrigos e aumentando a possibilidade de novos deslizamentos de terra. Fontes: Dow Jones Newswires e Market News International.

Pelo menos 64 pessoas morreram e 20 mil casas foram danificadas na China nesta sexta-feira (7), quando uma série de terremotos - um deles de magnitude 5,7 - atingiu a fronteira entre as províncias de Yunnan e Guizhou, no sudoeste do país, segundo informações da agência estatal de notícias Xinhua. Cerca de 200 mil habitantes da região tiveram de deixar suas casas.

Mais de 550 pessoas ficaram feridas. As mortes confirmadas ocorreram em Yunnan, segundo a imprensa chinesa. De acordo com a prefeitura de Zhaotong, 49 mortes foram registradas em Yiliang, cidade vizinha de Luozehe, onde foi detectado o epicentro do terremoto.

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Autoridades estimam que o número total de pessoas afetadas pelos terremotos nas duas províncias seja de 700 mil. O tremor mais forte ocorreu por volta das 11 horas locais (0h em Brasília), a uma profundidade de 14 quilômetros, e foi seguido por 16 réplicas, de acordo com o Centro de Controle de Terremotos da China.

"Foi aterrorizante. Meu irmão morreu ao ser atingido por uma pedra. As réplicas não paravam", disse o mineiro Peng Zhuwen. O prefeito de Luozehe, Li Fuchun, disse que "o mais difícil para o resgate é chegar às áreas mais afetadas". "As estradas estão bloqueadas. As equipes de socorristas têm de escalar montanhas."

O oeste da China é uma região com frequente atividade sísmica. Em 2010, um tremor de magnitude 7,1 na escala Richter, na Província de Qinghai, deixou 300 mortos e mais de 8 mil feridos. Em 2003, um tremor de intensidade similar à do sismo de ontem deixou quatro mortos e 594 feridos em Ludian.

Na mesma parte do país, mas na Província de Sichuan, ocorreu em 2008 o terremoto mais forte em mais de 30 anos na China, com 62 mil mortes. A tragédia foi atribuída, na época, à baixa qualidade das construções, principalmente escolas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

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