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O coletivo feminino ‘Abayomi Juristas Negras’ está com matrículas disponíveis para a primeira turma da ‘MADA - Metodologia Abayomi de Aprendizagem’. A iniciativa tem como proposta oferecer, de maneira on-line, técnicas de aprovação para concursos públicos em tribunais de Justiça, com possibilidade de bolsa de até 100% para pessoas negras que comprovem baixa renda.

O projeto é fundamentado em quatro pilares, conforme informações de sua assessoria de comunicação: “o intelectual, com foco no ensino jurídico e sócio-político; o mental, que lida com os efeitos psicossociais do racismo; além do físico e do espiritual, os quais buscam resgatar a identidade e autoestima da população negra e colaborar para o rompimento de diversas crenças limitantes”. A previsão de início das aulas é para o dia 10 de abril.

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A procuradora federal e integrante do Abayomi, Chiara Ramos, é responsável pela metodologia do preparatório, além de prestar atividades de mentoring, treinamento estratégico e estudo em grupo afrocentrado. Uma das propostas é fortalecer a capacidade de leitura política dos participantes, utilizando estudo de temas que facilitam a compreensão do racismo no Brasil, focando principalmente em questões sobre o feminismo negro e o quilombismo.

Além da possibilidade de bolsas de 100%, pessoas negras que não são de baixa renda pagarão R$ 100 mensais no curso, enquanto alunos das demais etnias que estão em um curso de nível superior arcarão com R$ 250 por mês. Estudantes das demais etnias já formados investirão R$ 500.

As inscrições podem ser feitas por meio do site do coletivo Abayomi Juristas Negras. No mesmo endereço virtual é possível obter mais informações sobre as aulas.

Embora mostrem forte resistência na divulgação dos salários pela internet, pelo menos 11 presidentes de Tribunais de Justiça (TJs) do País ganham mais que o teto constitucional, também recebido pela presidente Dilma Rousseff (PT) - R$ 26.723,13. Nove Estados (Amazonas, Bahia, Acre, Paraná, Roraima, Piauí, São Paulo, Amapá e Tocantins) encaminharam à reportagem as cópias dos contracheques dos presidentes, conforme solicitado em questionário que incluía perguntas sobre número de servidores, gastos com combustível de carros oficiais e medidas tomadas para a aplicação da Lei de Acesso à Informação.

Nos casos de Sergipe, Paraíba e Maranhão, a informação foi obtida por meio da divulgação nominal na internet, nem sempre da forma mais clara. A planilha dos magistrados paraibanos, por exemplo, trocou as colunas referentes a valores líquidos e brutos. No Maranhão, o mecanismo de busca dificulta a vida do cidadão em busca dos vencimentos. Só na 17.ª lista é possível chegar ao salário do presidente do TJ.

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Embora considere a lei um "avanço pleno", o presidente do TJ paulista, Ivan Sartori, vê com preocupação a divulgação nominal no caso de alguns servidores. "Hoje estão sequestrando por causa de R$ 2 mil, R$ 3 mil. Temos servidores que trabalham e moram em área de risco." O salário bruto de Sartori é de R$ 31.096,85 (R$ 22.255,81 líquidos).

Para o presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Henrique Nelson Calandra, a divulgação nominal pode causar constrangimentos. "Se colocam aqui outras situações, pessoas que ganham salários pequenos e que se sentem humilhados quando se divulga. Qual a mulher que vai querer namorar uma pessoa que ganha mal?", questionou Calandra, após reunião na quarta-feira com os presidentes dos TJs e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ayres Britto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

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