Tópicos | Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade

O cantor Tico Santa Cruz denunciou a escola Escola Carolina Patrício por vetar a matrícula de sua filha na unidade do bairro do Leblon, no Rio de Janeiro, após saber que a menina sofre de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). De acordo com um relato postado por ele em seu Facebook na última quarta-feira (3), a direção da instituição, que se diz inclusiva, afirmou que não havia vaga na turma em que a menina deveria entrar, mas aceitou a matrícula quando ele ligou fingindo querer matricular outra criança.

No entanto, ao assumir sua identidade, de acordo com ele, a diretora da escola teria voltado a rejeitar a matrícula de sua filha sob a afirmação de que a escola não aceita alunos de outras instituições que precisam repetir o ano letivo. “Não quero ficar parecendo um paranóico, com síndrome de perseguição, mas convenhamos, o que se espera de uma instituição que se diz séria e age de tal forma? A diretora manda recado, diz que não está na escola e depois atende o telefone achando que está falando com outro pai?”, questionou Tico em seu perfil no Facebook. 

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Na mesma postagem, ele também explica que conversou com advogados e sabe que poderia recorrer à justiça para garantir a matrícula da criança, mas que prefere procurar outra instituição. “Consultei especialistas sobre essa questão e todos eles foram categóricos em afirmar que se quisesse entrar com uma medida judicial, em terceira instância - que fosse - a justiça me daria o direito de ingressar com minha filha lá. Mas para que vou insistir em colocar minha filha numa escola onde aparentemente não somos bem vindos?”, questionou ele. 

Por fim, Tico Santa Cruz criticou a postura da escola e a afirmação de que seria uma instituição inclusiva ao mesmo tempo em que, segundo ele, demonstra o contrário. “Fica só o relato aqui para que vocês que venham a pensam em matricular seus filhos nessa ESCOLA, que se diz INCLUSIVA, que na verdade não é bem assim. Eles escolhem quem pode e quem não pode estudar lá, só não ficou claro qual o critério. Seguimos para 2018 ou seria 1718?”, questionou ele. 

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Repercussão 

A postagem teve muitos compartilhamentos e diversos comentários com diferentes opiniões a respeito do caso. Enquanto alguns usuários concordavam com a indignação de Tico diante da rejeição da matrícula, outros apoiavam a posição da escola, afirmando que o fato de ser uma instituição privada torna legítimo aceitar ou não estudantes com base nos critérios que a escola preferir. 

Também houve comentários de outros pais e responsáveis de alunos com deficiência que estudaram na Escola Carolina Patrício e tiveram experiências ruins. Uma usuária afirmou que o cantor deveria estar feliz pela rejeição da matrícula pois sua filha com autismo havia sido mal atendida. Segundo ela, a criança não foi autorizada a frequentar a escola acompanhada da mediadora que a acompanhava e a que a escola disponibilizou não a agradou.

Segundo ela, “minha filha vinha suja de cocô, com migalhas de pão no cabelo e pedaços de galho de árvore nas fezes. Uma vez veio com o dedo cortado e a escola disse que não sabia o que tinha ocorrido. No mesmo dia, as mães das outras crianças me contaram que a minha filha havia se cortado com a tesoura e seus filhos contaram em casa essa história! Então Tico, agradeça todos os dias por sua filha ter sido rejeitada!”, disse a internauta. 

Outra usuária relatou a exclusão de seu filho, que há 30 anos atrás foi aluno da escola, da formatura da alfabetização, popularmente conhecida como formatura do ABC. Segundo ela, “no final do ano distribuíram convites para a formaturinha deles e eu não recebi!Procurei a direção para questionar e fui informada que como ele não gostava de entrar na sala e preferia brincar no parquinho ele não iria a tal formatura”, disse a mãe. 

Também não faltou quem criticasse o cantor por suas posições políticas e dissesse que ele procura escolas públicas para a criança. “Tu não gosta do PT? Coloca sua filha no MARAVILHOSO sistema educacional implantado pelo PT e sua quadrilha há 14 anos”, afirmou uma usuária da rede social que também diz que sua filha e aluna da escola, com atendimento inclusivo e que ambas seriam bem tratadas.

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