Tópicos | Tramações: Cultura Visual Gênero e Sexualidade

O deputado estadual Cleiton Collins (PP) afirmou, nesta quinta-feira (31), que pretende solicitar, através da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), que a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) retire de cartaz do Centro de Artes e Comunicação a exposição “Tramações: Cultura Visual, Gênero e Sexualidade”. A iniciativa de Collins foi apoiada por outros deputados estaduais evangélicos, entre eles, Adalto Santos (PSB), Henrique Queiroz (PR) e Zé Maurício (PP). O documento ainda será elaborado e deve passar por apreciação na Casa.

Durante discurso no plenário da Alepe, no fim da manhã de hoje, Cleiton Collins repudiou a exposição e disse que “entre as criações expostas há caricaturas e distorções ofensivas as religiões cristãs, com desrespeito ao seus objetos de culto”. 

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“Infelizmente não é o que estamos querendo ver na nossa cultura, temos muitos artistas e tem muita coisa boa para se mostrar. Nossa preocupação não é só relacionada a religião. Precisamos proteger nossos adolescentes, isso fere os princípios da família”, argumentou Collins. “Liberdade de expressão deve ser respeitada, mas não pode ser usada como escudo para ferir outros direitos básicos”, completou.

O deputado estadual disse que não queria polemizar o assunto, mas pontuou que o PT foi quem mais difundiu “essas libertinagens com Marta Suplicy” e frisou: “tudo o que está acontecendo no Brasil é por causa desse desrespeito a Deus”. 

Em aparte a Collins, Adalto Santos chamou a exposição de promiscuidade. “Isso é uma falta de respeito ao cristianismo. Isso não é cultura, está mergulhando nosso país na promiscuidade, na violência. Acredito que devemos unir forças nesta Casa e pedir, de imediato, que essa exposição seja retirada. Isso vai levar nossa sociedade a uma degradação moral sem tamanho”, disse. “As pessoas não podem aceitar uma pornografia desta em cima do nome do Senhor”, corroborou Henrique Queiroz. 

Eles não são os primeiros evangélicos a se posicionarem contra a exposição. A Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure) emitiu uma Nota de Repúdio acusando a iniciatia de "ir contra todos os princípios religiosos e conter peças não apenas provocativas, mas caricaturas e distorções nitidamente ofensiva a símbolos das religiões cristãs”.

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