A deputada federal Luciene Cavalcante (PSOL-SP) solicitou ao Ministério Público Federal (MPF), nesta sexta-feira (10), a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tráfico internacional de arma de fogo, peculato (roubo praticado por servidor público) e improbidade administrativa, segundo a coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles.
De acordo com a parlamentar, Bolsonaro cometeu crime de tráfico internacional de arma de fogo por ter chegado ao Brasil sem declarar ou registrar os armamentos. O fuzil, no entanto, dependeria de uma outra autorização, já que se trata de uso restrito.
##RECOMENDA##Bolsonaro possivelmente cometeu crime de peculato ao se apropriar de bens públicos e tomar para si presentes dados à Presidência da República. Além disso, ele teria cometido improbidade administrativa ao descumprir uma decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) que envolveu outros presentes recebidos pela comitiva presidencial na viagem de 2019.
O TCU chegou a ordenar, no mês passado, a devolução de relógios de luxo, e considerou que os itens violam as regras do tribunal. “O ex-presidente Bolsonaro trouxe armas no avião presidencial. Isso caracteriza os crimes de peculato, porte ilegal de armas de fogo e tráfico internacional de armas de fogo. Um crime hediondo. Além de improbidade administrativa, por ter violado o acórdão do TCU”, disse a deputada.
A arma foi entregue ao ex-presidente dentro do avião da Força Aérea Brasileira (FAB) e, de acordo com integrantes da comitiva, Bolsonaro cumpriu todos os procedimentos formais relacionados à arma.