Tópicos | Tomás Covas

Uma semana após completar 16 anos e receber como "presente" do governador João Doria (PSDB) um estágio no Palácio dos Bandeirantes, o estudante do ensino médio Tomás Covas, filho do ex-prefeito de São Paulo Bruno Covas (morto em maio), assinou, na noite dessa quarta-feira (18), sua ficha de filiação no PSDB em um evento que reuniu cerca de 300 tucanos - e causou aglomeração em uma casa de shows sem janelas na capital paulista.

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No discurso mais exaltado da noite, Doria, que foi recebido no palco ao lado de Tomás com fogos de artifício e ao som de uma bateria de escola de samba, exaltou as prévias presidenciais do PSDB, atacou o presidente Jair Bolsonaro e o PT e minimizou o excesso de participantes no evento. "Não estamos mais em quarentena em São Paulo. Estamos em um período de obediência ao uso de máscara e ao distanciamento, mas já não estamos em quarentena", afirmou.

A manifestação ocorreu após o governo paulista dissolver o Centro de Contingência do Coronavírus depois de manter as medidas de flexibilização no Estado.

Em seu primeiro discurso como filiado ao PSDB, Tomás se emocionou ao falar do pai. "Acompanhei a trajetória do meu pai desde muito pequeno, quando ele passou pela Assembleia Legislativa, pela Câmara, secretário do Meio Ambiente, vice - prefeito a convite do João, e depois prefeito. A gente sabe que a trajetória dele seria muito mais longa, mas infelizmente ele nos deixou. O legado fica para todos nós. A gente sempre falava sobre política. Ele era um amigo, uma pessoa muito especial", disse o filho de Bruno Covas.

Doria, por sua vez, praticamente "lançou" Tomás candidato à prefeitura de São Paulo. "Aqui está sentado um futuro prefeito da capital de SP: Tomás Covas. Ele está trabalhando duplamente conosco. Estuda de manhã e fica das 15h até 23h. Se a mãe dele não me der uma chicotada, mas em mim do que você, Tomás, nós vamos em frente", disse Doria em sua fala. Em seguida, o governador emendou: "Tomás está aprendendo gestão. A partir de 21 anos, você já sabe que pode ser candidato".

A casa de shows alugada pelo PSDB foi decorada com faixas e banners que pediam Doria presidente, (o atual vice) Rodrigo Garcia governador e (o presidente municipal do PSDB) Fernando Alfredo senador. Em clima de prévias, Doria marcou posição contra Bolsonaro e disse que São Paulo é a terra da vacina, e não da cloroquina.

Em uma passagem de sua fala, o governador mandou um recado ao presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, que estava no palco. "Quando levaram a proposta de prévias ao nosso Bruninho Araújo, talvez algum desenganado tenha dito: o governador não quer prévias. Mas eu adoro prévias. Eu sou filho das prévias", afirmou Doria, que em seguida prometeu: "não faremos uma campanha divisionista".

As prévias que definirão o candidato do PSDB à Presidência da República estão marcadas para o dia 21 de novembro e até agora quatro nomes se apresentaram: Doria, o senador Tasso Jereissati (CE), o governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite e o ex-prefeito de Manaus Arhur Virgílio.

Segundo a assessoria do Palácio dos Bandeirantes, Tomás Covas está fazendo um estágio itinerante no governo paulista e a ideia é que ele passe pelas principais secretarias.

Em entrevista na saída do evento, Doria disse que os seus adversários nas prévias são "amigos" que estarão unidos contra Lula e Bolsonaro e exaltou o apoio declarado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ao seu nome.

"Em três vezes consecutivas no prazo de uma semana o ex-presidente reafirmou que seu candidato nas prévias somos nós. Eu respeito o presidente Fernando Henrique, que vai completar 91 anos de idade. Não é razoável desmerecer a opinião de um homem que é um ícone."

Nesta segunda-feira (9), o governador de São Paulo João Doria (PSDB) anunciou por meio de sua conta no Twitter a contratação de Tomás Covas, 16 anos, filho do ex-prefeito de São Paulo Bruno Covas, como estagiário no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo. 

Tomás está no primeiro ano do ensino médio e começará a estagiar na próxima segunda-feira no gabinete do governador Doria, passando depois pelas secretarias de Governo, Casa Civil, Fazenda e Desenvolvimento Regional. 

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O filho do ex-prefeito de São Paulo Bruno Covas (PSDB-SP), Tomás Covas, de 15 anos, respondeu aos ataques feitos pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) contra seu pai. Bruno morreu em maio deste ano, em decorrência de um câncer.

Tomás classificou como “covarde” a declaração feita pelo chefe do Executivo nessa segunda-feira (2) aos apoiadores na entrada do Palácio do Planalto, em Brasília (DF). “O outro, que morreu, fecha São Paulo e vai assistir a Palmeiras e Santos no Maracanã”, disse o presidente, referindo-se a Covas, que em janeiro foi ao Rio de Janeiro (RJ) acompanhado de seu único filho para assistir à final da Libertadores.

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"Lamento a fala dita hoje pelo incompetente e negacionista presidente Bolsonaro. Em uma fala covarde hoje durante a tarde, ele atacou quem não está mais aqui conosco, não dando o direito de resposta ao meu pai. Além disso, cumprimos com todos os protocolos no estádio do Maracanã, utilizando a máscara e sentando apenas nas cadeiras permitidas", afirmou Tomás em mensagem ao jornal Folha de São Paulo.

"Uma tristeza as agressões vazias do presidente contra meu pai. Não é certo atacar quem não está mais aqui para se defender. Meu pai sempre foi um homem sério e fez questão de me levar ao Maracanã no fim da sua vida para curtirmos seus últimos momentos juntos. Isso é amor! Bolsonaro nunca entenderá esse sentimento", continuou.

Na época do jogo, o então prefeito de São Paulo foi duramente criticado por adversários políticos e chegou a postar em seu Instagram uma explicação.

"Depois de 24 sessões de radioterapia meus médicos me recomendaram 10 dias de licença para recuperar as energias. Isso foi até a última quinta (28/01). Resolvi tirar mais 3 dias de licença não remunerada para aproveitar uns dias com meu filho. Fomos ver a final da libertadores da América no Maracanã, um sonho nosso. Respeitamos todas as normas de segurança determinadas pelas autoridades sanitárias do RJ. Mas a lacração da Internet resolveu pegar pesado. Depois de tantas incertezas sobre a vida, a felicidade de levar o filho ao estádio tomou uma proporção diferente para mim. Ir ao jogo é direito meu. É usufruir de um pequeno prazer da vida. Mas a hipocrisia generalizada que virou nossa sociedade resolveu me julgar como se eu tivesse feito algo ilegal. Todos dentro do estádio poderiam estar lá. Menos eu. Quando decidi ir ao jogo tinha ciência que sofreria críticas. Mas se esse é o preço a pagar para passar algumas horas inesquecíveis com meu filho, pago com a consciência tranquila", esclareceu ele.

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